Imagem capturada em 1950, no trecho da Rua Marquês de Santa Cruz, entre o Mercado Municipal Adolpho Lisboa e a Praça Tenreiro Aranha. Em destaque, dois ‘bungalows’ construídos nos anos 40, integrantes do complexo portuário da orla central. O primeiro deles, à esquerda, abrigou até o início do século atual a Capitania dos Portos do Amazonas – instituição criada em 1874 e atualmente denominada de Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental, sendo a repartição da Marinha do Brasil responsável pelo registro e controle de tráfego de embarcações civis nos portos fluviais da banda oeste da região amazônica. Atualmente, reformado, o sobrado sedia o Centro Técnico de Formação de Fluviários da Amazônia Ocidental. Já a segunda casa, à direita - desaparecida há muitos anos atrás para a expansão do cais - servia de residência ao Capitão dos Portos. Defronte a eles, um belo automóvel de época, modelo ‘buick’, de fabricação norte-americana, trafega serenamente pela via tranqüila, ainda dominada basicamente pelo tráfego de pedestres.
As casas em estilo "bungalow", remetendo às velhas construções coloniais inglesas do Caribe, África e Ásia, fazem parte de uma escola arquitetônica eclética muito em voga no Brasil entre as décadas de 1930 a 1950. Em Manaus, ainda se encontram alguns bons exemplares do estilo, nas imediações das praças da Saudade e Congresso, algumas ainda abrigando residências de velhos moradores do Centro.
Mesma área da foto acima antes das edificações
A Rua Marquês de Santa Cruz foi assim denominada como merecida homenagem à memória de Dom Romualdo Antônio de Seixas (1787-1860) - clérigo e político paraense, Arcebispo Primaz do Brasil a partir de 1827, e futuro Conde e Marquês de Santa Cruz – que se notabilizou como a primeira grande personalidade de expressão nacional a erguer sua voz no Parlamento Imperial, em 27 de maio de 1826, propondo um projeto de lei em favor da criação da Província do Amazonas; algo que somente se concretizaria 24 anos depois, em 5 de setembro de 1850.
Quanto à rua em si, é a mais antiga via litorânea da cidade. Antes da construção dos armazéns do porto, pela empresa inglesa ‘Manáos Harbour’, a partir de 1902, ela se abria diretamente para a esplêndida paisagem do Rio Negro, sendo, não por caso, denominada na época provincial (1850-1889) de “Rua da Boa Vista”. É uma artéria relativamente curta e que corre de forma sinuosa, iniciando-se, pelo oeste, junto ao Armazém nº 10 do porto, passando pela lateral do histórico edifício da Alfândega e terminando junto ao Armazém nº 20. No passado remoto da Província nela esteve erguido o primitivo Teatro Thalia, o primeiro da cidade, uma construção tosca feita de madeira e coberta de palha, por isso mesmo jocosamente apelidada pelo povo de “porco-espinho”. E, já na década de 1950, ali esteve erguida a popular “Maloca dos Barés”, um auditório ao ar livre construído pela extinta Radio Baré no centro do pátio das docas, de frente para o rio, onde se apresentaram inúmeros artistas locais e nacionais, com grande audiência de público.
Fonte de Pesquisa
Manaus Sorriso
Foto: Silvino Santos.
Acervo particular da família de Renato Araújo.
PARA CORRIGIR, ACRESCENTAR, EXCLUIR ou CRIAR UMA PUBLICAÇÃO... FALE CONSOCO...
PARA VER OUTRAS IMAGENS E OUTROS DETALHES SOBRE ESTE LOCAL
CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E ACESSE TODOS NOSSOS LOCAIS
VC TAMBÉM PODE ENTRAR NA SUA REDE SOCIAL E FAZER UMA BUSCA APENAS DIGITANDO...
MINHA MANAUS HISTÓRIAS
© 𝖬𝖨𝖭𝖧𝖠 𝖬𝖠𝖭𝖠𝖴𝖲 𝖧𝖨𝖲𝖳𝖮́𝖱𝖨𝖠𝖲
#minhamanaushistorias #manausnocoracao #manaus #amazonas #minhamanaushistorias #historiasdemanaus #Manaus #Amazonas #Historia #Viral #Turismo
Nenhum comentário:
Postar um comentário