terça-feira, 26 de setembro de 2023

Bar Patrícia, o primeiro reduto LGBTQIAP+ de Manaus nos anos 70

Bar Patrícia, o primeiro reduto LGBTQIAP+ de Manaus nos anos 70

O espaço ficava em um prédio com um amplo salão decorado pelo artista Roberto Carreira e serviu como ponto de encontro e refúgio da comunidade LGBTQIAP+ da capital amazonense.




Localizado na Avenida Constantino Nery, quase esquina com a Avenida Darcy Vargas, estava o bar Patrícia, o primeiro reduto LGBTQIAP+ de Manaus (AM). Antes disso, a comunidade LGBTQIAP+ precisava se encontrar em lugares públicos como praças e avenidas da cidade, entre elas: Praça da Polícia, Avenida Eduardo Ribeiro, Praça da Matriz, Avenida 7 de Setembro, entre outras.


Comandado pelo boliviano Alonso Puertas, o bar Patrícia abriu as portas na década de 70, o reduto abria as portas de 18h às 4h30 da madrugada. O espaço ficava em um prédio com um amplo salão decorado pelo artista Roberto Carreira. O nome Patrícia foi em homenagem à sobrinha do proprietário.


No livro 'Um Bar Chamado Patrícia', o estilista Bosco Fonseca relata suas histórias no famoso bar voltado ao público LGBTQIAP+ de Manaus nos anos 70.


Primeira Rainha Gay 

Na publicação, Fonseca lembra com carinho sobre o tempo em que frequentou o bar 'Patrícia'. Ele e seus amigos da época, Joaquim Dantas e Flavio Martins, conheceram o decorador Roberto Carreira, que era figura marcante na sociedade manauara da época.



Certo dia, eles sugeriram para Carreira que o bar sediasse o primeiro concurso de fantasias com a escolha da Rainha Gay do Carnaval, que, até o momento, era feita de maneira clandestina e, às vezes, acabava chamando a atenção dos policiais que levavam os participantes para a delegacia.


Em 1973, a cidade de Manaus recebeu o primeiro Baile Gay, que estava com todas as licenças autorizadas. O evento foi denominado 'Noite dos Andrógenos', sob a coordenação de Roberto Carreira. Toda a sociedade marcou presença na festa, que coroou Bosco Fonseca, também conhecido como "Arroz", como a primeira Rainha Gay.


A partir daquele momento, o Patrícia adquiriu um novo formato para a comunidade GLS, atual, LGBTQIAP+, que marcava presença em todas as festas, incluindo nos dias de jogos entre o Nacional e Rio Negro, no estádio recém-inaugurado em 5 de abril de 1970, Vivaldo Lima.

Outros eventos foram realizados no local, como: Miss Amazonas Gay, Miss Brasil Gay, Dez Mais Elegantes e Miss Caipira Gay. Uma boate foi montada para a realização de shows de transformistas, dentre elas, a 'La Miranda', que tinha recém chegado do Rio de Janeiro, que integrava o show na boate Cabaré Casanova. Com esse conhecimento foram montados os shows do 'Patrícia'.


Depois de 1973, surgiu o Madeira, funcionário do Tribunal Eleitoral que assumiu a função de relações públicas do Patrícia. Foi quando novos adeptos começaram a frequentar o local, em especial os garotos da cidade. Quando o espaço passou a alugar quartos para os casais de amantes, as coisas ficaram mais complicadas junto à justiça.


Em 1979, o bar Patrícia fechou as portas em definitivo por motivos pessoais do proprietário. Segundo os depoimentos, o bar deixou um vazio na comunidade LGBTQIAP+ e frequentadores. 

Outros detalhes sobre o movimento nesta época estão reunidos no livro 'Um bar chamado Patrícia - Relatos do início do movimento gay em Manaus', do estilista Bosco Fonseca. O livro foi lançado em dezembro de 2022.




   

Fonte de Pesquisa

PORTAL AMAZÔNIA

LIVRO "UM BAR CHAMADO PATRICIA"




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