quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

ÔNIBUS ZEPELINS - A HISTÓRIA DELES


Ônibus Zepelin em Manaus na frente do Complexo Booth Line


 Os dirigíveis zepelins, nome em homenagem ao conde alemão Ferdinand Von Zeppelin, considerado pioneiro no desenvolvimento de dirigíveis rígidos no início do século XX, despertavam fascínio pela inovação, para época, e também pelas formas e dimensões.



Alguns modelos passavam de 230 metros de comprimento.


Os primeiros zepelins operaram comercialmente pela Deutsche Luftschiffahrts-AG (DELAG) em 1910. Quatro anos depois, em 1914, a DELAG já havia transportado  10.000 passageiros pagantes em mais de 1500 voos.


Durante a Primeira Guerra Mundial, os militares alemães usaram os zepelins como bombardeiros. Apenas na Grã-Bretanha, o uso desses equipamentos para fins bélicos foi responsável pela morte de mais de 500 pessoas.


O nome de Zeppelin neste setor foi tão forte que todos os dirigíveis começaram a ser chamados de zepelins, independentemente da marca que os produziam.


Questões políticas, econômicas, técnicas e principalmente o desastre de Hindenburg em 1937, em Lakehurst, perto de Nova York, que matou 35 pessoas, abreviaram o fim da era dos dirigíveis.


Mas até então, os gigantes do ar eram pura sensação. A passagem do dirigível alemão Graf Zeppelin D-LZ127, em 1930 pelo Brasil, parou milhares de cidadãos estupefatos pela grandiosidade e beleza. A primeira passagem foi em 22 de maio, em Recife.


Em 1932, o Graf Zeppelin voltava ao Brasil desta vez nos céus do Rio de Janeiro.


Além de Rio e de Recife, o Zeppelin sobrevoou capitais como São Paulo e Curitiba.



Um dos fascinados pelo Zeppelin foi o empresário Joaquim Lourenço (Joaquim Português).


Segundo registros do Museu dos Transportes da NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, ele mandou construir carrocerias de ônibus com o formato dos dirigíveis no final dos anos 1940.


Os primeiros veículos com estrutura de madeira revestida de chapas de aço sobre chassis de caminhão começaram em 1948 a circular por Belém do Pará.



Com o nome Dirigível Pérola, o modelo se destacava pelas formas bem diferentes dos ônibus tracionais. Feitos artesanalmente em oficinas de Belém, os primeiros ônibus-dirigíveis tinham faróis nos para-lamas, somente uma porta e as janelas não tinham vidros, apenas as cortinas.


A empresa Viação Sul Americana, fundada em 1950, comprou cinco veículos, com dimensões maiores (13 janelas laterais enquanto o modelo anterior tinha 12) e operou na cidade até que em meados da mesma década, transferiu os ônibus para São Luís, no Maranhão.



Em 1955, uma pequena empresa de ônibus de Manaus encomendava em Belém cinco ônibus-zepelins. Os veículos eram maiores, com 17 janelas, todas com vidro de correr, e podiam transportar em torno de 70 pessoas sentadas.


Um dos ônibus da Sul Americana não foi parar em São Luís, mas continuou em Belém, por onde circulou até metade dos anos de 1960 pela Viação Triunfo.


A FAU – Faculdade de Urbanismo e Arquitetura da Universidade Federal do Pará entrevistou em 2013, José Miguel Abrahão Filho, um dos proprietários do ônibus-zepelin de Belém. Ele contou que os ônibus eram sucesso de público, vendiam bastante passgens, mas tinham vários problemas técnicos, como peso excessivo, aerodinâmica inadequada e gasto demasiado de pneus.


As últimas unidades foram desmontadas e a madeira foi queimada em fogueiras nas festas de São João da cidade.


Os ônibus chamavam bastante a atenção. Tanto é que em 1957 foram temas de reportagens da Revista Life e de emissoras de TV internacionais.



Com o desastre do dirigível Hindenburg em 1937 dá fim à era dos zepelins.



   

Fonte de Pesquisa

https://diariodotransporte.com.br/




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