terça-feira, 29 de novembro de 2022

Rua Lobo D’Almada


 Na foto acima, operários trabalhando na reforma da rua Lobo D'Almada em 1913.


Em 1905 essa via era denominada de travessa da Matriz, porque se estendia até o flanco esquerdo do templo católico.


Vocês imaginam se todo o centro histórico tivesse preservado? Com suas pedras e fachadas? Poderíamos falar em turismo, contar a historia do Ciclo da Borracha e ter toda essa área como pequenos centros de lazer e geração de renda .


Não há exagero quando historiadores dizem que a gestão Álvaro Maia tentou ressuscitar a “belle époque” manauara.


No auge da exportação da borracha, a rua Lobo D´Almada foi endereço de luxuosos estabelecimentos comerciais, tais como a joalheria “A La Ville de Paris” e a alfaiataria “100.000 Paletós”. A limpeza e a beleza das ruas arrancaram elogiosos comentários do cientista e geógrafo Robert S. Platt, sobretudo em relação à arborização bem cuidada e artisticamente ornamentada com o uso da técnica de poda em topiaria.



A foto acima deveria ser emoldurada e entregue na cerimônia de posse dos prefeitos de Manaus e substituir as fotos oficiais deles, nas paredes das repartições municipais. Seria uma maneira de lembrá-los que na “Paris dos Trópicos”, além de eficácia e funcionalidade a beleza precisa estar presente. Serafim Corrêa




   

Fonte de Pesquisa

BLOG DO SARAFA

MANAUS DE ANTIGAMENTE

MANAUS SORRISO







PARA CORRIGIR, ACRESCENTAR, EXCLUIR ou CRIAR UMA PUBLICAÇÃO... FALE CONSOCO...




PARA VER OUTRAS IMAGENS E OUTROS DETALHES SOBRE ESTE LOCAL
CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E ACESSE TODOS NOSSOS LOCAIS


VC TAMBÉM PODE ENTRAR NA SUA REDE SOCIAL E FAZER UMA BUSCA APENAS DIGITANDO...
MINHA MANAUS HISTÓRIAS



© 𝘔𝘐𝘕𝘏𝘈 𝘔𝘈𝘕𝘈𝘜𝘚 𝘏𝘐𝘚𝘛𝘖𝘙𝘐𝘈𝘚


#minhamanaushistorias #manausnocoracao #manaus #amazonas #minhamanaushistorias #historiasdemanaus #Manaus #Amazonas #Historia #Viral #Turismo

domingo, 27 de novembro de 2022

A visita da Família Imperial Brasileira a Manaus (1927)

D. Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança e sua família. 
FONTE: Blog do Antonio Morais.


Em 1927, D. Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança (1875-1940), filho de Isabel Cristina Leopoldina de Bragança, a Princesa Isabel (1846-1921), e do Príncipe Imperial Consorte Gastão de Orléans, o Conde D’ Eu (1842-1922), e neto de Dom Pedro II (1825-1891), visitou a cidade de Manaus, último destino de sua excursão pelos Estados da região Norte do país.


D. Pedro, acompanhado de sua esposa Princesa Elisabeth Dobrzensky de Dobrzenicz e da filha Princesa Isabel de Orléans e Bragança, chegou a Manaus na tarde de 23 de maio de 1927 a bordo do vapor ‘Distrito Federal’, sendo anunciado com fogos de artifício, recebido por autoridades políticas, militares e por grande número de pessoas que tomaram o Porto. O Jornal do Commercio foi representado pelo jornalista Genesino Braga (1906-1988). D. Pedro lhe disse que estava maravilhado com os aspectos amazônicos que pôde observar durante a viagem. Ao desembarcar, os membros da Família Imperial foram levados pela população para a Praça Oswaldo Cruz (da Matriz), onde forem por ela aclamados. A pedido da Associação Comercial do Amazonas (ACA), o comércio em geral fechou as portas em respeito aos ilustres visitantes, bem como a Associação dos Empregados suspendeu uma das sessões que realizaria naquele dia.


Em meio à multidão, D. Pedro entrou em um carro presidencial, acompanhado do Capitão Oliveira Goes, Ajudante de Ordens do Governador do Estado, Hugo Ribeiro Carneiro, Governador do Acre, que também estava no vapor ‘Distrito Federal’, e do Major Floriano Machado, posto à sua disposição pelo Governador Ephigênio Ferreira Salles. Elisabeth e sua filha foram em outro carro, na companhia da família do Dr. Simplício Coelho de Mello Rezende (1873-1932). Outros automóveis, com pessoas da sociedade manauara, acompanharam a comitiva de Pedro, que recebeu continências de uma força policial que estava no local.


A comitiva seguiu pela Avenida Eduardo Ribeiro, dobrando a Avenida Sete de Setembro, indo em direção à Avenida Joaquim Nabuco e desta para a Praça dos Remédios, parando em frente ao Palacete da família Mello Rezende, onde ficaram hospedados os príncipes. De noite, às 21 horas, os Mello Rezende realizaram uma grande recepção, que contou com a presença de outras famílias da elite. O evento foi embalado pela orquestra do Professor Mozart Donizetti, indo até a meia-noite.


No dia seguinte, o Centro Acadêmico da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais de Manaus visitou o príncipe, que afirmou aos seus representantes, Paulino Pedreira e Paes Barreto Filho, ter gostado bastante do Amazonas, região que o encantou não só pelas dimensões, mas por abrigar, entre as selvas, uma cidade como Manaus. Por todas as regiões do mundo por onde passou, esta foi a que mais lhe deixou impressionado. Impressão semelhante teve seu secretário, o Tenente Mario Baldi, oficial do Exército Austríaco, que não esperava encontrar uma cidade tão linda como Manaus. Afirmava, ainda, ser o Amazonas o dínamo do Brasil.



Registro raro da Família Imperial Brasileira em Manaus, no Palacete Mello Rezende. Foto de 1927. 

FONTE: Jornal do Commercio, 29/05/1927.


No dia 27, Dom Pedro, junto ao Major Floriano Machado, visitou a Fábrica de Cerveja Amazonense, de Miranda Corrêa & Cia, localizada no bairro dos Tócos (Aparecida), sendo recebido no salão de honra pelo Dr. Maximino Corrêa. O príncipe ficou bastante admirado em ver um estabelecimento industrial daquele porte. Posteriormente foi à Manáos Harbour, onde foi recebido pelo diretor, pelos gerentes e demais funcionários. Também visitou o monumental Colégio Amazonense Dom Pedro II, instituição educacional criada nos tempos do Império, deixando sua assinatura no livro de visitantes. Às 13:30 do mesmo dia, recebeu a visita de uma comissão de operários, indo depois ao Clube Inglês. Visitou o prédio dos Correios, recepcionado pelo administrador Raul de Azevedo e pelos funcionários, percorrendo todas as dependências dessa repartição. De volta ao Palacete Mello Rezende, foi visitado por uma comissão da Associação de Mestres e Práticos. À noite foi recebido no Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA) e, ao fim desta, compareceu a uma reunião no Clube Alemão.


Na manhã do dia 28, na companhia do Governador Ephigênio Ferreira Salles, do Prefeito Araújo Lima e de outras autoridades, a Família Imperial fez um passeio fluvial no vapor ‘Inca’. À noite a empresa Fontenelle, proprietária do Cine Polytheama, ofereceu aos príncipes uma noite de gala, exibindo o filme Uma Noite Gloriosa (1924), drama norte-americano editado pela Paramount e protagonizado pela atriz Elaine Hammerstein. Como atrações musicais figuraram a Amazônia Jazz, com vasto repertório, e a Banda da Polícia Militar do Estado do Amazonas. No dia 29, às 21:30, a Academia Amazonense de Letras realizou, no Ideal Clube, um festival artístico em homenagem aos príncipes. Dom Pedro teve uma boa impressão dessa instituição, principalmente de seus acadêmicos.


Dom Pedro de Orléans e Bragança e sua comitiva deixaram Manaus no dia 30, partindo às 17:00 horas no vapor ‘Andirá’ em direção à Belém, em de lá para o Sul. Terminava aquela que foi uma das visitas mais memoráveis que Manaus recebeu, apesar de ser pouco conhecida. Interessante notar que, décadas antes, no final do Império, em 1889, seu pai, Conde D’ Eu, em visita a cidade, fora recebido com desconfiança e manifestos dos republicanos locais. Passadas quase quatro décadas, quando a ideia de um 3° Reinado já não tinha mais tanta força quanto antes, D. Pedro pôde visitar Manaus tranquilamente, sendo bem recebido e ovacionado pelos locais em que passou.



   

Fonte de Pesquisa

BLOG HISTÓRIA INTELIGENTE




PARA CORRIGIR, ACRESCENTAR, EXCLUIR ou CRIAR UMA PUBLICAÇÃO... FALE CONSOCO...




PARA VER OUTRAS IMAGENS E OUTROS DETALHES SOBRE ESTE LOCAL
CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E ACESSE TODOS NOSSOS LOCAIS


VC TAMBÉM PODE ENTRAR NA SUA REDE SOCIAL E FAZER UMA BUSCA APENAS DIGITANDO...
MINHA MANAUS HISTÓRIAS



© 𝘔𝘐𝘕𝘏𝘈 𝘔𝘈𝘕𝘈𝘜𝘚 𝘏𝘐𝘚𝘛𝘖𝘙𝘐𝘈𝘚


#minhamanaushistorias #manausnocoracao #manaus #amazonas #minhamanaushistorias #historiasdemanaus #Manaus #Amazonas #Historia #Viral #Turismo

sábado, 26 de novembro de 2022

Rua Wilkens de Matos


1949


Aspecto da via situada no bairro de Aparecida, orientado para sul, mostrando em primeiro plano, à esquerda, os antigos prédios residenciais do perímetro leste da rua. O histórico registro foi tomado por ocasião das obras de calçamento da rua, na gestão municipal Raymundo Chaves Ribeiro (1947-1951).

A Rua Wilkens de Matos está entre as ruas mais antigas de Manaus e antecede o surgimento do próprio bairro da Aparecida, no passado conhecido como bairro "dos Tocos" - segundo diziam os antigos, em decorrência dos tocos restantes das árvores das ruas do bairro suprimidas por uma desastrada medida de um dos prefeitos de então - ou ainda como "Plano inclinado", este, evidentemente, em razão da topografia do bairro, em suave declive na vertente do Igarapé de São Raimundo, a partir da Rua Luiz Antony.

O início desta rua, à beira do Rio Negro - junto ao célebre "Saco do Alferes", a pequena e pitoresca enseada localizada ao final da Rua Xavier de Mendonça - era, nos primórdios, ocupada pelo conhecido "Estaleiro Guidt", de propriedade de um cidadão estrangeiro, um certo ´mr.´ Guidt, destinado à construção e reparo de embarcações, desde a última década do século XIX.

Em parte do terreno do estaleiro instalou-se anos depois, em 1896, a usina de eletricidade da "Manáos Eletric Light Company", a primeira usina elétrica, formada por capital estrangeiro, a gerar eletricidade para serviços públicos na cidade. Posteriormente aí também funcionou a oficina dos bondes elétricos implantados pela "Manáos Railway Company", concessionária norte-americana dos serviços de viação (transportes públicos), no breve período entre 1899 a 1902.




   

Fonte de Pesquisa

Manaus Sorriso

Foto: A.s.d.







PARA CORRIGIR, ACRESCENTAR, EXCLUIR ou CRIAR UMA PUBLICAÇÃO... FALE CONSOCO...




PARA VER OUTRAS IMAGENS E OUTROS DETALHES SOBRE ESTE LOCAL
CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E ACESSE TODOS NOSSOS LOCAIS


VC TAMBÉM PODE ENTRAR NA SUA REDE SOCIAL E FAZER UMA BUSCA APENAS DIGITANDO...
MINHA MANAUS HISTÓRIAS



© 𝘔𝘐𝘕𝘏𝘈 𝘔𝘈𝘕𝘈𝘜𝘚 𝘏𝘐𝘚𝘛𝘖𝘙𝘐𝘈𝘚


#minhamanaushistorias #manausnocoracao #manaus #amazonas #minhamanaushistorias #historiasdemanaus #Manaus #Amazonas #Historia #Viral #Turismo


CLODOALDO GUERRA

 



Final dos anos 70, início dos anos 80. O radio amazonense vivia um período de grande prestigio. A Rádio Baré, emissora dos Diários Associados, possuía em seu elenco nomes como Davi Rocha, J. Aquino, Luiz Rougles, Chico Santos, e o maior comunicador amazonense de todos os tempos: Clodoaldo Jeremias Guerra, precocemente falecido aos 52 anos de idade.


Clodoaldo Guerra comandava um programa chamado “Maratona Intelectual”, destinado aos estudantes amazonenses. Pessoalmente ou por telefone, alunos de diversas escolas respondiam as perguntas enunciadas pelo grande locutor. Os prêmios: Os vencedores ganhavam semanalmente 600 cruzeiros em livros oferecidos pela antiga Livraria Sete. Além do prêmio semanal, o colégio vencedor do mês obtinha um lindo troféu.


Foram anos especiais em minha vida. Estudante do ginásio Estelita Tapajós, garoto de doze anos, nascido em um lar humilde, formei uma equipe e comecei a participar do programa. Íamos a pé da baixada do Educandos até a sede da Rádio Baré na Av. Eduardo Ribeiro. Quando não podíamos participar in loco, comprávamos fichas telefônicas e utilizávamos o tão útil orelhão. Nossa equipe foi varias vezes premiada com os preciosos livros e ganhamos um troféu para o nosso amado Estelita.


Que tempos bons! Que aprendizado! Enriqueci minha cultura geral, formei amigos e convivi com um comunicador inteligente, autodidata, incapaz de falar bobagens aos seus ouvintes. Com apenas um microfone e um telefone, Clodoaldo  Guerra improvisava, dialogava com o público de forma magistral. Seu programa à época, foi líder de audiência da emissora, tão bem dirigida pelo grande jornalista Epaminondas Barauna.


Clodoaldo Guerra me fez apaixonado pelo rádio. Infelizmente, com algumas excessões, o rádio amazonense entrou em declínio. O que se vê são comunicadores despreparados, que destilam até palavrões em seus programas, isto sem falar nas musicas de péssima qualidade!



Portanto, reverencio a memoria de um comunicador que deixou saudades: O grande Clodoaldo Jeremias Guerra!



   

Fonte de Pesquisa

BLOG DO HIEL LEVY  |  por Daniel Melo




PARA CORRIGIR, ACRESCENTAR, EXCLUIR ou CRIAR UMA PUBLICAÇÃO... FALE CONSOCO...




PARA VER OUTRAS IMAGENS E OUTROS DETALHES SOBRE ESTE LOCAL
CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E ACESSE TODOS NOSSOS LOCAIS


VC TAMBÉM PODE ENTRAR NA SUA REDE SOCIAL E FAZER UMA BUSCA APENAS DIGITANDO...
MINHA MANAUS HISTÓRIAS



© 𝘔𝘐𝘕𝘏𝘈 𝘔𝘈𝘕𝘈𝘜𝘚 𝘏𝘐𝘚𝘛𝘖𝘙𝘐𝘈𝘚


#minhamanaushistorias #manausnocoracao #manaus #amazonas #minhamanaushistorias #historiasdemanaus #Manaus #Amazonas #Historia #Viral #Turismo

terça-feira, 22 de novembro de 2022

EXTINTA PRAÇA RIBEIRO DA CUNHA



 A extinta praça Ribeiro da Cunha, tem uma longa história até deixar de existir. Então localizada na rua Silva Ramos, no centro, a praça inaugurada e mencionada pela primeira vez pelo superintendente Hugo Carneiro em 1º de outubro de 1925, inicialmente, tinha o nome de praça Presidente Bernardes, em homenagem ao presidente da época, Artur da Silva Bernardes.


Logo depois de ser reformada durante o mandato do prefeito Araújo Lima, a praça Presidente Bernardes ganhou uma iluminação subterrânea e um muro de arrimo. Além disso, a obra iniciada e concluída em 3 anos, teve como data de entrega o dia 24 de novembro de 1929.


Dois anos depois, através do Decreto Municipal 49, de 9 de setembro de 1931, a praça passou a se chamar de Praça 24 de Outubro em referência ao dia em que Getúlio Vargas assumiu a Presidência da República.


Esse decreto atendia ao Ato 907 da então Interventoria Federal no Estado do Amazonas que determinava a mudança das denominações de logradouros e de estabelecimentos públicos da Capital que fizessem homenagem a personalidades vivas para “nomes de vultos célebres e datas da história do Brasil e, de preferência, do Amazonas”. Antes disso, a designação 24 de Outubro pertencia à outra praça, que passou a se chamar, após essa mudança, praça São Sebastião.


Praça Ribeiro da Cunha



Entre os anos de 1933 e 1934, as rampas da extinta praça Ribeiro da Cunha receberam calçamento a pedra tosca e, em 1937, além de que foi feito o reparo do serviço de iluminação do local. Em nota publicada no jornal Diário da Tarde, de 16 de janeiro de 1959, ela aparece com a nomenclatura Praça Ribeiro da Cunha. Na década de 1960, esse logradouro era então composto por dois jardins, sendo um com dois semicírculos e o outro, dividido em quatro jardins menores.


Em 1976, o então prefeito Jorge Teixeira transferiu o Pavilhão Universal. O mesmo estava na então praça Oswaldo Cruz e o instalou nessa Praça, inaugurado em 10 de julho daquele ano. Esse pavilhão, anos depois, teve sua transferência, em definitivo, para a então praça Tenreiro Aranha. A quadra de esportes que existe nesse logradouro foi construída pelo prefeito José Fernandes.


Por meio da Lei Municipal 178, de 6 de abril de 1993, recebeu então a denominação da Praça José Lindoso. Nesse mesmo ano, um fato inusitado ocorreu. O Grêmio Recreativo e Escola de Samba Sem Compromisso, ocupou a praça de forma indevida e construiu um muro no seu entorno.



Após a realização de diversas denúncias dessa apropriação irregular, em determinação a Justiça, o muro teve que ser derrubado e o logradouro, reconstruído. Porém, somente a quadra de esportes foi assim recuperada e extinguiu-se a Praça.



   

Fonte de Pesquisa

Foto: Nonato Oliveira.

In: Relatório do prefeito municipal Araújo Lima, 1929.

In: Album de Manáos 1929.

Imagem e texto retirados do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte.




PARA CORRIGIR, ACRESCENTAR, EXCLUIR ou CRIAR UMA PUBLICAÇÃO... FALE CONSOCO...




PARA VER OUTRAS IMAGENS E OUTROS DETALHES SOBRE ESTE LOCAL
CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E ACESSE TODOS NOSSOS LOCAIS


VC TAMBÉM PODE ENTRAR NA SUA REDE SOCIAL E FAZER UMA BUSCA APENAS DIGITANDO...
MINHA MANAUS HISTÓRIAS



© 𝘔𝘐𝘕𝘏𝘈 𝘔𝘈𝘕𝘈𝘜𝘚 𝘏𝘐𝘚𝘛𝘖𝘙𝘐𝘈𝘚


#minhamanaushistorias #manausnocoracao #manaus #amazonas #minhamanaushistorias #historiasdemanaus #Manaus #Amazonas #Historia #Viral #Turismo

sábado, 19 de novembro de 2022

TEATRO DA INSTALAÇÃO

 


O Teatro da Instalação foi fundado no dia 6 de maio de 2001 pelo Governo do Estado, e na inauguração, contou com a apresentação da Ópera dos Três Viténs, de Weil e Brecht, durante o V Festival de Ópera.


Situado na Rua Frei José dos Inocentes, s/nº – Centro de Manaus, o Teatro da Instalação é uma das construções mais belas da cidade e é um espaço que recebe peças teatrais, apresentações de danças, espetáculos musicais e ensaios, e uma diversidade de atividades artísticas.


História do Prédio



O prédio do Teatro chama a atenção de quem passa pelas proximidades, pois sua construção é um sobrado de azulejos azuis. No passado, o local funcionava como a Casa Havaneza de J. Vaz da Costa Soares, edifício da Belle Époque de Manaus, que era especializada em artigos finos e uma variedade de itens e acessórios como chapéus, charutos, cigarros, bolsas e etc. Tempos depois, o local funcionou como Importadora Magda e sofreu um incêndio e a estrutura do prédio foi severamente danificada em seu todo.


O terreno vizinho infelizmente foi demolido nos anos 60. Durante a administração do prefeito João de Mendonça Furtado (1982 – 1983), o prédio foi adquirido pelo município para que ali se estabelecesse o Museu da Cidade de Manaus, projeto este que nunca foi concluído.


Por ser um dos prédios emblemáticos da Belle Époque, ele passou a ser um espaço de difusão cultural e atualmente recebe muitas apresentações artísticas. O Teatro da Instalação se destaca por ser o segundo mais movimentado com eventos da Secretaria de Estado de Cultura (SEC).


O Teatro da Instalação também recebe ensaios cênicos, de dança e de cinema, além de também ser a base de três Corpos Artísticos estatais: Amazonas Band, Corpo de Dança do Amazonas (CDA) e Balé Experimental do Corpo de Dança do Amazonas (BECDA).



Curiosidade sobre o nome do Teatro da Instalação


O Teatro recebeu o nome “Instalação” por conta da criação da Província do Amazonas, que permitiria uma circunscrição territorial à Capitania, elevando-a a categoria de Província, e foi assinado ali naquele mesmo local. Em 1843, após aprovação da Câmara, finalmente a Província do Amazonas foi criada e sua efetivação deu-se sete anos depois, através da Lei nº 582, de 5 de setembro de 1850.


HISTÓRIA DETALHADA


Teatro da Instalação (antiga Casa Havaneza) é um Belíssimo sobrado localizado à Rua da Instalação, canto com a Rua Frei José dos Inocentes, em pleno centro histórico de Manaus. O imponente casarão remonta à penúltima década do século XIX, e foi edificado seguindo os cânones dos típicos sobrados de feição luso-brasileira, com muitas portas abertas para o térreo, com finalidade comercial; a cada uma delas correspondendo uma sequência de janelas com balcões, arrematadas em belos arcos ogivais, uma herança da arquitetura árabe, levada para a Península Ibérica no século VIII pelos conquistadores mouros vindos do norte da África.

O grande destaque do edifício, contudo, são seus lindos ladrilhos reluzentes, em suave tom de azul, que revestem toda a histórica fachada, uma característica rara em Manaus, mais comum em cidades como Belém do Pará ou São Luís do Maranhão, de forte tradição lusitana em sua formação histórica. Na platibanda, coroada por uma balaustrada, veem-se pinhas e estatuetas, à guisa de decoração, outra característica dos prédios do início da República, pré-Ecletismo, que remetiam ainda ao estilo adotado nos tempos do Brasil-Império.

O imóvel tem uma longa história. Durante décadas, abrigou em seu térreo a famosa “Casa Havaneza”, estabelecimento comercial de grande prestígio na Manaus da ‘belle époque’. Era uma loja refinada, estabelecida em 1888, de propriedade dos sócios J. Vaz da Costa & Soares. Inicialmente seu ramo de comércio era apenas o de tabacaria – daí o nome, uma referência explícita à capital cubana, Havana, centro do comércio mundial da indústria de tabaco e derivados.

Logo, porém, especializou-se na venda de artigos masculinos de luxo (camisas, colarinhos, punhos, abotoaduras, ceroulas, lenços, suspensórios, gravatas, etc), num tempo em que a elegância no trajar, tanto para homens quanto mulheres, era um código social obrigatório. Também dispunha de um bom estoque de artigos de perfumaria, acessórios (sombrinhas, capas de chuva, bengalas) e brinquedos, dentre outros produtos. Segundo os anúncios veiculados nos jornais da época, na Casa Havaneza também podiam ser encontrados os bilhetes para os espetáculos levados à ribalta do Teatro Amazonas, o que certamente aumentava bastante a clientela da elegante loja nessas datas festivas.

O tradicional estabelecimento – que ocupou o belo sobrado azulejado da Rua da Instalação até 1920, quando se mudou para outro endereço na atual Avenida Sete de Setembro, atrás da Catedral – sobreviveu bravamente à ‘débacle’ do comércio da borracha, fechando suas portas definitivamente somente em 1930.

Ao lado da Casa Havaneza, ocupando uma terça parte do andar térreo do mesmo edifício, funcionou, de 1908 até o início da década de 50, outro estabelecimento de prestígio na cidade: a Alfaiataria Ramalho, especializada na confecção de uniformes civis, militares e escolares. Não se sabe ao certo o que funcionava à época no andar superior, sendo o mais provável que, a exemplo de outros imóveis da mesma época e tipologia, servisse de moradia – algo como um apartamento nos padrões atuais – para um dos donos do estabelecimento, ou por estes alugados a terceiros.

Desconhece-se o destino do imóvel nas décadas de 30, 40, 50; sendo de supor que estivesse sendo ocupado por alguma firma ou escritório de representações.

Posteriormente, entre 1961 e 1976, o velho prédio da Rua da Instalação abrigou a Drogaria Comercial, de propriedade do senhor Abdon Azaro, proeminente farmacêutico de origem libanesa, o qual passou a residir nos altos com sua família. Com o falecimento deste e o encerramento das atividades da drogaria, o imóvel permaneceu fechado por alguns anos e ameaçado de demolição. É quando entra em cena o Conselho Estadual de Cultura, então um órgão bastante ativo, que sugeriu a aquisição/desapropriação do prédio pelo Estado, a fim de abrigar o projetado Museu da Cidade, o que não foi levado adiante.

Ao invés disso, o histórico edifício, em 1987, já de propriedade do poder público, foi inteiramente restaurado e modernizado internamente, com a construção de um auditório de 284 lugares e outras benfeitorias, para servir de sede ao Instituto Superior de Estudos da Amazônia (ISEA) – um fórum de debates permanente acerca dos assuntos e das políticas regionais, idealizado por ocasião do I Encontro dos Governadores da Amazônia, e instalado em 10 de agosto de 1987. Todavia, a ociosidade das atividades do novo instituto - culminando na sua virtual extinção, na segunda metade da década de 90 - relegou o prédio a um ‘status’ de subutilização; até que, em 2001, devidamente adaptado pela Secretaria Estadual de Cultura (SEC), passou a abrigar no térreo o pequeno e aconchegante Teatro da Instalação, destinado a ‘pocket shows’ e espetáculos de menor porte; e, no andar superior, um belo salão de amplas dimensões, destinado a ensaios de orquestras, balés e outros grupos de dança. O novo espaço esteve bastante ativo ao longo da primeira década deste século, sempre com boa frequência de público, especialmente os chamados “formadores de opinião” – artistas, intelectuais, estudantes, etc – que sempre se faziam presentes nos eventos ali promovidos.

Nos últimos anos, entretanto, com a reiterada desaceleração das atividades culturais estatais, por motivos os mais diversos, o simpático teatro encontra-se, mais uma vez, esquecido e subutilizado, o que é de se lamentar, pois, além de um belo prédio histórico, é um espaço cultural, construído com dinheiro público e para o público. Passada a atual pandemia, quando teremos o prazer de vê-lo reaberto e ativo novamente? Com a palavra, a sua gestora, a SEC/AM.




   

Fonte de Pesquisa

BLOG.RBARCOS  |  MANAUS SORRISO




PARA CORRIGIR, ACRESCENTAR, EXCLUIR ou CRIAR UMA PUBLICAÇÃO... FALE CONSOCO...




PARA VER OUTRAS IMAGENS E OUTROS DETALHES SOBRE ESTE LOCAL
CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E ACESSE TODOS NOSSOS LOCAIS


VC TAMBÉM PODE ENTRAR NA SUA REDE SOCIAL E FAZER UMA BUSCA APENAS DIGITANDO...
MINHA MANAUS HISTÓRIAS



© 𝖬𝖨𝖭𝖧𝖠 𝖬𝖠𝖭𝖠𝖴𝖲 𝖧𝖨𝖲𝖳𝖮́𝖱𝖨𝖠𝖲


#minhamanaushistorias #manausnocoracao #manaus #amazonas #minhamanaushistorias #historiasdemanaus #Manaus #Amazonas #Historia #Viral #Turismo

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO

 



A primeira capela erguida em Manaus em honra a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro teve sua construção em 1928 pela então Sociedade Beneficente Sportiva de Constantinópolis sendo subordinada à Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios.


A capela – de madeira e palha – era pequena, o que assim impossibilitava a realização de missas em seu interior. Por esse motivo, os fiéis tinham que se deslocar de Constantinópolis, atual bairro Educandos, para a igreja dos Remédios, no Centro.


Vale lembrar que, àquela época, Constantinópolis – assim como o bairro São Raimundo – também ficava separado da Cidade por um igarapé. Somente em ocasiões importantes é que um padre ia àquele lugar para as celebrações eucarísticas. As missas eram realizadas em frente à pequena capela.



Criação da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro


Anos depois, por reunir as condições necessárias para se tornar uma paróquia, esse bairro passou assim a ser considerado, pela Igreja Católica, um Curato. Em 6 de janeiro de 1940, o padre Antônio Plácido de Souza teve sua nomeação para a cura dessa Igreja. Nesse mesmo ano, teve inicio a construção de um templo de madeira, com duas torres, para substituir a antiga ermida.



No ano seguinte, em 15 de dezembro de 1941, o então bispo diocesano Dom João da Mata de Andrade e Amaral decretou a criação da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.


O início das obras de construção da igreja de alvenaria – com apenas uma torre e diversas ampliações – ocorreu em 1946. A segunda torre foi erguida anos mais tarde.



Entre as realizações do então padre Antônio Plácido nessa Igreja – localizada na rua Inocêncio de Araújo – destacam-se a criação do Instituto de Obras Sociais de Educandos e da Casa do Pobre.


Também foi ele o responsável pela organização – em 29 de junho de 1949 – da então primeira procissão em homenagem a São Pedro, Padroeiro dos Pescadores.


O dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é então festejado em 27 de junho, com missa e procissão pelas ruas do bairro.




   

Fonte de Pesquisa

Foto: Fabio Nutti.

Imagem e texto retirados do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte.




PARA CORRIGIR, ACRESCENTAR, EXCLUIR ou CRIAR UMA PUBLICAÇÃO... FALE CONSOCO...




PARA VER OUTRAS IMAGENS E OUTROS DETALHES SOBRE ESTE LOCAL
CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO E ACESSE TODOS NOSSOS LOCAIS


VC TAMBÉM PODE ENTRAR NA SUA REDE SOCIAL E FAZER UMA BUSCA APENAS DIGITANDO...
MINHA MANAUS HISTÓRIAS



© 𝘔𝘐𝘕𝘏𝘈 𝘔𝘈𝘕𝘈𝘜𝘚 𝘏𝘐𝘚𝘛𝘖𝘙𝘐𝘈𝘚


#minhamanaushistorias #manausnocoracao #manaus #amazonas #minhamanaushistorias #historiasdemanaus #Manaus #Amazonas #Historia #Viral #Turismo

VISITE-NOS