Até meados do século 19, o Largo de São Sebastião, localizado no centro histórico de Manaus, não passava de um pequeno roçado de propriedade do Sr. Antônio Lopes Braga.
Foi quando no dia 7 de setembro de 1867, por iniciativa do médico Dr. Antônio Davi Vasconcelos de Canavarro, foi inaugurado no terreno hoje ocupado pela Praça de São Sebastião, uma coluna de pedra, de seis metros de altura, com quatro faces lisas, provida de soco, cornijas, base e capitel, lembrando a ordem compósita, aquela versão tardia da ordem coríntia.
Essa modesta coluna foi consagrada ao ato de abertura do rio Amazonas ao comércio mundial, firmado pelo então Imperador do Brasil Dom Pedro II, no dia 7 de setembro de 1866.
Muitos anos depois, durante a inauguração do Teatro Amazonas, em 1896, a modesta pracinha foi totalmente repaginada e ganhou um bonito monumento de bronze, constituído de dois conjuntos.
O conjunto principal mostra uma representação da Amazônia abraçada a Mercúrio, o deus do comércio.
No conjunto inferior, as quatro naves de bronze representam a Eurásia, África, América e Oceania e Antártida.
O monumento não possui um único detalhe que lembre de fato a região amazônica.
A grande figura cimeira é clássica: uma vigorosa mulher de seios nus e amplas vestes flutuantes, severo perfil de cânones romanos.
Os delfins de bronze, à moda de gárgulas, lembram estilizações ferozes das catedrais góticas.
Em 2004, a pracinha foi transformada no Centro Cultural Largo de São Sebastião pelo Governo do Estado do Amazonas, através da Secretaria de Cultura, com a finalidade de resgatar a cidadania através da arte.
Fazem parte desse novo espaço o Teatro Amazonas, a Casa Ivete Ibiapina, a Casa do Restauro, a Casa J. G. Araújo e a Casa das Artes.
A paginação do piso do Largo de São Sebastião possui semelhança ao desenho da paginação do calçadão da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Lembrando que quem nasceu primeiro foram as ondas da São Sebastião.
Fonte de Pesquisa
iPATRIMÔNIO
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