FÁBRICA BRASIL HÉVEA
Lendário prédio da fábrica de artefatos de borracha construído pela firma J. G. Araújo & Cia Ltda. e inaugurado a 13 de maio de 1926, de propriedade do grande empreendedor Comendador J.G. Araújo, em amplo terreno, na "Península do Caxangá", inicio da Avenida Duque de Caxias, à beira do Igarapé de Educandos. O empreendimento se tornou conhecido no país e no exterior por fabricar e exportar os famosos solados e saltos de sapatos, da marca "Coroa", manufaturados com látex de seringueira (Hevea brasiliensis). No final da década de trinta, a Fábrica Brasil Hévea & Cia. Ltda foi vendida para a Companhia Nacional de Artefatos de Borracha, transformado-se, como filial da “Pneus Brasil”, na maior e melhor usina de beneficiamento de borracha do país, com a produção voltada para fabricação de pneus.
Destaques
O prédio original, sinistrado em novembro de 1970 por um incêndio de grande proporções, foi, décadas depois, parcialmente reconstruído e convertido num restaurante pela rede atacadista de supermercados Makro, de matriz holandesa. Mas, apesar da boa vontade dos novos empreendedores, nem de longe guarda o esplendor que se vê no histórico registro abaixo, capturado pelo famoso geógrafo americano Robert Platt na sua passagem por Manaus em meados da década de trinta. No terreno da península, além do prédio principal da fábrica - edificado em bela alvenaria aparente de pedra vermelha (arenito regional), nos dois primeiros pavimentos - existiam outros prédios anexos e algumas residências para funcionários.
Esses registros retratam a antiga fábrica que foi construída às margens do Igarapé de Manaus, no Educandos.
Esse imponente prédio foi construído para substituir a “Usina Rosas”, pois o prédio menor não atendia mais a demanda de fabricação de produtos à base de borracha.
A fábrica ficou bastante conhecida em território nacional, inclusive recebeu a visita de um presidente da república no fim dos anos 1926.
Produziu por longos anos, os solados de borracha da marca ``Coroa``, mas ganhou mercado de exportação ao filiar-se com a empresa Pneus Brasil.
Obra do empreendedor J. G. de Araújo.
Em 15.11.1970, o prédio onde funcionava a usina da Companhia Brasileira de Beneficiamento de Borracha, a Brasil Hévea, é totalmente consumido por um incêndio de grandes proporções que chegou a ameaçar toda a área inicial da rua Duque de Caxias, “deixando um prejuízo superior a cinco milhões de cruzeiros, além de espalhar o pânico entre os moradores que residem por trás da Penitenciária do Estado e parte da margem do igarapé de Educandos”. o prédio sofreu sérios danos com um incêndio, se descaracterizou e hoje abriga um galpão da empresa "ATACADÃO". Em 2008, na mesma área teve outro incêndio, quando já era Makro. Triste coincidência.
Muito escondida, lá dentro, quase não é vista, a Vila Rosas.
Pelo carnaval, ali, armavam um carro alegórico, com a “Rainha do Ouro Negro” (apelido da borracha, antes do petróleo) e distribuição farta, aos foliões da cidade dos produtos “Rosas”, notadamente saltos “Coroa”.
Fonte de Pesquisa
Fonte: Manaus Sorriso
Foto Antiga: Robert Swanton Platt
Foto Atual: Clauter Carvalho
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