quarta-feira, 29 de março de 2023

Valderino - O senhor do Rio Negro

 


O engenheiro civil Valderino Pereira da Silva, de 73 anos, hoje aposentado, é o homem engenhoso que, mesmo com problemas na vista e andar cuidadoso, é considerado o “cara” da medição, há quase 35 anos, do nível do majestoso e imponente Rio Negro, que banha a metrópole Manaus. A missão é primordial para a previsão de enchentes na capital do Amazonas, que tem enfrentado eventos climáticos extremos nos últimos anos.


Valderino acompanhou de perto, em 2021, a maior enchente do Rio Negro, quando a marca da água atingiu 30,02 metros acima do nível do mar. O número é o maior desde quando a medição da série histórica começou, em 1902. Ao todo, além de Manaus, quase todos os outros 61 municípios do Amazonas costumam registrar inundações e estragos, segundo a Defesa Civil estadual. Somente no ano passado, foram mais de meio milhão de pessoas atingidas pela cheia.


O senhor do Rio Negro




Seja como o “senhor do Rio Negro”, o “Homem do Rio” ou o “Príncipe do Rios”, Valderino Pereira da Silva é referência e amplamente conhecido no Porto de Manaus. O trabalho detalhista do medidor começou, oficialmente, após a morte de um ex-servidor, o José Cavalcante Paiva, responsável direto também por fazer as medições diárias do rio, em meados da década de 1970.


O engenheiro civil formado pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), contudo, atua no Porto de Manaus há, pelo menos, 53 anos. Sua trajetória na região iniciou-se na labuta pesada de serviços gerais. Ele recolhia lixo, fazia faxina, ajudava outros trabalhadores que precisavam de uma mão amiga, mas sempre foi apaixonado mesmo pela medição do rio, momento em que pode desfrutar da paisagem e observar a natureza amazônida.


“Eu tenho 53 anos de porto. Formei em Edificações pela antiga Escola Técnica Federal do Amazonas (Etfam), na década de 1970, e depois eu vim estagiar aqui no porto, quando fui começar a saber tirar a cota. Quando o Paiva estava de férias, era eu quem fazia a leitura. Quando o Paiva se aposentou, eu fiquei como o responsável e sou até hoje”, frisou o medidor Valderino.


É nesse convívio diário com a medição que Valderino notou algumas peculiaridades. Uma delas diz respeito à mudança de comportamento do rio na região de Tabatinga, no Alto Solimões, que se reflete em Manaus. Ou seja, se registrado algum evento climático nas águas da cidade de Tabatinga, o Rio Negro também pode sentir no período aproximado de três semanas.


Casado, pai de três filhos, Valderino conta que o pai dele também trabalhou no Porto de Manaus, motivo que o levava a estar frequentemente naquela região. O engenheiro civil conta com orgulho que, quando o Rio Negro está em época de cheia ou vazante, equipes de jornalistas ou pesquisadores do Brasil todo o procuram para entrevistas ou colher informações.



“Falo com muito orgulho, pois é gratificante. Hoje, sou aposentado, mas venho até o porto com muito prazer. Fazer a medição nunca fez parte das minhas obrigações, mas sempre fiz questão de estar à frente dessa atividade”, finalizou.





   

Fonte de Pesquisa

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium





PARA CORRIGIR, ACRESCENTAR, EXCLUIR ou CRIAR UMA PUBLICAÇÃO... FALE CONSOCO...




PARA VER OUTRAS IMAGENS E OUTROS DETALHES SOBRE ESTE LOCAL
CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E ACESSE TODOS NOSSOS LOCAIS


VC TAMBÉM PODE ENTRAR NA SUA REDE SOCIAL E FAZER UMA BUSCA APENAS DIGITANDO...
MINHA MANAUS HISTÓRIAS



© 𝖬𝖨𝖭𝖧𝖠 𝖬𝖠𝖭𝖠𝖴𝖲 𝖧𝖨𝖲𝖳𝖮́𝖱𝖨𝖠𝖲


#minhamanaushistorias #manausnocoracao #manaus #amazonas #minhamanaushistorias #historiasdemanaus #Manaus #Amazonas #Historia #Viral #Turismo

terça-feira, 21 de março de 2023

PEDRAS DE LIOZ DE MANAUS

 



ORIGEM

Lioz ou pedra lioz é um tipo de calcário que ocorre em Portugal, na região de Lisboa e seus arredores (norte e noroeste), nomeadamente no concelho de Sintra, sendo aqui extraído nos arredores da vila de Pero Pinheiro.

Os seus depósitos foram formados no período Cenomaniano (Cretácico) em um ambiente de mar pouco profundo, de águas quentes e límpidas, propícias à proliferação de organismos de esqueleto carbonatado, nomeadamente de bivalves rudistas, construtores de recifes. A rocha caracteriza-se por ser um calcário bioclástico e calciclástico compacto, rico em biosparite e microsparite, geralmente de cor bege, embora existam variedades com coloração que vai do cinza-claro ao rosado e ao esbranquiçado.

Foi muito utilizada em Portugal como rocha ornamental e para a construção de elementos estruturais, como padieiras e ombreiras. Elementos arquitectónicos construídos nesta pedra, nomeadamente padieiras ornamentais, arcos e pelourinhos, foram transportados para diversas regiões do Império Português.


As Pedras de Lioz de Manaus


Ao longo de sua história, algumas cidades se tornam intrinsecamente identificadas com certas características ou elementos arquitetônicos presentes em sua paisagem urbana mais tradicional. É o caso das casas coloridas do Caribe, dos telhados em forma de pagode do Extremo Oriente, das igrejas com domos em forma de bulbo da Rússia, das varandas de ferro de New Orleans, dos sobrados cobertos de azulejos de São Luís do Maranhão, etc, etc, etc. 




Em relação ao centro histórico de Manaus, a pedra calcária vulgarmente conhecida como “pedra de Lioz” é uma espécie de ‘trademark’, como parte integrante da arquitetura ou do entorno de alguns dos monumentos e logradouros mais importantes da cidade, começando pelo altar-mor e os dois púlpitos laterais da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, lindamente lavrados em meados da década de 1870 em Portugal. Mas também as calçadas e escadarias do Ginásio Amazonense, das Igrejas dos Remédios e São Sebastião; das praças da Matriz e Dom Pedro II; das pontes “romanas” da Avenida Sete de Setembro; do Teatro Amazonas, do Palácio da Justiça e do Palácio Rio Negro. E ainda os imponentes pórticos do Paço da Liberdade (1879) e do Ginásio (1886); o piso do pavilhão central do Mercado Adolpho Lisboa (1883); alguns mausoléus de famílias tradicionais no Cemitério São João Batista; além de um sem número de degraus, soleiras e meios-fios existentes aqui e acolá, como fragmentos, em várias das casas e ruas mais antigas do Centro.    

  


A pedra de Lioz (ou pedra Lioz, como também é chamada) não é nativa da Amazônia, nem mesmo do Brasil. É um material lítico importado, um dos muitos tipos de calcário existentes no mundo; uma pedra porosa, opaca, de coloração bege ou rosada, cujas jazidas são encontradas com muita abundância em Portugal, mais especificamente no entorno da pequena vila de Lioz, hoje parte integrante da região metropolitana da capital portuguesa, Lisboa (Concelho de Sintra). A presença da pedra de Lioz em Manaus – e também em Belém e São Luís, cidades de forte herança lusitana – se deve ao fato de elas terem vindo como lastro (contrapeso) nos porões semi-vazios dos navios cargueiros que aportavam nas cidades nortistas. Uma vez desembarcadas, e trocadas pelas mercadorias propriamente ditas, elas ficavam nas respectivas cidades, sendo comercializadas pelas lojas de material de construção aqui existentes como “pedra de cantaria” (pedra de corte, de talho) própria para servir de lajedo na pavimentação de pisos internos ou externos, ou no acabamento de portais, alisares, batentes, escadas e outros pequenos detalhes construtivos. Isso porque na região amazônica é notória a carência de pedras de boa qualidade para tais fins. No caso de Manaus, a pedra regional – o arenito do Rio Negro, ou “pedra jacaré” – por ser “esfarelada” e menos sólida, somente se presta para o calçamento tosco de ruas, a construção de muros de arrimo rústicos ou para ser amalgamada como “brita” na composição de certas estruturas.  

  



Em 2004, um estudo científico levado a efeito pela comunidade acadêmica comprovou que as pedras de Lioz existentes no acervo histórico-arquitetônico de Manaus carregam consigo parte da história geológica e paleontológica mais ancestral da Terra, de sorte que sua morfologia é composta por fósseis de seres inferiores (microscópicos) extremamente primitivos – os estromatólitos – viventes ao tempo em que o planeta era dominado por vulcões e mares de temperatura extremamente elevada. Micro-seres estes que foram integrados às rochas calcárias, quando do processo de sedimentação vulcânica das mesmas, há milhares e milhares de anos. Segundo o Dr. Frederico Cruz, cientista que desenvolveu o estudo à época, os estromatólitos seriam estruturas organo-sedimentares que outrora serviram de abrigo para as algas cianofícias, os primeiros seres vivos a habitar a Terra.  


Enfim, independentemente de seu valor científico, o fato é que as pedras de Lioz são elementos de beleza, que valorizam os imóveis a elas agregados, tanto que, até os dias atuais, são utilizadas com relativa frequência na indústria da construção civil em Portugal, compondo muito bem a arquitetura moderna, tanto quanto a antiga. Por isso mesmo, os fragmentos centenários de tal material existentes na capital amazonense devem ser reconhecidos, registrados e muito bem tratados, seja como símbolo de uma época de fausto, seja pelo valor 'per si' que trazem consigo, em termos de solidez, perenidade e elegância.  

 




   

Fonte de Pesquisa

Manaus Sorriso

Fotos: Acervo particular da ‘fan page’ MANAUS SORRISO.





PARA CORRIGIR, ACRESCENTAR, EXCLUIR ou CRIAR UMA PUBLICAÇÃO... FALE CONSOCO...




PARA VER OUTRAS IMAGENS E OUTROS DETALHES SOBRE ESTE LOCAL
CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E ACESSE TODOS NOSSOS LOCAIS


VC TAMBÉM PODE ENTRAR NA SUA REDE SOCIAL E FAZER UMA BUSCA APENAS DIGITANDO...
MINHA MANAUS HISTÓRIAS



© 𝖬𝖨𝖭𝖧𝖠 𝖬𝖠𝖭𝖠𝖴𝖲 𝖧𝖨𝖲𝖳𝖮́𝖱𝖨𝖠𝖲


#minhamanaushistorias #manausnocoracao #manaus #amazonas #minhamanaushistorias #historiasdemanaus #Manaus #Amazonas #Historia #Viral #Turismo

Vila Municipa - Rua Paraíba

 No início da década de 1960, e até meados dos anos 70 do século passado, o antigo bairro da Vila Municipal, hoje Adrianópolis, era uma zona tranquila, com pouco trânsito de veículos e pedestres, ruas arborizadas, e charmosos bangalôs localizados em meio a terrenos cercados de jardins, pomares e quintais; sendo muitos deles antigas chácaras urbanas remanescentes dos primórdios da ocupação do bairro, no início do século XX.



Vila Municipal - Rua Paraíba em 1960 


É exatamente essa aparência bucólica que se revela na imagem exibida nesta postagem, que mostra o início da antiga Rua Paraíba (atualmente denominada Avenida Umberto Calderaro Filho), na subida da ladeira entre as ruas São Luís e Teresina. De um e de outro da via, vemos detalhes de algumas das residências daquele quarteirão, onde habitavam algumas das famílias mais tradicionais da cidade. À esquerda, muito moderna para os padrões da época, a casa do ex-senador e empresário João Braga Júnior, fundador do conhecido magazine “Lojas Populares”, à Avenida Eduardo Ribeiro; e da concessionária “Braga Veículos”, ambos empreendimentos de sucesso e que marcaram a história da cidade. Ao lado dela, nota-se o telhado de outra casa baixa, de aspecto mais tradicional, na qual habitava a família Pinto Cardoso, donos da Editora e Tipografia Fênix, à Rua Joaquim Sarmento. E, mais adiante, vislumbra-se de relance o muro do tradicional Instituto Batista Ida Nelson, escola secundária fundada em 1942, por missionários evangélicos norte-americanos. As três construções ainda remanescem até os dias atuais, geridas pelos descendentes ou sucessores dos antigos proprietários, com ligeiras modificações em sua arquitetura e na altura de seus respectivos muros.

Atravessando a rua, do outro lado, nota-se um terreno fechado por um gradil de ferro., no mesmo local onde atualmente ergue-se o Hospital ‘Check Up’, da rede particular de saúde. Originário de uma grande chácara urbana, encontrava-se nessa época já dividido em duas propriedades, pertencentes a um mesmo clã: o primeiro, mais embaixo, pertencia ao casal Enéas e Graziella Cabral, tendo depois passado aos seus muitos descendentes. No outro imóvel, mais acima da rua, residia o casal Marcolina (Cabral, de solteira, filha do sr. Enéas) e Francisco Xavier de Albuquerque, sendo ele irmão do empresário Nathan Xavier de Albuquerque – fundador da empresa “Moto Importadora” – e um eminente professor de Direito Penal das Universidades do Amazonas e de Brasília, que, dentre outros méritos, tem a primazia de ter sido o primeiro amazonense (e único, até o momento) a ascender ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, em 1972. Ambas as propriedades, imersas em meio à frondosa vegetação, eram muito vastas (como são todas situadas no lado direito da rua) e estendiam-se em declive até o profundo “covão” que faz limites com o bairro de São Francisco. Uma topografia acidentada que, aliás, em nada mudou, como podem conferir aqueles que já se utilizaram do estacionamento atrás do atual hospital.

A imagem mostra a via recém asfaltada, dentro de um programa conjunto de pavimentação – a asfalto e a concreto - que contemplou diversas outras vias importantes da capital amazonense ao tempo da gestão municipal de Gilberto Mestrinho (1956-1958). Atualmente, a antiga Rua Paraíba é um corredor viário dos mais importantes, pois conecta a velha região central de comércio às zonas norte e leste da capital, sendo atravessada todos os dias por milhares de veículos de passeio, ônibus, caminhões e motocicletas, num ritmo frenético e incessante até altas horas. Ao longo de toda sua extensão, de 4 quilômetros e meio, coexistem ao lado de uma ou outra residência remanescente dos velhos tempos da “Vila” os mais diversos estabelecimentos comerciais e de serviços: um hotel de categoria superior, um grande shopping center, um hipermercado, escolas, lojas de variedades, postos de gasolina, drogarias, padarias, salões de beleza, etc; além de quatro ou cinco grandes condomínios residenciais de classe média e média alta. Um retrato, perfeito e acabado, da metrópole pulsante e progressista que é Manaus, com suas belezas e contrastes.
 


   

Fonte de Pesquisa

Manaus Sorriso

 Foto: “Manaus – Ruas, Fachadas e Varandas” (1985), de Moacir Andrade





PARA CORRIGIR, ACRESCENTAR, EXCLUIR ou CRIAR UMA PUBLICAÇÃO... FALE CONSOCO...




PARA VER OUTRAS IMAGENS E OUTROS DETALHES SOBRE ESTE LOCAL
CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E ACESSE TODOS NOSSOS LOCAIS


VC TAMBÉM PODE ENTRAR NA SUA REDE SOCIAL E FAZER UMA BUSCA APENAS DIGITANDO...
MINHA MANAUS HISTÓRIAS



© 𝖬𝖨𝖭𝖧𝖠 𝖬𝖠𝖭𝖠𝖴𝖲 𝖧𝖨𝖲𝖳𝖮́𝖱𝖨𝖠𝖲


#minhamanaushistorias #manausnocoracao #manaus #amazonas #minhamanaushistorias #historiasdemanaus #Manaus #Amazonas #Historia #Viral #Turismo

‘Boulevard’ Álvaro Maia

 Marcando a divisa entre a histórica região central da cidade de Manaus e a moderna área comercial/residencial da zona Centro-Sul, corre uma das mais avenidas mais belas e importantes da urbe: o centenário ‘Boulevard’ Álvaro Maia, até fins da década de 1960 chamado de ‘Boulevard’ Amazonas - e até os dias atuais conhecido por todos simplesmente como o “Boulevard”, sem maiores predicações.



ANOS 60


Suas origens remontam à inauguração do Cemitério de São João Batista, em 5 de abril de 1891, e à conseqüente necessidade de melhoria de acesso ao novo campo-santo. Mas a abertura da nova avenida somente ocorreu durante o governo de Eduardo Ribeiro (1982-1896) - época em que o prefeito da cidade, indicado pelo governador, como era de praxe legal, era Manuel Uchoa Rodrigues. Uma gestão que agia em parceria, e que foi marcada pelo grande número de arruamentos na cidade, com a abertura de novos bairros e novas vias ao leste e norte da cidade, principalmente, sendo a obra de maior expressão o bairro da Cachoeirinha, inteiramente aberto e parcialmente urbanizado pela dupla Ribeiro/Uchoa entre 1893/1894. Nesse contexto de modernização, extraímos das notas do jornal “Amazonas”, de 29 de abril de 1893, a seguinte nota elucidativa: “Informam-nos que o Sr. Dr. Superintendente Municipal tem resolvido construir um grande boulevard que, partindo da Cachoeira Grande e passando em frente ao Cemitério de São João, vá ter ao Igarapé da Cachoeirinha. Esta grande artéria deverá ter de quarenta a quarenta e quatro metros de largura”.

O projeto governamental se perfez quase que por completo. De fato, foi rasgado o grande ‘boulevard’, partindo da antiga Estrada da Cachoeira Grande (atual Avenida Constantino Nery), junto ao Reservatório da Castelhana; e seguindo na direção leste após passar defronte ao cemitério. Todavia, por escassez de recursos e falta de continuidade das gestões estaduais/municipais seguintes, certamente, o trajeto previsto da via permaneceria incompleto, sendo interrompido (como é até hoje) na altura da Rua Duque de Caxias, barrado pelo fundo “covão” onde brotam as nascentes do Igarapé do Mestre Chico – local por onde atualmente passa o Viaduto Josué Cláudio de Souza, que perfaz a interligação aérea entre o Boulevard e a íngreme ladeira existente no início da antiga Rua Paraíba.

Apesar de suas belas dimensões, todavia, o Boulevard seguiria ao longo das sete décadas seguintes como o marco limítrofe setentrional entre a zona urbana propriamente dita e os antigos subúrbios da cidade – Mocó, Jirau e Bilhares, correspondentes aos atuais bairros de Adrianópolis, Nossa Senhora das Graças e São Geraldo, respectivamente. Tratado como arrabalde distante, e por conta de um certo grau de superstição devido à proximidade com a necrópole, o Boulevard demorou a se firmar como zona comercial ou mesmo residencial. Daí a total ausência, ao longo de seu curso, de belas construções – sobrados, palacetes, ‘bungalows’ – nos moldes dos existentes em outras vias antigas da cidade. Era apenas um arrabalde, marcado, por mais de meio século, por pequenas e humildes casas de madeira ou alvenaria, localizadas aqui e acolá, em centros de terreno; e por uma e outra taverna (mercearia), que dava suporte às necessidades básicas dos moradores do entorno.
Tudo mudaria em fins da década de 1960, quando Manaus, emulada pela implantação da Zona Franca em 1967, começava rapidamente a se expandir na direção norte. É o momento em que o Boulevard, fazendo jus à sua vocação histórica, recebe pela primeira vez, desde sua abertura, a atenção do poder público municipal, na figura de Paulo Pinto Nery, prefeito da cidade entre os anos de 1966-1969, e um dos mais operantes que a cidade conheceu ao longo de sua história. Paulo Nery, muito bem cercado por um 'staff' de de bons engenheiros e secretários, transformou o Boulevard numa lindíssima e moderna avenida, muito bem pavimentada nas suas duas pistas de rolamento, e cortada ao centro pelo imenso canteiro central existente até hoje, com passeios em ambos os lados e coloridos jardins plantados ao longo de toda a extensão da via. Um paisagismo que seguia à risca a tradição francesa, marcado pela perfeita simetria entre as espécies rasteiras e as árvores eleitas para decorar a avenida – no caso, os exóticos ‘flamboyants’ de origem africana, que apesar de não darem sombra, se enchem de um lindíssimo tom de vermelho-escarlate a cada floração anual. Um paisagismo que se tornou cartão-postal, à época de sua inauguração em 1968, mas que não foi, infelizmente, respeitado pelas administrações mais recentes, que o descaracterizaram por completo, ao introduzirem, à medida em que os velhos ‘flamboyants’ foram morrendo, novas espécies arbustivas e arbóreas - mangueiras, oitis e outras - plantadas ao léu, sem planejamento urbanístico e em total descompasso umas com as outras. O que se critica e se lamenta, com o perdão daqueles que acham graça em tal “balbúrdia botânica”!

O mesmo grau de desprezo das autoridades pela importância histórica do Boulevard é demonstrado na existência do pequeno quarteirão amorfo localizado bem ao final da via, antes do viaduto, e que bem poderia ser desapropriado pelo poder público e convertido numa bela praça, com um projeto paisagístico à altura e uma função social mais condigna com a importância da avenida, passagem diária de milhares de manauaras em seus trajetos diários entre casa e trabalho, e há anos convertida na grande zona médico-hospitalar-necrológica da cidade, com três grandes unidades clínicas (dentre elas o Hospital Getúlio Vargas, da UFAM), diversas farmácias/drogarias, além de importantes casas funerárias e floriculturas localizadas no entorno, que dão suporte logístico à dinâmica quotidiana do Cemitério São João Batista.



O MESMO LOCAL HOJE





   

Fonte de Pesquisa

Manaus Sorriso

Acervos dos senhores Frank Lima e Moacir Andrade

Instituto Durango Duarte.






PARA CORRIGIR, ACRESCENTAR, EXCLUIR ou CRIAR UMA PUBLICAÇÃO... FALE CONSOCO...




PARA VER OUTRAS IMAGENS E OUTROS DETALHES SOBRE ESTE LOCAL
CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E ACESSE TODOS NOSSOS LOCAIS


VC TAMBÉM PODE ENTRAR NA SUA REDE SOCIAL E FAZER UMA BUSCA APENAS DIGITANDO...
MINHA MANAUS HISTÓRIAS



© 𝖬𝖨𝖭𝖧𝖠 𝖬𝖠𝖭𝖠𝖴𝖲 𝖧𝖨𝖲𝖳𝖮́𝖱𝖨𝖠𝖲


#minhamanaushistorias #manausnocoracao #manaus #amazonas #minhamanaushistorias #historiasdemanaus #Manaus #Amazonas #Historia #Viral #Turismo

Da Ciranda de Manaus à Ciranda de Manacapuru

 Da Ciranda de Manaus à Ciranda de Manacapuru



Depois da Ciranda do Sólon de Lucena, a segunda ciranda criada em Manaus foi a da Escola Senador Lopes Gonçalves, que participou do Festival Folclórico de 1965.


A brincadeira trazida de Tefé conquistou o coração dos manauaras e, de repente, começaram a surgir cordões de cirandeiros em praticamente todos os bairros da cidade, a maioria deles sendo ensaiado nas escolas públicas.


Nas primeiras apresentações da Ciranda, os brincantes utilizavam roupas bem comportadas exatamente iguais às dos brincantes das quadrilhas juninas.


As mulheres brincavam de blusa com babados e mangas soltas, saias rodadas, estampadas, terminando abaixo dos joelhos, com anáguas de renda, meia “arrastão” até o joelho e calçolão.


Já os homens usavam camisas com estampas combinando com a saia da respectiva dama e calça preta, branca ou azul enrolada até o meio da canela, no estilo “pescador’.


Ambos dançavam de chapéu de palha de abas curtas, as mulheres de sapatilhas artesanais (ou descalças) e os homens de alpercatas (ou descalços).


As demais figuras do auto, evidentemente, possuíam um figurino próprio.


A Mãe Benta se vestia de baiana tradicional tipo vendedora de acarajé.


O Caçador, de camisa lisa social e calça preta de bainha no estilo “pega-marreca”. Ele também usava chapéu de palha, bota sete léguas e espingarda.


O Carão usava uma roupa imitando o pássaro original, com plumagem negra e outros enfeites. O Galo Bonito também era a imitação de um autêntico galo de terreiro.


Constância se vestia como uma dama da corte imperial.


Seu Manelinho e Seu Honorato usavam as roupas de um ribeirinho comum (o primeiro se diferenciava do segundo porque estava sempre com uma garrafa de pinga na mão e dançava como se estivesse muito bêbado).


No dia 15 de março de 1976, também sob a orientação do professor José Silvestre, foi criada a Ciranda do Colégio Estadual Ruy Araújo, na Cachoeirinha, que se tornou a maior campeã da história do Festival Folclórico do Amazonas de todos os tempos.


Para se ter uma pálida ideia da performance da ciranda, somente sob a presidência de Adelson Cavalcante, o “Adelson da Ciranda”, a Ciranda do Ruy Araújo conquistou 12 títulos consecutivos e é até hoje a única Supercampeã do Festival por ter obtido, em uma das edições, mais pontos do que todos os demais conjuntos campeões das diversas categorias.


Segundo Mário Colorau, que participou da brincadeira durante vários anos, foram as meninas do Ruy Araújo que diminuíram o tamanho da saia rodada até se transformar em uma microssaia supersexy tendo por baixo apenas um biquini (algumas usavam fio-dental) e umas mais ousadas apenas a lingerie... e, na sequência, aposentaram o calçolão em troca de minúsculos shorts de helanca.




A mudança aconteceu em meados dos anos 80, segundo ele, influenciada pelo filme “Fama”. Explicando melhor: algumas brincantes assistiram ao filme e resolveram participar do ensaio da brincadeira na quadra do Ruy Araújo trajando collant de malha e saiote, tal como fazia umas das heroínas do filme.


De acordo com as pioneiras, a nova roupa de ensaio, por ser mais leve, dava uma maior liberdade de movimentos. Para replicarem a roupa de ensaio na roupa oficial da Ciranda foi conta de multiplicar.




Em vez das cafonas meias de arrastão, as meninas do Ruy Araújo também passaram a utilizar uma espécie de “perneiras” sanfonadas, feitas do mesmo tecido das microssaias, que vai do tornozelo ao joelho.  “Foi uma forma de diminuir o apelo sexual das microssaias”, recorda Mário Colorau.


A inovação foi tão bem recebida pelo público (principalmente pelo público masculino, of course!), que acabou se transformando no uniforme “oficial” das cirandeiras manauaras.


A Ciranda do Ruy Araújo continua em plena atividade até os dias de hoje e costuma realizar seus ensaios na quadra do GRES Andanças de Ciganos.


Quem também reivindica a primazia de ter encurtado a saia das cirandeiras é outro grupo folclórico muito conhecido na cidade.


Fundada em 6 de março de 1986, na Cachoeirinha, por Raimundo dos Santos Cruz (“Binha”), Aldeir dos Santos Cruz e Alcistanley Figueiredo, todos ex-brincantes da Ciranda do Ruy Araújo, a dança Brotinhos da Ciranda foi criada com a intenção de se apresentar exclusivamente em festivais de bairros, escolas públicas e entidades filantrópicas.


O grupo possui fotos para provar que foi a primeira Ciranda de Manaus a utilizar as famosas microssaias, mas reconhecem que a criação das “perneiras” foi mesmo iniciativa da Ciranda do Ruy Araújo.


A explicação para o encurtamento das saias das cirandeiras?! 


Não, não havia nenhuma questão sociológica permeando o assunto: é que as meninas tinham as pernas bonitas e nenhuma vergonha de mostrar o que é belo. Simples assim.

Os brotinhos da Cachoeirinha, modéstia à parte por ter nascido lá, sempre foram mesmo bastante atirados.


Em 1992, com o falecimento de Raimundo Santos Cruz, sua família assumiu a direção da dança e, com a concordância dos brincantes, mudou o nome para Ciranda do Binha, como homenagem ao seu mestre fundador.


Em 1997, a Ciranda do Binha saiu da Cachoeirinha e passou a realizar seus ensaios no bairro de Santo Agostinho.


Em 2008, a ciranda criou um segundo local de ensaio, no bairro Lírio do Vale II.


Nas apresentações oficiais, os dois núcleos de brincantes (Santo Agostinho e Lírio do Vale II) se apresentam em conjunto fazendo da Ciranda do Binha uma das grandes sensações do Festival Folclórico do Amazonas.


Ela também foi uma das pioneiras em criar novas músicas para suas apresentações e utilizar grandes alegorias para melhor retratar seus enredos, que depois foram replicadas pelas cirandas de Manacapuru.


Outros cordões folclóricos da brincadeira em Manaus, que merecem ser aplaudidos de pé por serem deliciosamente sexys são os seguintes: Ciranda A Grande Família, Ciranda Sensação da Raiz, Ciranda do Japiim, Ciranda do Amor, Ciranda Força Jovem, Ciranda Brotinhos do Coroado, Ciranda do Parque Dez, Ciranda Mocidade, Ciranda Tradição da Ciranda, Ciranda da  Visconde, Ciranda Tradição do Parque 10, Ciranda Explode Coração, Ciranda Sedução, Ciranda Encanto Cirandeiro, Ciranda Flor do Ouro Verde, Ciranda Emoções, Ciranda Sonho de Cirandeiro, Ciranda Império do São José I, Ciranda Emoção do Armando Mendes, Ciranda Gaviões do Império, Ciranda Império da Compensa, Ciranda Sedução de São Francisco, Ciranda São Sebastião, Ciranda Independente do Coroado, Ciranda Nova Geração, Ciranda Unidos do Mauazinho, Ciranda Guerreiros do Crespo, Ciranda Alegria de Viver, Ciranda Fênix, Ciranda Mocidade de Educandos, Ciranda Gaviões de Prata, Ciranda Evolução do Japiim, Ciranda do Paraíso, Ciranda Rosas de Ouro, Ciranda Sedução de Petrópolis, Ciranda Andorinhas, Ciranda Carmegiana Matizada, Ciranda Amigos do Jorge Teixeira, Ciranda Unidos do Coroado, Ciranda Molejo, Ciranda Amigos do Japiim, Ciranda do Thianguá e Ciranda Imperatriz do Norte.


Em março de 1980, sob a orientação do próprio José Silvestre, a professora Perpétuo Socorro de Oliveira levou a brincadeira de Manaus para Manacapuru, montando a ciranda Flor Matizada na Escola Estadual Nossa Senhora de Nazaré.


A ciranda pioneira representa os moradores do centro da cidade e dos bairros Biribiri, São Francisco e Correnteza e, por causa de sua localização geográfica, é considerada “a ciranda dos ricos”.


As meninas mais bonitas de Manacapuru vendem a alma ao diabo pra brincarem na Flor Matizada.


Em março de 1986 foi fundada a Ciranda Tradicional, na Escola Estadual José Seffair, localizado no bairro da Terra Preta. 


O bairro é famoso porque realiza há mais de 100 anos a Festa de Santo Antônio da Terra Preta, com um dos arraiais mais bonitos do interior do Amazonas.


A ciranda representa os moradores dos bairros Terra Preta, Cohab-Am, Policarpo de Souza, União, Morada do Sol, Palhinha e Nova Manacá.


Em março de 1993 foi fundada a ciranda Guerreiros Mura, na Escola Estadual José Mota, no bairro Liberdade, o mais populoso da Princesinha do Solimões.


A ciranda representa os moradores do bairro Liberdade, Mutirões, Aparecida e Figueirinha e, por causa de sua imensa torcida, é conhecida como “a ciranda do povão”.


Em 1997, o prefeito de Manacapuru, Angelus Figueira, organizou o 1.º Festival de Cirandas do município, dando um caráter competitivo às apresentações, o que proporcionou um verdadeiro salto de qualidade na brincadeira.




As cirandas de Manacapuru introduziram novos personagens (a Porta-Cores, equivalente à porta-estandarte dos bumbás de Parintins, e a Cirandeira Bela, equivalente à Cunhan Poranga), novos passos (o “trançadinho” é o mais conhecido) e um novo ritmo musical (a “cirandada”, que lembra muito o reggaeton caribenho).



   

Fonte de Pesquisa

BLOG DO SIMÃO PESSOA





PARA CORRIGIR, ACRESCENTAR, EXCLUIR ou CRIAR UMA PUBLICAÇÃO... FALE CONSOCO...




PARA VER OUTRAS IMAGENS E OUTROS DETALHES SOBRE ESTE LOCAL
CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E ACESSE TODOS NOSSOS LOCAIS


VC TAMBÉM PODE ENTRAR NA SUA REDE SOCIAL E FAZER UMA BUSCA APENAS DIGITANDO...
MINHA MANAUS HISTÓRIAS



© 𝖬𝖨𝖭𝖧𝖠 𝖬𝖠𝖭𝖠𝖴𝖲 𝖧𝖨𝖲𝖳𝖮́𝖱𝖨𝖠𝖲


#minhamanaushistorias #manausnocoracao #manaus #amazonas #minhamanaushistorias #historiasdemanaus #Manaus #Amazonas #Historia #Viral #Turismo

PATRIMÔNIOS HISTÓRICOS TOMBADOS PELO IPHAN EM MANAUS



Atualmente, em Manaus (AM), os imóveis históricos, em sua maior parte, estão entre a Avenida Eduardo Ribeiro e a Rua Leonardo Malcher. Do núcleo colonial, resta apenas o traçado urbano, orgânico em contraponto ao traçado planejado, ainda no século XIX. Na arquitetura, uma boa quantidade de edifícios ecléticos ainda está preservada. O centro histórico de Manaus no século XXI apresenta uma porção urbana formada por edificações do período áureo mesclada a edifícios modernos. 

Os prédios da Alfândega e da Guardamoria representam uma transição entre o conjunto de armazéns (construídos de 1903 a 1910) e os edifícios da empresa Manaos Harbour Ltd., por utilizarem o sistema de pré-moldagem. Três das edificações tombadas são anteriores aos empreendimentos da Manaos  Harbour: o antigo edifício do Tesouro Público (inscrições na fachada 1887-1890) de estilo neoclássico, o trapiche 15 de Novembro, e a bomba de incêndio junto a este trapiche (obras públicas de 1869 a 1881). 

Também foram tombados o Escritório Central e fachada anexa (Rua Taqueirinha, Nº 125), Setor Administrativo (Rua Governador Vitório, Nº 121), Setor de Operações - antigo prédio do Tesouro (Rua Monteiro de Souza S/N), Museu do Porto (Rua Vivaldo Lima, Nº 610), imóvel da Rua Bernardo Ramos n° 69 e n° 77, antiga Casa da Tração Elétrica (Rua Marquês de Santa Cruz, S/N), Road-Way e a bomba de incêndio, e Armazéns Nº 3, 4, 5, 10, 15, 18 e 20, Paço da Liberdade (Museu da Cidade), Coreto e Chafariz da Praça Dom Pedro II e Praça IX de Novembro, entre outros. 


Mercado Municipal Adolpho Lisboa - Um dos mais importantes centros de comercialização de produtos regionais em Manaus, foi construído no período áureo da borracha. Por ser um dos principais exemplares da arquitetura de ferro sem similar em todo mundo, foi tombado em 1º de julho de 1987 pelo Iphan. Sobre a bandeira do portão principal, existe uma cartela cravada com o nome Adolpho Lisboa que, na época da construção, era prefeito da cidade de Manaus. Posteriormente Lisboa deu o nome ao mercado.


Teatro Amazonas - Inaugurado em 1896, é a expressão mais significativa da riqueza da região durante o Ciclo da Borracha. A cidade era uma das mais prósperas do mundo, embalada pela riqueza advinda do látex da seringueira, produto altamente valorizado pelas indústrias europeias e americanas. Por isto, necessitava de um lugar onde pudessem se apresentar as companhias de espetáculos estrangeiras e a construção do teatro, assim, era uma exigência da época. O projeto arquitetônico escolhido foi o de autoria do Gabinete Português de Engenharia e Arquitetura de Lisboa e hoje é o principal patrimônio cultural arquitetônico do Amazonas, tombado como patrimônio histórico pelo Iphan, em 1966.


Caixa d’água/Reservatório de Mocó - Magnífica obra em estilo neo-renascentista, foi inaugurada em 1899 durante o período áureo da borracha. O reservatório que abrange uma área com cerca de mil metros quadrados foi planejado e construído com o objetivo de solucionar os problemas de abastecimento de água, que atingiam a cidade no final do século XIX. Destaca-se pela imponência de sua estrutura interna – toda em ferro importado da Inglaterra – que suporta dois enormes tanques metálicos, instalados no espaço superior da edificação. Tombado pelo IPHAN em 13 de Março de 1995, o Reservatório do Mocó abastece ainda hoje parte da Cidade de Manaus.


Praça Dom Pedro II - Inaugurada em 1897, era inicialmente cercada de gradis, removidos em 1907 e instalados na entrada sul do Mercado Adolpho Lisboa, onde permanecem até os dias atuais. Possui um coreto em ferro, concluído em 1888, feito pela empresa inglesa Francis Morton & Cia. Limited Engineer, de Liverpool, e um chafariz também de ferro. A Praça foi construída sobre um cemitério indígena, descoberto no final do século XIX, e registrado como sítio arqueológico na década de 60 do século XX. 


Relógio Municipal - Construído em 1929, sendo autor do projeto o amazonense Coriolano Durand, possui estilo neoclássico e engrenagem de origem suíça. Nele há dois mostradores. Em um deles há a inscrição latina Vulnerant omnes, ultima necat, que significa "Todas ferem, a última mata".


Academia Amazonense de Letras - Fundada em 1918, funcionou, inicialmente, no Instituto Universitário de Manaus. A doação do atual prédio ocorreu em 1935, sendo este pertencente ao repertório eclético. 


Instituto Benjamin Constant - Construção do final do século XIX, em estilo eclético, recebeu vários usos: palacete do Barão de São Leonardo, museu botânico, orfanato Instituto Benjamin Constant. Atualmente é unidade do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas. 


Biblioteca Pública do Estado - Construída entre 1905 a 1910, em terreno onde funcionava o Estábulo Público, sofreu um incêndio em 1945, perdendo quase todo o seu acervo e a ala sul do prédio, que foi reconstruída e reaberta dois anos mais tarde. Foi projetada pelo arquiteto paraense José Castro de Figueiredo. Em sua arquitetura de estilo eclético, com predominância de elementos clássicos, destaca-se a escadaria interna, de ferro forjado em rendilhado, procedente de Liverpool, Inglaterra. 


Cemitério São João Batista - A aquisição dos primeiros terrenos iniciou-se em 1890 e inauguração ocorreu em 1891. Em 1905 foram construídos os muros voltados para a Avenida Álvaro Botelho Mais e Rua Major Gabriel, incluindo seus portões de ferro, de origem escocesa. Os outros muros datam do início da década de 20 do século passado. Possui capela em estilo neogótico, inaugurada em 1906 e reformada em 1915. Está localizado na área de entorno do Reservatório do Mocó.


Centro de Artes Chaminé - No prédio funcionou a antiga estação de tratamento de esgotos, sob responsabilidade da empresa inglesa Manaos Improvements Limited Company. Sua construção foi concluída em 1910. Em 1993, tornou-se o Centro de Artes Chaminé.


Agência dos Correios e Telégrafos - Construído no início do século XX para abrigar a firma Marius & Levy, o prédio de estilo eclético, possui revestimento cerâmico e tijolos aparentes em todas as fachadas. A empresa de Correios e Telégrafos está no edifício desde 1921. 


Faculdade de Direito - Nesse prédio funcionaram o Grupo Escolar Silvério Nery e o Grupo Escolar Nilo Peçanha.  A partir de 1934, instalou-se a Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais de Manaus, nome alterado para Faculdade de Direito do Amazonas em 1936, que foi transferido para o Campus Universitário, em 2004. Em estilo eclético, o segundo pavimento foi construído na reforma ocorrida entre 1936 e 1938.

ALÉM DAS ESCOLAS:

Grupo Escolar Euclides da Cunha (datado de 1896), Grupo Escolar Barão do Rio Branco (antigo Consulado de Portugal, em 1943 passou ser a sede da escola), e Grupo Escolar José Paranaguá (inaugurado em 1895, atualmente abriga o Conselho Estadual de Educação).

*Belle Époque é o nome dado a uma época de mudanças culturais e artísticas registradas na história da França, entre o final do século XIX e o início da 1ª Guerra Mundial, em 1914.


 

   

Fonte de Pesquisa

Arquivo Noronha Santos

Iphan

IBGE





PARA CORRIGIR, ACRESCENTAR, EXCLUIR ou CRIAR UMA PUBLICAÇÃO... FALE CONSOCO...




PARA VER OUTRAS IMAGENS E OUTROS DETALHES SOBRE ESTE LOCAL
CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E ACESSE TODOS NOSSOS LOCAIS


VC TAMBÉM PODE ENTRAR NA SUA REDE SOCIAL E FAZER UMA BUSCA APENAS DIGITANDO...
MINHA MANAUS HISTÓRIAS



© 𝖬𝖨𝖭𝖧𝖠 𝖬𝖠𝖭𝖠𝖴𝖲 𝖧𝖨𝖲𝖳𝖮́𝖱𝖨𝖠𝖲


#minhamanaushistorias #manausnocoracao #manaus #amazonas #minhamanaushistorias #historiasdemanaus #Manaus #Amazonas #Historia #Viral #Turismo



VISITE-NOS