quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Edna Frazão Ribeiro: o glamour da primeira Miss Amazonas 1929.


Edna Frazão Ribeiro em sua residência. (Foto:Acervo Abrahim Baze)



"A diretoria do Atlético Rio Negro Clube desdobrava-se para providenciar uma recepção especial à nossa Miss Amazonas, Edna Frazão Ribeiro, correspondendo, assim, ao merecimento da homenageada"


Era o ano 1929, a diretoria do Atlético Rio Negro Clube desdobrava-se para providenciar uma recepção especial à nossa Miss Amazonas, Edna Frazão Ribeiro, correspondendo, assim, ao merecimento da homenageada, que tão dignamente acabara de elevar o nome do Amazonas. Era uma tarde de festa, o povo estava nas ruas, à sua espera.



A chegada da Miss Edna Frazão Ribeiro ao bordo do Paquete Campos Sales. (Foto:Acervo Abrahim Baze)


Uma tarde ensolarada na encantadora cidade de Manaus, às 14:30h, um telefonema avisa as autoridades do Palácio Rio Negro que o paquete "Campos Sales", do Lloyd Brasileiro está à vista. Às 15:00 h, salva de fogos anunciavam a entrada do vapor, na baía do Rio Negro, uma verdadeira multidão vai ao cais do porto para recebê-la, o comércio fecha suas portas. 


O carro de luxo do Palácio Rio Negro chega conduzindo as esposas do governador Ephigênio Salles, do diretor do Atlético Rio Negro Clube Sá Antunes e do presidente do Atlético Rio Negro Clube Desembargador Hamilton Mourão, escoltadas por um importante esquadrão de lanceiros, composto por ginasianos.


Em uma lancha especial, seguem a diretoria do Atlético Rio Negro Clube, representantes da imprensa e pessoas da família de Edna ao encontro do paquete, que atraca no Roadway. O povo não para de saudá-la, gritando seu nome. Surge a miss esplendorosa com sua faixa representando o Amazonas, toda bordada em fio de ouro.



A população de Manaus no Porto recebendo a miss. (Foto: Acervo Abrahim Baze)



O convite do clube a população. (Foto:Acervo Abrahim Baze)



Recepção dos atletas do Atlético Rio Negro Clube. (Foto:Acervo Abrahim Baze)



Poema do poeta Francisco Pereira da Silva. É música de Hormisdas F. de Oliveira. (Foto:Acervo Abrahim Baze)



Edna Frazão Ribeiro em traje de banho 1929. (Foto:Acervo Abrahim Baze)



Edna Frazão Ribeiro em Manaus. (Foto:Acervo Abrahim Baze)


A comitiva sobe a Avenida Eduardo Ribeiro, em direção ao Largo de São Sebastião, dobrando, em seguida, rumo a sede do Atlético Rio Negro Clube, na Rua Barroso, hoje, Casa do Estudante, que pertencente à Universidade Federal do Amazonas. Às 17:45 h, Edna adentra a sede do clube, aclamada pelo povo e recepcionada por cavalheiros da sociedade e delegações de todas as agremiações esportivas e de classes, a banda de música, do 27º Batalhão de Caçadores, não parava de tocar. A miss é conduzida ao trono, sempre acompanhada das senhoras que foram buscá-la em sua chegada.


Em um momento de extrema emoção, Hemetério Cabrinha, "O poeta operário, atravessa o salão nobre conduzindo uma palma de flores, era a homenagem dos homens simples da estiva do Roadway a Flor de Baunilha que levara ao Rio de Janeiro o perfume da Selva Amazônica".


Com estas palavras, Hemetério Cabrinha inicia a saudação a Edna, em nome dos estivadores, emocionando todos os presentes. Logo a seguir, fala o orador oficial do Atlético Rio Negro Clube e a senhora Lili Azevedo, representante das damas amazonenses, que se desloca com um grupo de jovens e faz a sua saudação. Os militares através do Tenente Plínio Abreu, do 27º Batalhão de Caçadores, também se manifesta com oratória que sensibilizou a miss.


Edna Frazão Ribeiro visivelmente emocionada, solícita ao Presidente do Atlético Rio Negro Clube, o Desembargador Hamilton Mourão, que seus agradecimentos fossem proferidos pelo também poeta, Francisco Pereira da Silva, que com estas palavras dá início a saudação. "Humilde vassalo da beleza, cumpro ordens da Rainha excelsa que regressa ao Amazonas ".



Foto tirada durante a visita ao Clube Fluminense no Rio de Janeiro. 

(Foto:Acervo Abrahim Baze)


O povo do lado de fora clamava seu nome Edna, Edna, Edna, que com simpatia atende risonha e meiga, aparecendo na sacada para saudá-los, em meio a beijos e lágrimas, joga para o povo o ramalhete de flores que havia recebido na chegada, uma verdadeira apoteose.


" Matéria publicada no Jornal A Notícia, por Abrahim Baze, domingo, 17 de agosto de 1997"





   

Fonte de Pesquisa

PORTAL AMAZÔNIA

FOTOS | ACERVO PESSOAL DE ABRAHIM BAZE



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