A visita do então papa e hoje São João Paulo 2° (1920-2005) a Manaus, ocorrida há 41 anos nos dias 10 e 11 de julho de 1980, ficou pra sempre na memória e no coração das pessoas que acompanharam, de perto, literalmente, a chegada e passagem do sumo pontífice pela capital do Amazonas.
Então com 2 anos de idade e filha de pais que eram bem participativos na Igreja Católica – o radialista Francisco Vilaça e a dona de casa Deusimar Santos Vilaça - a funcionária do setor comercial da Rádio Rio-Mar, Pollyana Vilaça é conhecida como a “Menina do Papa": ela foi carregada no colo pelo religioso que adentrava a sede do arcebispado na avenida Joaquim Nabuco, onde João Paulo 2° ficou hospedado.
“Até hoje é uma emoção muito grande relembrar esse fato. Eu e meus pais estávamos no arcebispado e ninguém entrava nem saía. E para nossa surpresa e benção o papa entrou através do portão principal, onde também estavam fotógrafos, e eu estava em um pilar com uma papoula murcha na mão. Ele me carregou no colo, brincou um pouco comigo e abençoou meus pais. É um momento muito especial para nossa família e para nós até hoje”, relembra ela, dizendo também ter lembranças dos representantes indígenas que estavam no arcebispado naquela noite.
A emoção continua até hoje. “O papa perguntou para os meus pais: ‘Você é o pai, a mãe?’ E os abençoou. Sempre que falamos desse momento da visita, minha mãe diz que diante daquela multidão, no meio da agitação, ao olhar o rosto rosa dele sentiu paz, serenidade!’.
Gratidão e reflexão
A “Menina do Papa" disse que não pensava que, após tantos anos, em 2014 o papa se tornasse santo após a canonização. Passados 40 anos do histórico encontro, o sentimento é de gratidão e reflexão.
“Me sinto abençoada e é uma gratidão tremenda que eu tenho com Deus. Foi uma ocasião muito especial, uma emoção grande ainda mais nestes tempos onde a reflexão diária é mais intensa e que me faz pensar que eu também tenho essa missão de levar o Evangelho e a boa Palavra a quem está ao nosso redor”, comentou Pollyana Vilaça.
Pollyana guarda até hoje o macacão que usou no dia em que virou a "menina do Papa".
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