sexta-feira, 1 de julho de 2022

ACIDENTE DO ÔNIBUS DA SOLTUR NO RIO URUBU

 𝗖𝗼𝗻𝗵𝗲𝗰̧𝗮 𝗮 𝗵𝗶𝘀𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗮 𝗱𝗼 𝗮𝗰𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗿𝗼𝗱𝗼𝘃𝗶𝗮́𝗿𝗶𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗿𝗲𝘀𝘂𝗹𝘁𝗼𝘂 𝗲𝗺 𝟯𝟵 𝗰𝗼𝗿𝗽𝗼𝘀 𝗱𝗲𝗳𝗼𝗿𝗺𝗮𝗱𝗼𝘀 𝗽𝗼𝗿 𝗽𝗶𝗿𝗮𝗻𝗵𝗮𝘀


Fazem 45 anos que tudo aconteceu... Era madrugada do dia 14 de novembro de 1976, quando o Corpo de Bombeiros do Amazonas foi acionado para um resgate na rodovia AM-010, que liga a capital Manaus a outros municípios amazonenses. À época, os desafios geográficos e de estrutura da Amazônia, ainda maiores que os de hoje, atrasaram a chegada dos bombeiros. Na chegada, os profissionais se depararam com uma multidão que tentava entender o que havia acontecido. Um ônibus estava completamente submerso no rio Urubu. Quando retirado o cenário era comparável a de um filme de terror: 39 pessoas morreram dentro daquele veículo e partes dos corpos haviam sido devoradas por piranhas.

Na noite do dia 13 de novembro de 1976, um sábado, passageiros se preparavam para embarcar em um dos ônibus que sairia de Manaus com destino à cidade de Itacoatiara - um dos principais municípios amazonenses. Entre os veículos, o de numeração 0546 da empresa Soltur (Solumões Transporte e Turismo), dirigido por José Aurélio Duarte, e no atendimento, a rodomoça Maria de Lurdes Moreira da Silva.
Motorista no volante e rodomoça na recepção para o embarque dos 42 passageiros no "frescão", modelo Marcopolo III, que deixaria o terminal de Manaus por volta da 00h.
Ao longo da estrada escura, apenas iluminada pela lua, ar-condicionado funcionando, muitos passageiros dormindo e o "frescão" se afastando cada vez mais de Manaus. Depois de horas de viagem o destino ia ficando mais próximo. Já por volta das 4h30 da madrugada de domingo (14), ao se aproximar do rio Urubu, altura da Comunidade São José restavam apenas a travessia da última balsa e poucos quilômetros para o destino final: a terra da "Pedra Pintada", que vem do escrito indígena ita: pedra; e coatiara: gravado, pintado, escrito, dá origem ao nome da cidade: Itacoatiara.
Começava ali a maior tragédia rodoviária da história do Amazonas e uma das maiores do Brasil em número de vítimas.

𝑶 𝑨𝑪𝑰𝑫𝑬𝑵𝑻𝑬

Quando o ônibus chegou a uns 100 metros da guarita de onde controlavam a balsa, limite para parar o ônibus, os balseiros jogaram luz, com uma lanterna, para informar a aproximação da beira do rio para embarcar na balsa, o veículo foi reduzindo a velocidade, e então... cadê os freios? Depois da plataforma onde a balsa encostava, tinham de 15 a 20 metros de profundidade. Aí, o ônibus entrou no rio, e foi afundando.




Com o "frescão" já nas águas escuras do rio Urubu, o desespero tomou conta de todos que tentavam escapar do veículo, que também tinha as janelas travadas.
Inúmeras tentativas para tirar o "frescão" do fundo do rio, mas com o peso da água dentro do ônibus os primeiros maquinários que chegaram não tinham a força suficiente para içar o veículo.
Os bombeiros que foram de Manaus também tentavam quebrar as janelas do "frescão", sem sucesso, pois a pressão da água era tanto que as batidas nos vidros se tornavam ineficazes. Era preciso retirar o ônibus de dentro do rio para que se iniciasse o resgate das vítimas.


Com metade do ônibus içado da água até a margem do rio Urubu, os bombeiros puderam realizar o trabalho de resgate das vítimas, já no fim da tarde daquele domingo.
Mas o que eles encontraram no interior do ônibus, eram diversos corpos que haviam sido devorados pelas piranhas daquele local. A perícia da época não informou se foram devorados ainda vivos, com um ataque instantâneo dos animais e se foram já depois de mortos.
Segundo o historiador e professor Frank Chaves, naquele dia 14 de novembro a cidade de Itacoatiara viveu o seu maior luto. Em todas as ruas, praticamente, tinham velórios. A terra da "Pedra Pintada" estava em prantos, desanimada e a expectativa da eleição na segunda-feira, 15 de novembro, era a pior possível.
Ao todo, 39 vítimas fatais no acidente do Rio Urubu. Segundo os jornais da época, a empresa Soltur, responsável pelo ônibus, encomendou todos os caixões e mandou levar às famílias. Desses, 8 corpos foram velados e enterrados em Manaus.

   

Fonte de Pesquisa

PORTAL AMAZÔNIA | AVG/REDE AMAZÔNICA



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