domingo, 8 de agosto de 2021

Palacete Miranda Corrêa | Edifício Miranda Corrêa

 


O palacete Miranda Corrêa situava-se na esquina da Avenida Eduardo Ribeiro com a Rua Monsenhor Coutinho, onde hoje fica o Edifício Maximino Corrêa em frente a Praça do Congresso.

A casa que ficou conhecida como Palacete Miranda Corrêa nem sempre pertenceu a essa família. Ela foi adquirida por Luiz Maximino Corrêa de um comerciante português, de nome Coutinho. No momento de adquiri-la, hesitou entre a casa que residiria por mais de 30 anos e o Palacete Scholz (atual Palácio Rio Negro), ambas a venda pelo mesmo preço.

O palacete tinha ares de hotel particular francês, ligado diretamente à arquitetura de Jules Hardouin - Mansart, com nítidas influências dos castelos do norte da França, como o Chateau Champs de Bataille, por exemplo, ou de outras casas campestres.

Com porão alto,dois andares nobres e sótão Mansardo, constituía-se em uma bela forma arquitetônica. Em seus grandes dias era decorado internamente com móveis ingleses e franceses e seus salões abriam-se regularmente para grandes jantares em homenagem a visitantes ilustres, políticos, intelectuais e músicos que, após os suculentos comes e bebes amazônicos, servidos em cristais e porcelanas francesas de 1900,se exibiam em saraus musicais em um dos quatro famosos pianos de cauda importados da Alemanha e da Inglaterra, dois Blutner, um Beckstein e um Cramer.

Muitos dos móveis e objetos de arte que se encontravam na bela residência foram partilhados entre os descendentes da família. Um belo lustre forjado a cristal francês encontra-se, por exemplo, no gabinete dos governadores do Amazonas, adquirido pelo professor Arthur Reis. Anteriormente estava colocado no gabinete do velho Maximino Corrêa. Importado de Paris pelo engenheiro e decorado com motivos amazônicos (orquídeas), encomendado especialmente para sua casa. Um dos seus pianos de cauda encontra-se na Academia Amazonense de Letras, doado por seus descendentes ao centro musical que leva seu nome.




Sua demolição se deu em 1971 dando lugar a construção do edifício Maximino Corrêa o que descaracteriza toda a paisagem da área da Praça do Congresso e Teatro Amazonas.



FONTES: Manaus,Roteiro Histórico e Sentimental da Cidade do RioNegro.Luiz de Miranda Corrêa .1969.

CRÉDITO DAS IMAGENS: www.skyscrapercity.com 

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