Minha Manaus Histórias: PALACETE NERY

sábado, 17 de dezembro de 2022

PALACETE NERY

O prédio do Palacete Nery se situa na esquina da Avenida Joaquim Nabuco com a Rua dos Andradas, numero 278, Centro Histórico da Cidade Luz das Selvas. Foi construído no final do século XIX, para abrigar a Família do Governador Silvério José Nery (1900 a 1904). Este imponente palacete manauara fôra projetado pelo engenheiro e arquiteto italiano napolitano Filinto Santoro e que pode situar a sua chegada à Amazônia pela data na fachada do prédio, 1899.

A fachada do prédio, apesar de malcuidada, mantém-se praticamente inalterada. Por ser de esquina, o prédio apresenta duas faces, atendendo ao requisito do Código de Posturas da época, assim como o uso do porão alto. Em sua face principal, a alvenaria é trata em rusticação, mas , na fachada lateral, este tratamento restringe-se ao porão e as duas pilastras. O porão apresenta treze janelas quadradas. A fachada principal apresenta cinco janelas de púlpito com vergas retas, sendo a do centro e as da extremidades coroadas por frontões triangulares. Sobre a cornija contendo friso é com tríglifos, ergue-se o frontão triangular contenduo uma cartela com tratamento manieirista e uma sinuosa ornamentação vegetal e uma cartela fixada sobre a platibanda da esquina ostenta a data de 1899.

Segundo a Etelvina Garcia, historiadora amazonense “A casa foi construída com bom gosto e elegância da arquitetura neoclássica, inclusive tem o monograma da família, construído no frontispício. Apesar da deterioração, guarda uma beleza incomparável. O fato histórico importante é ter hospedado, em 1906, o primeiro presidente da república a vir no Amazonas – Afonso Pena veio para o lançamento da pedra fundamental do edifício da Alfândega”.

Em 2009, o jornal “A Crítica”, publicou uma matéria denominada “PALACETE HISTÓRICO DA FAMÍLIA NERY ESTÁ À VENDA”, um trabalho da jornalista Ana Célia Ossame. Os proprietários do imóvel estão pedindo a bagatela de R$ 1,300 milhão de reais.

Para o Robério Braga, o Secretário Estadual de Cultura do Estado do Amazonas na época: “O valor é inacessível e fora do mercado. Por ser tombado pelo Patrimônio Histórico Municipal, não podendo, ser modificado em hipótese alguma, em nenhum de seus compartimentos. O Poder Público poderá desapropriá-lo futuramente”.