terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Grupo Escolar José Paranaguá

 

Quando da sua inauguração em 1º de junho de 1895, essa Escola não possuía assim uma denominação oficial. Por esse motivo, era chamada de Escola da rua José Paranaguá devido à sua localização. Um fato comum à nomenclatura de muitas instituições de ensino fundadas naquele mesmo período.


Com o passar dos anos, a designação José Paranaguá teve sua incorporação definitivamente ao então Grupo Escolar. Sua primeira diretora foi dona Elvira Pereira.



A empresa responsável pela então construção do prédio dessa Escola foi a Alberto Grossi & Cia., que o ergueu bem no centro do terreno, cujas laterais eram cercadas por jardins – removidos, posteriormente, pela necessidade de ampliação do prédio, o que então alterou as suas feições arquitetônicas originais.


A administração estadual, em 1936, construiu um pavilhão, anexo a esse estabelecimento de ensino, onde houve a instalação do então Jardim de Infância Úrsula Machado.


Escola Estadual Nilo Peçanha

Em meados da década de 60, com a desativação da cidade flutuante e a consequente transferência de seus moradores para outras áreas da Cidade, essa instituição educacional sofreu um processo de evasão escolar, pois boa parte de seu corpo discente residia naquele conglomerado.


Mesmo com o quadro de alunos reduzido, a Escola continuou assim a funcionar até 1979, quando a Seduc determinou a sua extinção. Seus alunos e professores foram remanejados para a Escola Estadual Nilo Peçanha.



Quase uma década depois, por meio do Decreto 11.189, de 14 de junho de 1988, o edifício que então abrigava essa Escola teve seu tombamento pelo Conselho Estadual de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas – CEDPHA.


Localizado na rua José Paranaguá, n. 574, bairro Centro, esse prédio centenário abriga, atualmente, a sede do então Conselho Estadual de Educação – CEE-Am.






   

Fonte de Pesquisa

Acervo: Luís Costa, Otoni Mesquita.

Acervo: CCPA.

Imagem e texto retirados do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte.







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quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

São Francisco

 História do bairro de São Francisco (1950-1960)

por Fábio Augusto de Carvalho Pedrosa | JORNAL DO COMMÉRCIO



Ainda paira sobre inúmeros bairros de Manaus a nuvem escura do esquecimento, das origens incertas, de uma identidade ainda não forjada ou identificada. As dificuldades são de vários tipos, indo do acesso às fontes (documentais, orais) até os meios para produzir e divulgar trabalhos. Não faltam historiadores dispostos a usar suas penas para dar vida aos resquícios do passado dos bairros da cidade.


No texto de hoje tentarei apresentar as origens remotas do bairro de São Francisco. O bairro de São Francisco está localizado na zona Centro-Sul de Manaus, fazendo limites com os bairros da Cachoeirinha, ao sul; de Petrópolis, a leste; de Adrianópolis, a oeste; e Aleixo, a norte. Focarei apenas nas duas primeiras décadas de sua existência, entre 1950 e 1960.


As primeiras ruas do bairro de São Francisco começaram a ser abertas por volta de 1950, sendo os trabalhos concluídos em 1954. Desse trabalho, que era realizado dia após dia, surgiram 109 ruas e 15 praças, algumas mais tarde incorporadas ao bairro de Petrópolis. Das primeiras vias públicas, muitas com a nomenclatura alterada há décadas ou mesmo desaparecidas, podem ser citadas as ruas Temistocles Trigueiro, General Carneiro, Hamilton Mourão, Waldemar Pedrosa, Plínio Coelho, Oséas Martins, Arnaldo Péres, Armando Menezes e Jorge Abrahim. Entre as praças que existiram, a Jovino Lemos, Oscar Rayol, Jayme Araújo, Coari e Gama e Silva.


Em 1952 o senhor Oscar Meneses foi indenizado em 50.000 cruzeiros por um terreno que foi aproveitado para a construção do bairro de Petrópolis. No local foram abertas as ruas Leandro Antony, Praça Gama e Silva, Coriolano Lindoso, Fausto Maia, Raul Antony e Marques da Silveira. Nesse mesmo ano é criada a Associação Beneficente dos Amigos do Bairro de São Francisco (ABABSF).


Nesse período a população do bairro era estimada em 4.000 habitantes, existindo cerca de 800 casas. O que surgia ali não era apenas um bairro, mas um empreendimento, um grande empreendimento, que teve como autor Alexandre Pereira Montoril (1893-1975). Alexandre Montoril nasceu na cidade de Assaré, Distrito do Crato, no Ceará, vindo para Manaus em 1912. De acordo com Archipo Góes, autor de Nunca Mais Coari: a fuga dos Jurimáguas, Montoril foi prefeito de Coari por 15 anos, em três intervalos de tempo, entre 1932-36, 1936-39 e 1939-47. Em 1947 foi eleito deputado estadual.


Enquanto deputado estadual, Montoril decidiu, para dar assistência às famílias que já moravam no local, formadas por nordestinos e pessoas vindas do interior do Estado, criar um bairro naquelas terras afastadas da área urbana. O nome pensado para aquele núcleo seria Coari, em homenagem à cidade que geriu por décadas, mas um fato ocorrido em 1951 mudou os planos. O deputado, naquele ano, junto dos homens da equipe de obras, andava pela mata quando encontrou, deitado sobre uma cama de varas, um senhor de nome Luís de Sousa, rezador. O deputado perguntou se ele estava dormindo, no que Sousa respondeu que estava conversando com São Francisco. Montoril perguntou o que o santo tinha falado. O rezador disse que, em uma capoeira, seria erguida uma capela em honra ao orago. Dessa forma, Alexandre Montoril decidiu batizar o bairro com o nome de São Francisco. Restou da primeira homenagem o nome da praça onde foi erguida a igreja primitiva, Praça Coari.


A História da aparição de São Francisco é um exemplo da forma como os bairros de Manaus eram fundados no passado, quando a maior parte da população era Católica, sob a égide da proteção de um santo ou santa e com uma capela ou paróquia no centro da vida da comunidade.


Como estrutura básica, foram construídos um posto policial, um posto médico e algumas escolas. O posto médico foi inaugurado em 1954, sendo denominado José Francisco da Gama e Silva, por este ter, enquanto governador em exercício, doado 10.000 cruzeiros para a sua construção. Ele foi instalado em uma modesta casa de madeira, custando o total de 17.000 cruzeiros. As escolas construídas foram a Raul Antony e Clearco Antony, esta última dirigida pela professora Francisca Simões do Nascimento. Alexandre Montoril conseguiu 60.000 cruzeiros, verba federal, para a realização dessas obras, também utilizados na compra de medicamentos, para o pagamento dos funcionários das escolas e para a compra de madeira utilizada na construção de casas.


A Igreja de São Francisco, erguida na Praça Coari, recebeu o auxílio dos padres do bairro de Adrianópolis. Para tal, Montoril recebeu 1.730 cruzeiros de doações dos deputados da Assembleia Legislativa, valor entregue aos religiosos. Para a região vizinha, Petrópolis, foi reservada uma área de 1.600m² para a construção da Igreja de São Pedro Apóstolo, trabalho entregue nas mãos dos padres Redentoristas, que a concluíram na década de 1960.


O cemitério do bairro, que seria denominado São Pedro, que não chegou a ser construído, ficaria entre as ruas Mário Ypiranga, a norte; Danilo Corrêa, a leste; Oyama Ituassú, a sul; e José Florêncio, a oeste. A área compreendida media aproximadamente 12.000 m².Em 1955 um grupo de moradores do bairro foi até o Palácio Rio Negro pedir o estabelecimento de uma linha de ônibus na comunidade, no que passaram a ser atendidos pelo ‘Radiant’. Por volta de 1965, na administração de Paulo Pinto Nery, a Prefeitura deu início à construção do Mercado de São Francisco, que foi inaugurado em 6 de setembro de 1966, substituindo a antiga feira improvisada.


Aquele novo bairro ao norte da Cachoeirinha chamava a atenção de várias pessoas de outros bairros e que chegavam na cidade. Os amplos terrenos e a vizinhança eram um atrativo. Nos jornais antigos é possível encontrar vários anúncios de compra e venda de casas, de madeira e palha, algumas já com telhas, e de terrenos, todos podendo ser pagos em leves prestações.


Assim como outros bairros nascentes entre as décadas de 1950 e 1960, São Francisco era alvo dos políticos que buscavam votos para eleições ou reeleições. Membros do PTB, como Gilberto Mestrinho e Plínio Coelho, realizavam comícios em suas ruas, bem como do PSD, do PST (1946-1965) e do PSB. Também movimentavam o bairro os campeonatos de futebol e vôlei organizados pela Associação Esportiva São Paulo e pelo Grêmio Esportivo São Francisco; as procissões, festas do Divino Espírito Santo e as festas dadas no ‘Club de São Francisco’. Em 1961, na administração estadual de Gilberto Mestrinho, foram inauguradas a Quadra de Esportes Thomé Medeiros; a Organização Social da Família do Amazonas; e a escola Dom João de Souza Lima.


Em 1966 as ruas do bairro tiveram os nomes alterados. Através do Decreto Municipal N° 5, de 26 de janeiro de 1966, ficou estabelecido o seguinte: Arthur Cézar Ferreira Reis para Coronel Conrado Niemeyer, Paulo Nery para Cônego Manoel Monteiro, Aderson de Menezes para Thomaz do Amaral, Francisco Pinheiro para João Dias Vieira, Jackson Cabral para Manuel Corrêa de Miranda, Anísio Jobim para Crisanto Jobim, Luiz Marinho para Silval de Moura, Waldemar Cardoso para Adolfo Lacerda, Paulo Rezende para Dr. Aristides Rocha, Ney Rayol para Coronel Ferreira de Araújo, Arthur Virgílio para Rodrigues do Carmo, Dona Raquel para Cel. Basílio Pirro, Zulmar Bonates para Bernardo Michiles, Francisco Plínio Coelho para José da Gama e Abreu, Arlindo Porto para Pereira do Rego, Sergio Neto para Areal Souto, Licurgo Cavalcante para Carneiro da Cunha, Ramayana Chevalier para Ferreira Sobrinho, Pogy Figueiredo para Cel. Miranda da Silva Reis, Coriclano Lindoso para Monteiro Peixoto, Leandro Antony para Antonio dos Passos Miranda, João Crisóstomo para Ribeiro Guimarães, Walter Rayol para Domingos Monteiro, José Amâncio para Agesilau Pereira da Silva, Áurelo Melo para Barão de Maracajú, Plínio Coelho para Clarindo de Queiroz, Cel. Luís Carlos para Oliveira Dias, Álvaro Sifrônio para Alarico José Furtado, Cosme Ferreira para Vasconcelos Chaves, Manuel Barbuda para Monteiro Neto, Cel. Temístocles Trigueiro para Nuno de Melo Cardoso, Waldemar Pedrosa para Senador Leitão da Cunha. Oseas Martins para Jonas da Silva, André Araújo para Ayres de Almeida, Ruy Araújo para Joaquim Tanajura, Álvaro Maia para Valério Botelho de Andrade, Vivaldo Lima para Negreiros Ferreira, Moacir Rosas para Nilo Guerra, Amaro Lima para Francisco José Furtado, Antonio Maia para Franco de Sá, Ferreira da Silva para Maranhão Sobrinho, João Veiga para Paes de Andrade, Edson Melo para Tito Bittencourt, Xenofonte Antony para Sátiro Dias, Márcio de Menezes para Guerreiro Antony, Pereira Júnior para Ernesto Chaves, Fausto Maia para Adelaide Gonçalves, Gama e Silva para Dr. Almir Pedreira, Wilson Calmon para Dr. Agenor Magalhães, Samuel Zuani para Barbosa Rodrigues, Walter Zuani para Pimenta Bueno, Salvador Macedo para Lopes Braga, Geraldo Costa para Cardoso de Andrade, Arnoldo de Menezes para Francisco Machado, Jovino Lemos para Gabriel Filgueiras, Nuno Cardoso para Atayde Verona, Luís Cavalcante para Tinoco Valente e Olenka de Menezes para Custódia Lima. Permaneceram inalteradas a Virgílio Barros, Arnoldo Peres, Tomás Meirelles, Gualter Marques Batista, Alfredo Barreto, Araújo Filho, Cel. Manuel Corrêa, Hamilton Mourão e Nicolau da Silva.


Alexandre Montoril, além de político, também se arriscava na arte poética. Aliás, uma das fontes mais interessantes sobre os primeiros anos do bairro é um longo poema seu intitulado História do bairro de São Francisco, publicado no Jornal do Comércio em 23 de fevereiro de 1958.



HISTÓRIA DO BAIRRO DE SÃO FRANCISCO

por Alexandre Pereira Montoril. Manaus, 13/02/1958



Eu quisera ser poeta

De sublime inspiração,

Ou trovador repentista

De grande imaginação,

Que eu gravaria em disco

A história de SÃO FRANCISCO,

Sem temer correr o risco

De passar decepção.

Foi no ano de cinquenta

Da era que vai passando

Que iniciei esse bairro

Cuja história estou contando

Sob o influxo divino,

Em função do meu destino

Agindo com muito tino,

No povo sempre pensando…

O bairro de SÃO FRANCISCO

É uma revelação

Do quanto pode a loucura

Da minha dedicação

Em favor de tanta gente,

Para mim indiferente,

De política independente

Que precisava de chão.

Foi ao norte de Manaus,

Nas terras da Prefeitura

Que se travou esta luta

De ideal e de bravura,

Fortalecendo-me a crença

De que naquela área extensa

Coberta de mata densa,

Fundar um bairro a altura,

- O maior dos de Manaus,

O mais simpático também,

Com a ZONA DE PETRÓPOLIS

Outro igual Manaus não tem;

- Porque a coisa quando é boa

Que Deus do céu abençoa,

- A má vontade é a toa

Não tem valor o desdem…

E o bairro de SÃO FRANCISCO

É essa coisa invulgar

Que o gênio da poesia

Não me permite cantar;

E para que não pareça

Que por isso eu o esqueça

- Antes que tal aconteça

- Sua história eu vou contar:

Eu era então deputado,

Sentindo as ânsias do povo

Devolvi-lhe os meus proventos:

- Construindo um bairro novo.

Mas, talvez por fatalismo

Eu cai no ostracismo;

Mas não renego o civismo,

- E confio ainda no povo!…

Esse bairro é um milagre,

Só a ideia é que foi minha,

E quem sabe se até isso

De SÃO FRANCISCO não vinha?!…

- Pois a minha resistência,

Nessa obra de paciência,

Demonstra com evidência,

Que outra origem não tinha…

São Francisco apareceu

No local da sua ermida,

Dizendo que nesse ponto

Seria a mesma erigida:

Seu Luiz um rezador,

Homem sério sim senhor,

De moral reconhecida.

Eu chegava nesse instante,

(Era um dia de verão)

Quando ele me contou

Inda cheio de emoção

A aparição que viu.

- Eu senti um arrepio

Não calor nem frio

- Mas estranha sensação.

Acreditei na história

E disse na mesma hora:

- Seria Coari o bairro,

Mas é SÃO FRANCISCO agora;

Deste então no meu caminho

Não vi pedra nem espinho,

Não estava mais sozinho

- Tinha o Santo por escora…

E assim o nosso bairro

- Foi avançando p’ ara Oeste

Té à rua Paraíba;

E do lado oposto, a Leste,

Em Petrópolis, já no fim,

Atingiu o JAPIIM,

Limitando o bairro assim,

Com um areial agreste.

À Sul a rua Belém,

Onde o bairro começou,

- É a divisa mais bonita

Que SÃO FRANCISCO encontrou;

É justo que se assinale

Que a rua COUTO VALE

(Para que nele se fale)

Com SÃO JORGE limitou…

Os seus limites ao Norte,

- Das nascentes do SEGUNDO

Seguem de Leste a Oeste,

Como uma linha de fundo;

As terras do lado além,

Que a mesma posição tem

Limitam o bairro também…

Mas quase se acaba o mundo…

Também na parte Sul

Com a Granja BOM FUTURO,

O bairro fecha o polígono

- Num limite mais seguro;

Nesse ponto o SANATÓRIO

Teve um gesto meritório

- Junto e conciliatório,

Colaborando no “duro”.

O bairro que foi traçado

Dentro dum alto critério,

Tem cem ruas quinze praças,

Foi trabalho muito sério;

Com terrenos reservados,

Que deixei lá demarcados

Para postos e Mercados,

Cinemas e cemitério.

Essa reserva de terras

De pública utilidade,

Não tem sido respeitada

Na sua totalidade:

Porque então senhor Prefeito,

Que é um homem de conceito,

Permite a qualquer sujeito,

Ser ali autoridade?!…

O bairro de SÃO FRANCISCO

Tem uma Sociedade

Que pode bem dirigi-lo

Com mais capacidade

E modo eficiente,

Maneiroso e paciente

E de personalidade.

É preciso que esse bairro

Que em parte luz já tem,

Seja visto com carinho

Para ter água também;

Andei por lá outro dia

Enaltecendo o que via,

Mas seu povo me dizia:

Água aqui… ainda não tem…

Demos água a SÃO FRANCISCO

E transporte eficiente,

E à ZONA DE PETRÓPOLIS

- Uma luz resplandecente;

- Se eu fosso deputado,

Seria desassombrado

Agindo por todo lado,

- Em favor daquela gente…

Outro dia em SÃO FRANCISCO

Eu fiquei maravilhado:

Como aquilo está bonito

E o seu povo, animado!

- Gentes que eu não conhecia

Mostravam sua alegria,

- Há três anos que eu não ia

P’ ras bandas daquele lado…

Já que estou fazendo história

Vou agora esclarecer:

Que eu deixei o SÃO FRANCISCO

Mas não posso o esquecer;

- O tempo pode passar,

- A vida pode cessar,

- Tudo pode se acabar…

Mas o bairro há de viver!…

PETRÓPOLIS e SÃO FRANCISCO

Ninguém deve separar;

- São uma e a mesma coisa

Têm que juntos caminhar:

- Na estrada do trabalho,

Quais flores do mesmo galho,

Ou gotas do mesmo orvalho,

Sempre unidos, a marchar…

É tempo de terminar

Pois já está chegando a hora

Em que o Sol vai se deitar

P’ ra acordar com nova aurora.

Encerrando esta história

Pra mim uma vitória

Vou repousar a memória

Porque a musa foi-se embora…


Alexandre Pereira Montoril. Manaus, 13/02/1958


Essa foi uma tentativa de apresentar, de forma concisa, as primeiras décadas de existência do bairro de São Francisco. Muitos elementos ficaram dispersos na narrativa. Considero que um bom trabalho sobre as origens históricas de bairros e comunidades, além de estar assentado sobre fontes documentais, precisa dos relatos orais, dos depoimentos daqueles que foram testemunhas dos primeiros tempos, que vieram em ondas migratórias, que fizeram casas e ruas inopinadas, para que se penetre mais intimamente na trajetória coletiva desses lugares.



   

Fonte de Pesquisa

Fábio Augusto de Carvalho Pedrosa | Jornal do Comércio

Jornal do Comércio, 07/09/1954

Jornal do Comércio, 13/02/1958

Jornal do Comércio, 01/02/1966

Jornal do Comércio, 14/07/1967

Mensagem da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, 15/03/1953

Mensagem da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, 15/03/1954

Mensagem da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, 1957

Mensagem da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, 1958


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

GÓES, Archipo. Nunca Mais Coari: a fuga dos Jurimáguas. Coari, Amazonas, 2016.

MONTEIRO, Mário Ypiranga. Roteiro Histórico de Manaus. Manaus, Editora da Universidade do Amazonas, 1998.


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HOTEL DE SELVA ARIAÚ TOWER

 ARIAÚ TOWER

Localizado no município de Iranduba foi o primeiro e maior hotel da Floresta Amazônica, possuía 288 quartos dispostos em várias torres cilíndricas interligadas por extensas passarelas de madeira, apoiadas sobre palafitas. Algumas destas passarelas tinham até 40 metros de altura.


Inaugurado em 1986 e abandonado em 2015 após brigas judiciais. Hoje virou ruínas.


A HISTÓRIA


Idealizado em 1982 e inaugurado em 1986 pelo empresário Ritta Bernardino, o complexo hoteleiro ficava nas margens do Rio Ariaú, afluente do Rio Negro, distante 60 km de Manaus.


Na década de 1990, no auge do empreendimento, hospedou o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, o oceanógrafo francês Jacques Cousteau, o bilionário Bill Gates, os atores Jon Voight, Jennifer Lopez, Kevin Costner, Susan Sarandon e o diretor de cinema Roman Polanski, o rei Juan Carlos e a Rainha Sofia da Espanha, a rainha Beatriz dos Países Baixos, o premier alemão Helmut Kohl, a banda Scorpions, entre muitas outras celebridades.


𝐕𝐞𝐣𝐚 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐦𝐚𝐬 𝐝𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐧𝐨 𝐥𝐢𝐧𝐤 𝐚 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐢𝐫 

🖱 https://www.facebook.com/groups/350557572631339/permalink/538536740500087/


𝑨𝒃𝒂𝒏𝒅𝒐𝒏𝒐


Com uma dívida bilionária com a Petrobras Distribuidora, associadas a disputas judiciais de herdeiros, em setembro de 2015 o hotel fechou as portas e foi abandonado. A Petrobras ajuizou processo de perdas em 2006 e a Justiça do Amazonas penhorou o imóvel em 2016 para cobrir as dívidas aos fornecedores e ao Estado do Amazonas com ICMS.


Ritta Bernardino, o homem que sonhou o Ariaú.

O advogado e empresário Ritta Bernardino, fundador do famoso hotel de selva Ariaú Amazon Towers, morreu aos 85 anos no dia 12 de maio de 2018.


ACABOU  😥  


𝗔 𝗷𝘂𝗶́𝘇𝗮 𝗔𝗹𝗶𝗻𝗲 𝗞𝗲𝗹𝗹𝘆 𝗥𝗶𝗯𝗲𝗶𝗿𝗼 𝗠𝗮𝗿𝗰𝗼𝘃𝗶𝗰𝘇 𝗟𝗶𝗻𝘀, 𝗱𝗮 𝟭ª 𝗩𝗮𝗿𝗮 𝗱𝗮 𝗖𝗼𝗺𝗮𝗿𝗰𝗮 𝗱𝗲 𝗜𝗿𝗮𝗻𝗱𝘂𝗯𝗮, 𝗲𝗺𝗶𝘁𝗶𝘂 𝘀𝗲𝗻𝘁𝗲𝗻𝗰̧𝗮 𝗱𝗲𝗰𝗿𝗲𝘁𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗮 𝗳𝗮𝗹𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗱𝗮 𝗲𝗺𝗽𝗿𝗲𝘀𝗮 𝗥𝗶𝘃𝗲𝗿 𝗝𝘂𝗻𝗴𝗹𝗲 𝗛𝗼𝘁𝗲𝗹 𝗟𝘁𝗱𝗮 (𝗛𝗼𝘁𝗲𝗹 𝗱𝗲 𝗦𝗲𝗹𝘃𝗮 𝗔𝗿𝗶𝗮𝘂́), 𝗰𝗼𝗺 𝗯𝗮𝘀𝗲 𝗻𝗼 𝗗𝗲𝗰𝗿𝗲𝘁𝗼-𝗟𝗲𝗶 𝗻.º 𝟳.𝟲𝟲𝟭/𝟰𝟱 𝗲 𝗮𝗿𝘁𝗶𝗴𝗼𝘀 𝗱𝗮 𝗟𝗲𝗶 𝗻.º 𝟭𝟭.𝟭𝟬𝟭/𝟬𝟱.


𝐂𝐎𝐌𝐎 𝐅𝐈𝐂𝐎𝐔 


𝐇𝐎́𝐒𝐏𝐄𝐃𝐄𝐒 𝐅𝐀𝐌𝐎𝐒𝐎𝐒  


A decisão foi publicado na terça-feira (31 de maio de 2022), no processo n.º 0000740-90.2013.8.04.4600, posteriormente publicado no Diário da Justiça Eletrônico. 





   

Fonte de Pesquisa

PORTAIS G1 e D24AM





















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domingo, 18 de dezembro de 2022

SEMINÁRIO SÃO JOSÉ




 1848 – Cria-se o Seminário São José, em 14 de maio.


1906 – Cerra as portas do Seminário São José.


1943 – Reabre-se o Seminário São José, no dia 19 de março.


Fundado em 1848, com a denominação de Seminário São José, pelo bispo do Pará, funcionou este até o início do século passado, quando teve suspensas suas atividades. Foi nessa conjuntura que o 6º bispo do Amazonas, Dom João da Mata Andrade e Amaral (1941-48), o encontrou ao assumir a diocese.


Não mediu esforços para superar esse obstáculo. Menos de dois anos depois de empossado, na festa do padroeiro da Casa, usando a residência episcopal e auxiliado pelos Salesianos, o bispo reabriu o Seminário, na praça General Osório (edifício demolido) confrontando com o atual Colégio Militar de Manaus. Uma nova interrupção das atividades aconteceria no final da década de 1960.


Dez anos adiante, a igreja do Amazonas começou a colher os frutos desse empreendimento, a partir de 1954 foram ordenados os padres Manoel Bessa; Luiz Ruas; Vicente Albuquerque; Jorge Normando, Moisés e Bernardes Lindoso; Onias Bento; Tiago Brás; Francisco Pinto; Juarez Maia. Um pouco mais a frente, os padres Sebastião Puga e Luís Souza.


1944 –  Lançada a pedra fundamental dos prédio próprio do Seminário São José, 4 de junho de 1944


A pedra fundamental do prédio próprio desse estabelecimento de ensino foi lançada no dia 4 de junho de 1944, por ocasião do 2º aniversário do Congresso Eucarístico. O primeiro pavilhão do Seminário Diocesano – denominado Pavilhão Dom Basílio – foi inaugurado menos de dois anos depois, em 20 de março de 1946, quando era dirigido pelo padre Estevão Dimitrovitsch.


O terreno localizava-se na antiga chácara Silvério Nery,  na rua Emílio Moreira, bairro Praça 14 de Janeiro, onde hoje funciona uma das unidades de uma instituição particular de ensino superior. Antes disso, ali já havia funcionado o Instituto de Ciências Humanas e Letras – ICHL e, depois, a Faculdade   de Estudos Sociais – FES, da atual Universidade Federal do Amazonas – Ufam.


No dia da inauguração do Pavilhão Dom Basílio, foi afixada uma placa, em mármore, datada de 23 de março de 1946, com inscrições referentes ao Papa Pio XII, ao arcebispo metropolitano do Pará, Dom Mário de Miranda Villas-Boas, e ao 25º aniversário de ordenação sacerdotal do bispo diocesano Dom João da Mata de Andrade e Amaral.

Em 9 de junho de 1948, aconteceu o lançamento da pedra fundamental do segundo pavilhão – área que recebeu a denominação Dom João da Mata –, cuja parte principal foi inaugurada em 1º de novembro de 1950.


Após 25 anos de funcionamento, em 1968, suas atividades foram novamente paralisadas. Em 16 de julho de 1975, durante a realização, em Manaus, do 9º Congresso Eucarístico Nacional, Dom Milton Corrêa Pereira assumiu o compromisso de reativá-lo. Funciona, atualmente, no Centro de Treinamento Maromba, na rua São Luís, s/n, no bairro Chapada, Zona Centro-Sul.



   

Fonte de Pesquisa

ARQUIDIOCESE DE MANAUS




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