domingo, 3 de outubro de 2021

ESTÁDIO VIVALDO LIMA

 
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O Estádio Vivaldo Lima, também conhecido como Vivaldão, foi o maior estádio de futebol de Manaus, Amazonas, e, juntamente com o Estádio Ismael Benigno, atendia a vários clubes do estado e também ao Campeonato de Peladas do Amazonas (Peladão) e Copa dos Rios.


Sua localização estratégica no centro regional, embalada pela riqueza econômica da cidade que possui um dos maiores PIBs do Brasil, possibilitou a escolha de Manaus como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.


Após a escolha de Manaus como sede da copa, foi decretado o fim do antigo Estádio Vivaldo Lima, que foi demolido para dar lugar à Arena da Amazônia, que terá capacidade para 47.000 pessoas.


Atributos


O Vivaldão tinha capacidade para 43.000 pessoas, mas apenas 31.000 lugares eram liberados para os jogos. O estádio fazia parte do setor esportivo de Manaus, que engloba a moderna Vila Olímpica, a Arena Poliesportiva e o Sambódromo.


Possuía sistema de som importado da Bélgica, catracas eletrônicas e o gramado tinha sistema de irrigação automático com drenagens verticais e horizontais. Ganhou um novo placar eletrônico em dezembro de 2006, que foi oficialmente inaugurado em 14 de fevereiro de 2007, no jogo entre Fast e Vasco da Gama, válido pela Copa do Brasil; custou R$ 30 mil ao governo do estado.


História de Vivaldo Palma Lima

O médico, advogado, professor e deputado federal Vivaldo Lima foi uma das maiores figuras do esporte no Estado do Amazonas, tendo sido:

- Sócio Benemérito, Presidente e Presidente de Honra do Nacional Futebol Clube;

- Sócio Fundador, Presidente e Presidente de Honra do Nacional Fast Clube;

- Sócio Honorário do Luso Esporte Clube de Manaus;

- Sócio Honorário da União Esportiva Portuguesa de Manaus.

Em homenagem à memória do velho entusiasta do esporte amazonense, o nome de Vivaldo Lima foi atribuído ao estádio de futebol que foi construído em Manaus na década de 60 após o lançamento da pedra fundamental em 1958. O projeto do arquiteto Severiano Mário Porto ganhou o Prêmio Nacional de Arquitetura de 1966.


História do estádio




Na década de 50 Plínio Ramos Coelho e Vivaldo Palma Lima, fanáticos por futebol e torcedores do Nacional, em uma conversa foram os primeiros a falar em um estádio de grande porte na capital amazonense, infelizmente Vivaldo Lima morreu antes de ver esse sonho se realizar.


Em 1955 Plínio elegeu-se governador do Estado do Amazonas, nesse ano ele começou a idealizar o estádio, lançando a pedra fundamental. Inicialmente o terreno onde este seria construído começou a ser preparado, porém, a obra ficou parada por muitos anos, sendo retomada somente em 1964, já no governo de Arthur Cézar Ferreira.


O governador Arthur Ferreira de imediato contratou o arquiteto Severiano Porto, que se mudou para Manaus e recebeu a missão de construir o "Maior e mais bonito estádio da região".


As obras andaram por anos e anos, sendo que sua partida inauguram foi em 1970 no governo de Danilo Areosa, mesmo estando apenas parcialmente construído, suas obras ainda duraram alguns meses até ser concluida.


Processo de construção e inauguração


O processo de inauguração se deu da seguinte maneira:


Pré-inauguração do gramado em fevereiro de 1969.


Inauguração do estádio em 5 de abril de 1970, com a realização de dois jogos de futebol. Inicialmente entre as seleções B (reservas) do Brasil e do Amazonas, e logo a seguir entre as seleções A (titulares). Nos dois jogos a Seleção Brasileira venceu por 4 a 1. Este evento foi presenciado pelo presidente da FIFA, Stanley Rous, e pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol, João Havelange. Os quatro gols da seleção B do Brasil foram marcados por Dadá Maravilha.


Relembre a Seleção em 1970 no jogo inaugural do estádio



A idéia da construçao de um estádio em Manaus surgiu do governador Plínio Coelho, que chegou a lançar a pedra fundamental, mas as obras de construção do Estádio Vivaldo Lima, tiveram início no governo de Artur César Ferreira Reis (1964 -1967).


Para projetar o estádio foi convidado o arquiteto mineiro Severiano Mário Vieira de Magalhães Porto, que veio morar no Amazonas. A ordem era projetar o maior e mais bonito estádio do Brasil.


O local escolhido para o projeto foi a Avenida Constantino Nery, na época apenas um caminho no meio da floresta, com poucas moradias. A maioria das pessoas achavam que ninguém iria assistir futebol em um "local tão longe".


No governo de Artur César as obras foram iniciadas, mas pararam nas fundaçoes. Em 1967, tão logo o novo governador, Danilo Duarte de Matos Areosa assumiu o governo, tratou de reiniciar as obras do estádio.


Para a empreitada, o governo do Estado, contou com o apoio de Flaviano Limongi, primeiro presidente da Federaçao Amazonense de Futebol (FAF). Flaviano teve papel fundamental, uma vez que empenhou-se pessoalmente na construção do estádio, tanto na campanha para conseguir dinheiro, quanto para trazer a Seleção Brasileira na inauguração, três anos depois.


Uma das parcerias como forma de conseguir dinheiro para a concretização do empreendimento foi firmada pelo governo com as fábricas de refrigetantes de Manaus, que destinavam 1% do faturamento para as obras. Participaram da campanha as fábricas Magistral, Anadrade, Luséia, Baré e Tuxaua.


O trabalho de construção do estádio foi realizado pela empresa Irmãos Prata, já a empresa Cointer Ltda construiu os túneis e vestiários.


Com pouco dinheiro em caixa, as obras pararam em 1969 e voltaram a serem iniciadas em 1970, quando a empresa Brahma, a Livraria Escolar e a Loteria Esportiva do Amazonas tiveram participação importante na retomada dos trabalhos.


O objetivo de Danilo Areosa era inaurgurar o estádio em grande estilo. Com ajuda de Limongi, que era amigo de João Havelange, na época presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi marcado o jogo da Seleçao Brasileira de Futebol na inauguraçao do Estádio Vivaldo Lima, antes de irem para o México, quando o Brasil sagrou-se tricampeão de futebol.


Na tarde de 5 de abril de 1970, uma tarde de domingo, ainda sem conclusão, foi inaugurado o Estádio Vivaldo Lima, com a Seleção Amazonense enfrentanto a Seleção Brasileira de Futebol. O árbitro da partida foi Arnaldo César Coelho, com público pagante de 36.828 pagantes, naquela época um aglomerado de pessoas que Manaus não havia visto antes.


O estádio foi realmente concluído em 1971, quando o governador João Walter de Andrade (1971/1975) terminou as obras que faltavam e mandou construir o estacionamento para receber jogos do Campeonato Brasileiro de 1972.


Em 1995, durante governo de Amazonino Mendes (1995/1998), o Vivaldo Lima passou por uma reforma geral, com instalaçoes sendo modernizadas. A reinauguração aconteceu no dia 20 de dezembro de 1995, com jogo Brasil 3 x Colômbia 1. Dentre as modernidades recebidas na reinauguração constavam lugares especiais, cadeiras, cobertura de aço, instalações para imprensa, placar eletrônico norte americano, som holandês. A grama esmeralda era a mesma do estádio Rose Bowl, onde foi disputada a final da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos.


Em 2010, para cumprir projeto para Copa do Mundo de 2014, o Estádio Vivaldo Lima será demolido para dar lugar uma moderna arena que será sede de jogos das seleções.


Inauguração das novas instalações (iluminação, placar eletrônico, etc.) em 7 de março de 1971. O ex-senador (1951-1967) Vivaldo Lima Filho foi convidado e esteve presente nesta inauguração do estádio que leva o nome de seu pai. Houve a realização de dois jogos de futebol durante o evento, chamado "Festa da Gratidão". O Fast Clube venceu a Rodoviária por 2 a 1 (preliminar) e o Rio Negro venceu o Nacional por 2 a 1. O torneio se encerrou em 17 de março de 1971 com a decisão entre Fast Clube e Atlético Mineiro (Belo Horizonte, MG). Com a vitória por 1 a 0, o Atlético Mineiro foi o campeão.


Posteriormente, houve outras inaugurações de complementos da construção e reformas parciais, a principal em 1995.


Os primeiros clássicos Rio-Nal


O clássico disputado entre Rio Negro e Nacional hoje pode não ter significado nada, mais naquela época o primeiro jogo entre os dois clubes no estádio foi um marco, pois na maioria das vezes em que as equipes se enfrentavam na Colina ou Parque Amazonense as pessoas ficavam espremidas nos pequenos estádios, comentários de antigos locais dizem que o clássico foi um grande responsável pelo novo estádio, já que pedia um estádio maior.


O primeiro Jogo


Ocorrido no dia 7 de Março de 1971, o confronto arrastou um grande público ao estádio, valido pelo Torneio Danilo Areosa, o jogo acabou com a vitória do Rio Negro por 2-1.


O segundo jogo


Pouco depois, no dia 26 de Setembro de 1971, outro confronto entre Rio Negro e Nacional chamou a atenção da população ao novo estádio que ficou lotado, exatos 30.003 pagantes e público de quase 40.000 prestigiaram o empate entre 2-2, este jogo também tem grande representatividade ao estádio para aqueles que admiram o futebol do Amazonas.


Primeiro clube estrangeiro


O F.C. Porto de Portugal foi o 1° clube estrangeiro a pisar no estádio Vivaldo Lima, cerca de um ano e sete meses após a pré-inauguração, o clube vinha fazer dois jogos amistosos em Manaus


1° jogo – F.C. Porto 3-2 Nacional

2° jogo – F.C. Porto 3-1 Fast, público de 38.917 pagantes.


Jogos da seleção


A seleção brasileira de futebol jogou no Estádio Vivaldo Lima em seis oportunidades, sendo que uma única vez em jogo oficial:


- 5 de abril de 1970 - Brasil-B 4x1 Amazonas-B, amistoso de inauguração oficial do estádio

- 5 de abril de 1970 - Brasil 4x1 Amazonas, amistoso de inauguração oficial do estádio

- 20 de dezembro de 1995 - Brasil 3x1 Colômbia, amistoso de reinauguração do estádio

- 22 de maio de 1996 - Brasil 1x1 Croácia, amistoso da seleção

- 18 de dezembro de 1996 - Brasil 1x0 Bósnia, amistoso promovido pela FAF

- 10 de setembro de 2003 - Brasil 1x0 Equador, eliminatórias da Copa do Mundo.


Maiores públicos pagantes


O maior público de todos os tempos aconteceu no dia 9 de março de 1980.


Como em muitos jogos é sempre divulgado apenas o público pagante, sendo que o número real de pessoas presentes no estádio pode ser muito maior. Os 10 maiores públicos listados abaixo aparecem entre os 34 recordes de público da Região Norte.


- 9 de março de 1980 Fast Clube 0 x 0 Cosmos (EUA); 56.950, Amistoso Internacional

- 12 de dezembro de 1999 São Raimundo 0 x 0 Fluminense (RJ); 55.185(48.992 pagantes), Campeonato Brasileiro Série C

- 4 de abril de 1999 São Raimundo 1 x 2 Sampaio Corrêa (MA); 47.211, Copa Norte

- 22 de julho de 1999 São Raimundo 3 x 1 Rio Negro; 47.188, Campeonato Amazonense

- 20 de dezembro de 1995 Brasil 3 x 1 Colômbia; 45.174, Jogo Amistoso

- 31 de agosto de 1973 Nacional 1 x 1 América (RJ); 44.663, Campeonato Brasileiro

- 26 de outubro de 1986 Nacional 1 x 3 Corinthians (SP); 43.047, Campeonato Brasileiro

- 27 de agosto de 1986 Nacional 1 x 0 Rio Negro; 41.661, Campeonato Amazonense

- 22 de maio de 1996 Brasil 1 x 1 Croácia; 41.451, Jogo Amistoso

- 5 de fevereiro de 1984 Nacional 0 x 3 Vasco (RJ); 41.239, Campeonato Brasileiro

- 26 de setembro de 1979 Nacional 1 x 0 Rio Negro; 40.193, Campeonato Amazonense


Estavam reunidos no nosso maior estádio, Nacional Fast Clube e Cosmos, jogo amistoso, mas com muitas atrações no time visitante: Benkenbauer, Carlos Alberto Torres, Oscar, Romerito e Chinaglia. O Fast apresentou, como novidade, o Campeão do Mundo, Clodoaldo.


O estádio Vivado Lima apanhou o maior público de todos os tempos, um recorde e cuja capacidade era, na época, limitada a 50 mil lugares.


Desde às primeiras horas da tarde o movimento era grande nas imediações do Vivado Lima. Uma enorme fila de ônibus despejando torcedores que na correria procuravam as melhores acomodações. Tarde de muito calor e praticamente ninguém conseguiu ver o espetáculo sentado. Cada espaço era disputado com certo sacrifício.


Houve um momento em que uma das marquises ameaçou desabar, tal a quantidade de pessoas que se encontravam nela sentadas. Foi quando um torcedor que estava na parte superior, lá em cima, lança uma garrafa de refrigerante nos que estavam nos degráus inferiores da arquibancada. A resposta foi imediata. Os que estavam na marquise se viram sob pedras latas, tudo o que dava na mão.


Muitas pessoas que se postaram na marquise sairam com diversos ferimentos pelo corpo, porque de quando em quado surgiam gritos que a marquise estava desabando. O corre-corre era geral e os mais afoitos saltavam de qualquer maneira, Houve casos graves de fraturas de pernas, braços e costelas.


Os médicos Francisco Malheiros, Carlos Urtiga, Remédio Leocádio, Argentina Medeiros, José Dias e Benedito Ribeiro foram incansáveis no atendimento aos torcedores e os casos mais sérios eram encaminhados ao Pronto Socorro do Estado, como no caso de seis pessoas que cairam da marquise, todas com suspeita de fraturas.


DEPOIS DO JOGO


Tudo terminou como começou, ou seja, zero a zero. Depois do jogo a curiosidade do torcedor era em torno da arrecadação e do público pagante. Muitos chegaram a calcular 70 mil, considerando que sempre quando se falava em capacidade do estádio, alguns davam esse número.


O público só veio a saber do montante, dias depois ao jogo, pelo boletim financeiro distribuído e publicado pela imprensa, dando o número de pagantes: 56.950, com mais de 48.500 ingressos vendidos só para a arquibancada.


Demolição


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No dia 31 de Maio de 2009, Manaus foi escolhida como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. O projeto da cidade previa a demolição da atual estrutura do Estádio Vivaldo Lima, que dará lugar à Arena da Amazônia, que terá capacidade para 47.000 pessoas. O estádio foi fechado no dia 19 de Março de 2010, dia da inauguração da pedra fundamental da nova arena. Durante quase 4 meses foi feita a retirada de todo o material que poderia ser reaproveitado, como os assentos, refletores e catracas, que foram doados para os estádios do interior do estado. Após a retirada de todo esse material, teve início em 12 de julho de 2010 a demolição da estrutura do antigo Estádio Vivaldo Lima, prevista para terminar em outubro deste mesmo ano. A previsão do término das obras é Janeiro de 2014. Serão investidos cerca de R$ 580 milhões para a construção do novo estádio, que também contará com terá um espaço de esporte e lazer além de um shopping para compras. A ideia é que o local seja utilizado durante os sete dias da semana e alie atividades esportivas e de lazer.




 


























































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