domingo, 17 de outubro de 2021

Avenida 7 de Setembro - O que encontrar

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A caminhada pelos 2.430 metros da Avenida 7 de Setembro, que pode ser feita em até dois dias, revela alguns dos pontos de maior relevância histórica para o Amazonas. Entre prédios conservados e outros pontos menos preservados da nossa memória, preparamos um roteiro para quem deseja observar a bela arquitetura da região e aprender sobre a história da capital amazonense.




A avenida começa no antigo bairro de São Vicente – o Centro -, especificamente ao lado do edifício do Paço da Liberdade (antiga Prefeitura Municipal), e prossegue até encontrar a Avenida Castelo Branco, no bairro da Cachoeirinha.


VEJA OS NOMES QUE A ATUAL AVENIDA SETE DE SETEMBRO JÁ TEVE:


Rua Direita (1787);
Rua Liberal (Entre 1831 a 1832);
Rua Brasileira (1841);
Rua do Sol (1844);
Rua de Manaus (1866);
Rua Brasileira (1879);
Rua Municipal (1894 e 1895);
Rua Fileto Pires (1897);
Rua Municipal (1898; 1899; 1906; 1913 e 1915);
Avenida Sete de Setembro (1922 e 1924);
Avenida Efigênio Sales (Entre 1925 e 1929)
Avenida Sete de Setembro (193?- até hoje).


TUDO O QUE ENCONTRAMOS NA SETE FAZ PARTE DE NOSSA HISTÓRIA, VEJAM ALGUNS DESTES PONTOS 


1. Centro Cultural Palacete Provincial (1875)

A caminhada começa pelo Palacete Provincial, cujo primeiro registro vem das anotações de José Coelho da Gama e Abreu, presidente da Província (1867-1868), ao dar notas sobre a compra de um prédio em construção naquele período, de propriedade do capitão da Guarda Nacional Custódio Pires, chamado à época de Palacete Garcia, provavelmente, no início da década de 1860. Está entre as edificações mais antigas da cidade. Atualmente, é administrado diretamente pela SEC (Secretaria de Cultura do Amazonas), que ocupa o espaço como parte da sede da secretaria e também de cinco museus: Museu de Numismática, Museu da Imagem e do Som do Amazonas, Pinacoteca do Estado, o Museu de Arqueologia e o Museu Tiradentes.

Palacete Provincial
(Foto: Michael Dantas)

2. Matriz Nossa Senhora da Conceição (1878)

Igreja da Matriz
(Foto: Valmir Lima)

O dia de Nossa Senhora Conceição, padroeira do Amazonas, é comemorado em 8 de dezembro. A configuração atual da igreja da matriz remonta ao final do século XIX, quando foi inaugurada em agosto de 1878, vinte anos após o lançamento da sua pedra fundamental. De frente para o Rio Negro, é um prédio com predominância de linhas retas em estilo neoclássico. Possui duas torres com sineiras, frontão triangular, três portas de cantaria e escadarias que lembram uma lira musical. Os seis sinos foram importados da França e instalados em 1875.


3. Praça Dom Pedro II (1882-1883)

Praça Dom Pedro II (Foto: Valmir Lima)

Em 1852, a primeira planta da cidade mostrava que a Praça Dom Pedro II foi, primeiramente, chamada de Largo do Pelourinho, onde provavelmente ocorriam os açoites dos escravos, e posteriormente Largo do Quartel (pois há um quartel da polícia em frente ao local). É uma das áreas mais antigas de Manaus, muito próxima à fortaleza que iniciou o povoamento da cidade, onde já foram encontrados artefatos indígenas durante escavações. As narrativas registradas, em 1869, por Paul Marcoy, sobre a América do Sul, relatavam a existência de um cemitério indígena na cidade próximo do antigo forte.


4. Paço da Liberdade (1884)

Paço da Liberdade
(Foto: Valmir Lima)

Ao assumir a presidência, em 1852, da Província do Amazonas, na cidade da Barra do Rio Negro, hoje Manaus, João Baptista Tenreiro Aranha, teve de alugar um sobrado de propriedade do comerciante Henrique Antony, na rua Brasileira (7 de Setembro) para instalar a sede do governo e a moradia da sua família, alegando que à época os prédios públicos não tinham acomodações suficientes para o presidente ter a sua residência. Atualmente, também é conhecido como Paço Municipal, pois acomodou a sede da Prefeitura de Manaus, até ser transformado em museu. O principal atrativo do local é a Coleção Thiago de Mello, composta por 30 quadros doados pelo poeta, entre os quais obras do espanhol Juan Miró e do chileno Roger Bru. Também oferece visitação à Sala de Arqueologia, que abriga urnas com até 7 mil anos.  


5. Colégio Amazonense Dom Pedro II (1886)

Colégio Estadual
(Foto: Acervo/Seduc)

Mais conhecido como Colégio Estadual, foi criado em agosto de 1864, na época da província. O prédio foi o antigo Liceu Provincial, posteriormente, o Ginásio Amazonense Pedro II e, atualmente, Colégio Estadual do Amazonas. É outro exemplo da arquitetura neoclássica em Manaus e foi a primeira escola pública de ensino secundário do Amazonas. Sua história foi marcada pela afirmação das lutas na busca de um ideal renovador, razão do entusiasmo da juventude que de geração em geração estava sedenta de instrução. Assim no ano de 1930, devido ao momento de instabilidade política e econômica no Brasil, em Manaus os alunos do Ginásio Amazonense, que eram favoráveis a Getúlio Vargas, sofriam perseguições da polícia civil, resultando em várias disputas, o que culminou no protesto do movimento estudantil chamado Revolução Ginasiana de 30, ocasionando a rendição da força policial e a ocupação do prédio do Quartel da Polícia (atual Palacete Provincial) pelos estudantes.


6. Ponte Benjamin Constant (1895)

Ponte “da Sete”
(Foto: Valmir Lima)

Localizada na Avenida 7 de Setembro, liga os bairros Centro e Cachoeirinha e foi construída sobre o igarapé do Mestre Chico. A necessidade de construção de pontes, na época, tinha por intuito facilitar a comunicação entre as diversas regiões da cidade, pois a existência de igarapés que cortavam a cidade fazia com que os bairros antigos se desenvolvessem de forma isolada. Estava incluída no plano de embelezamento da cidade criado por Eduardo Ribeiro, segundo o qual “deveriam ser instaladas na Rua Municipal (7 de Setembro) três pontes sobre o Igarapé de Manaus (Ponte Romana I), Igarapé Bittencourt (Ponte Romana II) e Igarapé do Mestre Chico (Ponte Benjamin Constant)”. Ficou conhecida como Terceira Ponte, devido à localização após as duas primeiras; Ponte Metálica, em razão da sua estrutura e Ponte da Cachoeirinha, como referência ao bairro do mesmo nome.


7. Palácio Rio Negro (1903)

Palácio Rio Negro
(Foto: Michael Dantas)

Construído no começo do século XX para ser residência de um comerciante da borracha, o alemão Waldemar Scholz, da elite do látex, era a mansão mais luxuosa da então Rua Municipal (7 de Setembro), próximo ao Igarapé de Manaus, em um local privilegiado da cidade. O Palacete Scholz, como ficou conhecido, foi construído em estilo eclético em 1903. Sua fachada tem elementos clássicos que combinam com o ecletismo do prédio e elementos decorativos que produzem um rico movimento entre cheios e vazios. O interior está decorado por azulejos, ladrilhos e lustres art-nouveau oriundos da Europa. Instalado na mais alta torre do prédio, encontra-se o mirante, que proporciona uma privilegiada vista de Manaus com suas árvores frondosas, ainda preservadas, mesmo com a construção das avenidas e prédios advindos do progresso.


8. Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa (1906)

Cadeia Pública na Sete de Setembro
(Foto: Valmir Lima)

Também conhecida como penitenciária. No período provincial, havia vários relatos sobre consertos e construção da cadeia pública, porém somente em junho de 1883 é que foi dada a efetiva autorização, mas a obra não foi realizada por diversos motivos. Depois da administração de Eduardo Ribeiro, o assunto voltou à pauta no governo de Constantino Nery. Conforme relatado na época, era uma das melhores do gênero no Brasil porque obedecia a todos os requisitos do moderno sistema penitenciário. Edificação projetada na forma de raios pelos arquitetos da companhia Rossi & Irmãos, foi inaugurada em 19 de março de 1906.


9. Praça Heliodoro Balbi (1907)

Diana, a caçadora, uma das esculturas instaladas na Praça Heliodoro Balbi
(Foto: Valmir Lima)

Situada entre as avenidas 7 de Setembro e Floriano Peixoto e a Rua José Paranaguá (Centro Histórico), teve sua origem por volta de 1872, sendo conhecida popularmente como Praça da Polícia. Antes de ser organizada como logradouro público, era um imenso descampado, sem pavimentação. Com a intenção de transformar a praça em parque, no ano 1906, o prefeito de Manaus, coronel e comandante da Policia Militar, Adolpho Guilherme de Miranda Lisboa, iniciou um projeto de reestruturação que incluía jardins, instalação de um coreto de ferro fundido (decorado com candelabros e cristais coloridos, em estilo art-noveau), construção de um lago artificial (cortado por uma ponte de cimento armado), a instalação da fonte de ferro, de uma gruta com cascata, das esculturas dos deuses romanos, da ninfa e de uma luta entre um cão e o javali. É um dos pontos mais conhecidos da cidade e fica em frente ao Colégio Dom Pedro II.


10. Biblioteca Pública Estadual (1910)

Biblioteca Pública Estadual
(Foto: Acervo/SEC)

Foi construída desde a segunda metade do século XIX até a sua inauguração no início do século XX, mais especificamente no dia 5 de setembro de 1910. Foi o primeiro espaço público organizado para a consulta de livros em Manaus. Sua trajetória inicia-se em 1870, quando o presidente da província Clementino Guimarães, por meio da Lei 205, de 1870, instituiu uma sala de leitura. Atualmente, está fechada para reforma.


11. Palácio Rio Branco (1938)

Palácio Rio Branco
(Foto: Valmir Lima)

Localizado na Avenida 7 de Setembro, em frente à Praça Dom Pedro II, no centro histórico de Manaus, destaca-se na paisagem urbana pela imponência arquitetônica, além dos seus diversos usos, sempre ligados ao interesse público. Integra o conjunto de prédios e edificações de grande relevância histórica para a capital amazonense, situado no entorno Praça Dom Pedro II (Paço da Liberdade, Arquivo Público, Hotel Cassino e o prédio do INSS). Foi originalmente projetado pela empresa carioca Irmãos Rossi, em 1904, destinado à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas. Atualmente, está aberto ao público como Centro Cultural e possui uma biblioteca com acervo de ciência política.


12. Largo Mestre Chico (2008)

Largo do Mestre Chico
(Foto: Valmir Lima)

Complementa o conjunto que reúne a Ponte Benjamin Constant, o prédio da Penitenciária, a própria Ponte e a área do largo, destinada ao lazer e às práticas desportivas dos residentes. Está localizado embaixo da Ponte, entre as Avenidas 7 de Setembro e a Beira Rio, ruas General Glicério, Ajuricaba, Ipixuna e o Beco Jacinto. É ocupado por jovens da região envolvidos com manifestações artísticas de rua, como o hip hop. 


Ponte “Metálica” vista à noite do Largo do Mestre Chico
(Foto: Acervo/ManausCult)

13. Parque Senador Jefferson Péres (2009)

Parque Senador Jefferson Péres
(Foto: Michael Dantas)

Inaugurado em 1 de setembro de 2009, o parque leva o nome de um dos mais importantes senadores que o Amazonas já teve e foi instalado em uma área antes ocupada por palafitas. Com uma área total de 53.421m2, está localizado entre as avenidas 7 de Setembro e Lourenço da Silva Braga. Também ostenta a maior bandeira do Estado do Amazonas, com tamanho de 12,30 x 17,57, hasteada em um mastro de 60 metros de altura, podendo ser visualizada em diversos pontos da cidade de Manaus. Nele, podemos encontrar espécies da flora amazônica. Sua infraestrutura oferece caminhada orientada; visita ao orquidário; animação infantil no playground e show para o público.


   

Fonte de Pesquisa: AMAZONAS ATUAL | https://amazonasatual.com.br/



 

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