sábado, 18 de setembro de 2021

As cores do Teatro Amazonas


Nas últimas décadas, difundiu-se, entre o meio artístico e intelectual amazonense, uma certa rejeição relacionada ao adocicado cor-de-rosa adotado na pintura atual do Teatro Amazonas. Ignora-se, exatamente, o porquê desta opção, mas observa-se que variações desta cor eram frequentemente usadas nas fachadas dos prédios do século 19; além disso, nota-se que fachadas de teatros divulgadas em 1983, eram tratadas em tons rosa, e isto pode ter orientado na escolha da cor. No entanto, vale ressaltar que os projetos de fachadas eram convencionalmente apresentados em tons rosa seguindo uma determinação divulgada pelo regimento n° 20, da Repartição de Obras Públicas, organizado em julho de 1869 e que determinava que as plantas deveriam utilizar variações dessa cor para indicar as diferentes alvenarias aplicadas nas obras.


Teatro Amazonas em Obras. A frente do Teatro Amazonas vista de lado. O Teatro é o maior símbolo da cidade e passou por diversas reformas ao longo dos anos, inclusive mudando de cor diversas vezes (há controvérsia de qual seria a cor original). Durante a Segunda Guerra Mundial chegou a virar um simples depósito.


Recentemente (1990), o historiador Mário Ypiranga Monteiro (Manaus, 23 de Janeiro de 1909 — Manaus, 8 de Julho de 2004) apresentou novos dados sobre a cor original do Teatro Amazonas, baseado no conteúdo de uma ordem de serviço emitida pelo governador Fileto Pires Ferreira que , em 25 de agosto de 1897, autorizava Henrique Mazzolani “a executar a pintura externa, de cores cinza e branca concluindo, portanto, que, estas seriam as cores originais adotadas na pintura do Teatro Amazonas. Monteiro informa que o uso do cor-de-rosa nos prédios de Manaus é recente e de autoria do engenheiro Victor Troncoso.


Ignora-se quando o edifício recebeu nova pintura, mas deduz-se que em função da crise financeira que assolava a região este serviço só tenha ocorrido em 1929, quando ocorreu a primeira reforma do prédio, mas nota-se que a pintura do Teatro Amazonas apresentava uma variação de quatro tons: o mais escuro restringia-se ao barramento da construção, um tom um pouco mais claro revestia o andar térreo e o tímparo do frontão, enquanto que as paredes do segundo pavimento e do andar ático apresentavam um tom mais claro, e os cunhais, colunas e o demais elementos ornamentais apresentavam o tom mais claro, talvez branco ou creme.




Em sua primeira reforma, o prédio foi pintado em cor-de-rosa e branco e esta cor foi mantida em sua segunda reforma em 1960.



Durante a sua terceira reforma de 1974, causou grande polêmica na cidade, porque embora se tenham resgatado algumas características originais do prédio, pintou-se a fachada em azul e branco, sendo rejeitada por parte da população; por isso, na restauração ocorrida em 1989, retomou-se o tom rosado, porém, menos pastel que o aplicado anteriormente, e substituiu-se o branco por um tom creme, amenizando o acentuado contraste que outrora caracterizava a fachada do edifício.



Na reforma de 1989 a ser cor de rosa, meio salmão, mas diziam que era rosa.



Em 2012 ficou meio laranjado/rosa.



Hoje em dia nosso Teatro Amazonas, sem dúvida a maior herança da Bela Época

 



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