O Banco da Amazônia tem sua origem remota no Banco de Crédito da Borracha.
Fundado durante a Segunda Guerra Mundial por Getúlio Vargas sob o nome de Banco de Crédito da Borracha, uma agência estatal de fomento criada pelo Decreto-Lei nº 4.451, de 9 de julho 1942, em decorrência da assinatura dos “Acordos de Washington”, entre Brasil e Estados Unidos, durante a II Guerra Mundial, a fim de suprir os países aliados contra o Eixo nazi-fascista do necessário e constante suprimento de borracha natural para seus artigos bélicos (caminhões, aeronaves, fios condutores e demais aparatos acessórios à chamada “máquina de guerra”).
Após o fim do conflito, o BCB tem seus propósitos ampliados, sendo sua razão social trocada para “Banco de Crédito da Amazônia” (1950); e, posteriormente, para “Banco da Amazônia”ou BASA, simplesmente (1966).
Originalmente de capital misto binacional – parte lastreado pelos norte-americanos, e outra parte pelo governo brasileiro – foi também inteiramente nacionalizado, sob a forma de sociedade anônima, com capital parcialmente aberto aos investidores privados a partir de 1970, mantendo o Estado brasileiro, contudo, o controle acionário. Com quase 80 anos de existência e mais de 120 agências distribuídas em toda a região Norte, além de São Paulo e Distrito Federal; a longeva instituição financeira, que sempre atuou em parceria com a SUDAM (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) e com a SUFRAMA (Superintendência da Zona Franca de Manaus); ainda se presta ao nobre papel para a qual foi inicialmente concebida, na condição de agente financeiro do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), e responsável pelo apoio à pesquisa científica e pela abertura de linhas de crédito diferenciadas aos micros, médios e grandes empreendedores regionais nos três setores clássicos da Economia: primário (agricultura, pecuária e extrativismo), secundário (indústria) e terciário (comércio e serviços).
DETALHES
Banco da Amazônia (década de 1970 | Veja fotos acima)
Dois aspectos da sede original do Banco da Amazônia S/A (BASA), capturados no início da década de 1970, retratando a bela fachada e o interior da agência, localizada à Avenida Sete de Setembro, entre a Rua Joaquim Sarmento e a Avenida Eduardo Ribeiro, quase atrás da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição.
O belo imóvel, de três pavimentos, foi construído em 1913, e aberto como estabelecimento comercial – a tradicional “Casa Panhola”, de J. A. Cruz & Cia., fundada em 1884, uma sortida loja dedicada à venda de artigos para presentes, cutelaria, ferragens e utensílios domésticos, dentre outros itens diversos. Edificado sobre um arcabouço metálico de ferro e aço, conforme se nota das belas colunas aparentes vistas na fotografia interna, o prédio era um dos mais belos do centro comercial de Manaus.
Antes de abrigar o BASA, a partir dos anos 40, serviu de sede ao Banco do Brasil, entre 1914 e 1929, que funcionava no térreo, em sistema de aluguel; enquanto a loja (a Casa Panhola) se instalou nos altos do sobrado.
Em meados dos anos 60, como se vê da imagem acima, a harmoniosa fachada do edifício foi brutalizada por meio de uma agressiva reforma feita no ático – o último pavimento do prédio, destacado acima da cobertura - a fim de ampliar o apartamento que servia de residência aos diretores do banco.
Em 1980, o lindo imóvel foi criminosamente demolido, pelo próprio banco, a pretexto de edificar uma sede mais moderna, o que nunca aconteceu, ficando o terreno baldio por anos a fio.
Um outro, cuja fachada é feita de madeira nobre, foi inaugurado numa área, onde em pouco tempo ficou marginalizada, com muitos bares e prostíbulos. Com isso o movimento decaiu e a agência parou de operar naquele lugar. Considerada uma bela obra de arquitetura o Basa da Sete encontra-se fechado e abandonado.
Fonte de Pesquisa:
Manaus Sorriso e Wikipedia – Fotos: Correia Lima, Revista do Centenário da ACA, de 1971, pertencente ao acervo do Centro Cultural dos Povos da Amazônia e Google Imagens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário