domingo, 30 de julho de 2023

LUSO SPORTING CLUB

 Conheça a história do Luso Sporting Club



"O Museu, inaugurado na sede do clube, ajuda a relembrar este período rico da nossa história, inaugurado em 2001, na presidência de Rusberval Lobo".


Recordar os bailes de carnaval "VIVA O ZÉ PEREIRA", que embalaram a sociedade portuguesa nas décadas de 40, 50, 60 e 70, recorda os mais antigos frequentadores portugueses e descendentes que guardam, hoje, as cenas, na memória, por fotografias, a partir dos relatos de sócios mais antigos.


O fim dos bailes faz parte de um ciclo da história, caracterizado por uma sociedade de portugueses que imigraram para Manaus e envelheceram. Não foi apenas o esquecimento daquele período, foi sim uma história que desapareceria no tempo, lembrado apenas no Museu do Luso Sporting Club.


Estandarte de seda bordado a outro - Manaus, 30 de abril de 1943 - pintura de Branco e Silva. (Foto:Acervo Pessoal/Abrahim Baze)


A cada ano, quebra-se este silêncio em um espaço também eminentemente português, o Bar do Armando, ao lado de onde outrora foi a primeira sede do clube, point de reunião de intelectuais.


O Museu, inaugurado na sede do clube, ajuda a relembrar este período rico da nossa história, inaugurado em 2001, na presidência de Rusberval Lobo. Vale relembrar, no dia da inauguração, a presença do escritor acadêmico Moacyr de Andrade que emocionou-se e contribuiu com parte dessa história, doando uma obra de arte vinda de Portugal que foi o busto de Ferreira de Castro de quem foi amigo muito próximo e fundador da Associação de Amigos de Ferreira de Castro.


Pedaços dessa história foram organizados por mim, com o apoio da diretoria da época.



O Luso. (Foto:Acervo Pessoal/Abrahim Baze)

O museu do clube leva seus visitantes a ficarem horas diante de fotografias e objetos que tiveram participação de portugueses que souberam escrever suas histórias, como por exemplo, a Escola João de Deus, que funcionou até 1969, o Corpo Cênico, grupo de teatro que apresentava espetáculos de um período rico, de um passado não muito distante, instrumentos musicais da Banda de Música, que fez sua primeira apresentação em um domingo, às 09:00 horas, no mês de junho de 1918. Ademais, outra parte da visita que encanta é a mobília de época, troféus, roupas e acessórios do folclore português.


o âmbito do esporte, o museu lembra a placa que recorda a passagem por Manaus do Clube de Regatas Vasco da Gama, em 1953. O museu tem a metamorfose de levar seus visitantes a uma verdadeira viagem no tempo, sua inauguração foi motivo de orgulho da sociedade portuguesa.


Caçar esses fragmentos têm um significado importante na preservação de memória desta cidade cosmopolita, encravada em plena Floresta Amazônica, hoje, perpetuada em um livro. Os sócios do clube daquele tempo não eram pessoas de grande poder aquisitivo, mas tinham disciplina e vontade de realizar suas ações, destaca-se o diretor da época, Tomaz da Costa Barreiro, considerado como "o construtor", pois foi quem adquiriu o terreno à época, apesar de ser um homem simples, dono de uma funilaria, era influente no mundo político.



Teatro do Luso Sporting Clube, em 1954. (Foto:Acervo Pessoal/Abrahim Baze)


Reencontrar essa história é manter viva para a memória as peças e objetos que constituem o acervo do clube, onde encontramos crayons, produzidos por Silvino Santos, de várias personalidades de nossa sociedade. Outro item interessante é o estandarte da Escola João de Deus, pintado pelo artista plástico Branco e Silva.



Hoje, o clube vive da memória glamourosa, presidida pelo sócio Flávio Grillo e sua competente diretoria. Valeu a pena o esforço do então presidente Rusberval Lobo, pois o Luso Sporting Club é de fato um dos mais importantes clubes socioculturais do Amazonas.


   

Fonte de Pesquisa

PORTAL AMAZÔNIA



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quarta-feira, 26 de julho de 2023

ENFERMEIRA JOSEPHINA MELLO

 


Na foto, Josephina de Mello (à esquerda), na época Vice-Diretora da E.E.M., é vista ao lado da Prof.ª Signe Cooper (à direita), por ocasião de um evento em que representava a Escola de Enfermagem de Manaus, na cidade americana. 


Enfermeira formada pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo em meados da década de 1940, Josephina de Mello era filha de uma enfermeira obstetra inglesa casada com um cirurgião que trabalhava em Manaus. A partir de 1958 foi nomeada Vice-Diretora da E.E.M., em 1965 foi eleita provedora da Santa Casa de Misericórdia de Manaus. 


Recebeu as láureas: menção honrosa da Associação Brasileira de Enfermagem e da empresa Johnson & Johnson – prêmio enfermeira do ano de 1969 e 1970; Medalha Ana Nery, conferida pela Sociedade Brasileira de Educação – 1978 e medalha do Mérito Oswaldo Cruz por seus relevantes serviços no campo da Saúde Pública. 


Em 1977, o ensino na enfermagem teve um novo olhar sobre os programas de disciplinas do curso, com a capacitação dos enfermeiros docentes de novas práticas de ensino e novas metodologias. Ressaltamos que esta decisão foi tomada em reunião de congregação, colegiado maior da Escola de Enfermagem de Manaus, por unanimidade. Em 06.07.1989 baixou a Portaria 011/89 designando uma comissão de professoras para procederem a reforma curricular do Curso de Enfermagem e Obstetrícia. 


Os atos normativos anteriormente citados expressam a preocupação de Josephina de Mello com a qualidade do ensino de enfermagem, os quais contribuíram para a construção de um novo projeto político- pedagógico para o Curso de Enfermagem, implantado em 1972. 


Foi diretora Pró-Tempore de 12.11.1993 a 24.11.1994, período no qual se iniciava o processo de transferência da E.E.M. do âmbito do Ministério da Saúde para o Ministério da Educação". 





   

Fonte de Pesquisa

MANAUS SORRISO  |  Foto: Eugene V. Harris






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sábado, 22 de julho de 2023

A batalha naval que aconteceu no Rio Amazonas

 Considerada a única batalha naval que aconteceu no século XX, antes da Guerra das Malvinas, a batalha aconteceu por conta da Revolução Constitucionalista de 1932, iniciada em São Paulo.



No dia 24 de agosto de 1932, em frente à cidade de Itacoatiara, no Amazonas, os navios Ingá e Baependy dos legalistas da constitucionalista de São Paulo, envolveram-se em uma batalha com os navios Jaguaribe e Andirá.


Considerada a única batalha naval que aconteceu no século XX, antes da Guerra das Malvinas, a batalha aconteceu por conta da chamada Revolução Constitucionalista de 1932, iniciada em São Paulo. 


A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um confronto armado entre forças, em grande maioria, paulistas, que eram contra o governo de Getúlio Vargas. Também conhecida pelos "getulistas" de contrarrevolução, surgiu a partir de uma série de insatisfações, como, por exemplo, a perda do protagonismo político que São Paulo tinha por conta da aliança com Minas Gerais, a "política do café com leite".


Acontece que a revolução de 1930, com o início da Era Vargas, colocou fim a força do sistema federalista que sustentava o poder paulista. Até a crise de 1929, o café era o principal produto brasileiro exportado, conquistando maior influência política.


Com isso, as elites paulistas buscavam reconquistar o comando político e esperavam o apoio de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. Entretanto, nenhum dos dois Estados aderiram à causa. A revolução iniciou no dia 9 de julho e foi liderado pelo interventor do Estado, que ocupava uma vaga equivalente ao de governador, Pedro de Toledo (1860 - 1935). 


Os paulistas realizaram uma grande campanha usando jornais e rádios, causando uma grande mobilização. Houve mais de 200 mil voluntários, sendo 60 mil combatentes. Enquanto o movimento ganhava apoio popular, o governo Vargas encaminhou 100 mil soldados para enfrentar os paulistas.


No total, foram 87 dias de combates: de 9 de julho a 4 de outubro de 1932. O saldo oficial foi de 934 mortos. No entanto, estimativas não oficiais apontam até 2.200 vítimas. As tropas paulistas se renderam ao líder da ofensiva no dia 2 de outubro e no dia 3 assinaram oficialmente a rendição.


A Batalha em Itacoatiara


A informação recebida era que os 70 homens do 4º Grupo de Artilharia de Costa que ficavam na fortaleza de Óbidos (PA), haviam se rebelado, em apoio ao movimento. A notícia chegou a Manaus, no Amazonas, no dia 19 de agosto de 1932, e o general Bertoldo Klinger, chefe nacional da rebelião, nomeou o advogado Alderico Pompo de Oliveira para assumir o posto de coronel e comandar a tropa. 


Os rebeldes haviam mandado um ultimato ao 27º Batalhão de Caçadores, pedindo que aderissem ao movimento, caso contrário, atacariam Manaus. O medo era dos rebeldes acabarem tomando diversos navios ao navegar pelo Baixo Amazonas. 


Os principais navios eram: Ingá, que pertencia ao Lloyd Brasileiro, com 4.431 toneladas, construído em 1900; Baependi, ex-Tijuca, também do Llyod, com mais de 4.000 toneladas; Jaguaribe, da Companhia de Comércio e Navegação, que era um velho cargueiro de 1.120 toneladas, construído na Inglaterra em 1882 que carregava 42 mil sacos de sal e 100 barris de pólvora que iriam para Manaus; e o Andirá II, da Amazon River, com 235 toneladas, construído na Inglaterra em 1906.


No dia 20 de agosto, foi informado que o Ingá estaria retornando de Parintins e o Baependi voltava de Itacoatiara e já estava atracado em Manaus. Mas não se sabia quais eram os destinos dos navios Jaguaribe e Andirá e da lancha Diana, embora já soubessem que os três eram dos rebeldes, desde o dia 19.


Os navios Jaguaribe e Andirá tinham como objetivo tomar o Amazonas, eles já tinham rendido a cidade de Parintins e tinham como próximo alvo Itacoatiara e Manaus. A rebelião se estendeu pela Amazônia, começando com um levante no dia 19 de agosto de 1932, na cidade paraense de Óbidos. 


Os revolucionários apreenderam os dois vapores, que eram armados com canhões Krup, de 75 mm, metralhadoras, fuzis e uma grande quantidade de munição.

 

Ainda no dia 20 de agosto, às 16 horas, 100 homens a bordo do Baependi foram despachados para formarem um ponto de resistência em Itacoatiara, sob as ordens do tenente Álvaro Francisco de Souza, e no dia 21, 50 guardas civis e 30 praças da Comissão de Limites foram encaminhados a bordo do navio Rio Curuçá para abastecer Parintins.


No mesmo dia em que o navio Rio Curuçá saiu em destino a Parintins, o Ingá retornava a Manaus, com a notícia da captura das três embarcações e da tomada de Parintins por 16 homens do civil Arquimedes Lalor e estavam embarcados na lancha Diana. 


Durante o ataque, os tripulantes da embarcação cortaram as amarras e fugiram para Itacoatiara, trazendo novas notícias sobre o saque e a captura daquela cidade.


Os rebeldes saíram de Óbidos com destino a Manaus e no caminho embarcaram lenha no porto Desaperta, onde acabaram recrutando algumas pessoas que estavam pescando nas margens. 


O Jaguaribe estacionou na Ilha das Ciganas, enquanto o Andirá, com as lanchas Remus e Santa Cruz, foi buscar o 2° Tenente Sotero José Pereira, Arquimedes Lalor e seus 16 homens, que estavam em Parintins, após a fuga da lancha Diana, tendo ali recrutado mais seis homens. 


Enquanto a frota rebelde se movimentava, o Baependi deixou tropas em Itacoatiara e retornava a Manaus, assim como o Rio Curuçá, após receberem a notícia da ocupação de Parintins. A bordo dos navios estavam 230 homens do Batalhão de Caçadores, e no Ingá haviam 122 soldados e metralhadoras pesadas.


Os rebeldes chegaram no porto atirando contra a cidade. Trincheiras foram construídas às margens do Rio Amazonas para defender o município. Na tentativa de ganhar tempo, o prefeito Major Gonzaga Pinheiro e o Padre Pereira foram conversar a bordo do navio dos rebeldes para fazer uma tentativa falsa de rendição da cidade. O objetivo era ganhar tempo até a chegada dos navios Ingá e Baependi que tirariam os moradores.


Ao chegarem, por volta das 12 horas do dia 24 de agosto de 1932, os navios entraram em confronto, ocasionando a derrota das tropas da revolução, partindo os dois navios (Jaguaribe e Andirá) ao meio. A batalha não durou mais que 45 minutos.


A história da batalha naval na Amazônia e a cena do combate foram retratadas no livro 'Itacoatiara: Roteiro de uma cidade', do autor Francisco Gomes da Silva.




   

Fonte de Pesquisa

KARINA PINHEIRO | PORTAL AMAZÔNIA

Matéria produzida a partir da leitura do livro 'Itacoatiara: Roteiro de uma cidade', de Francisco Gomes da Silva (1965).




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sexta-feira, 21 de julho de 2023

CHEGADA DOS REDENTORISTAS A MANAUS

A história dos Redentoristas na Amazônia começa com a chegada dos Padres Redentoristas Americanos em Manaus dia 28 de julho de 1943, a convite do então Bispo de Manaus Dom João da Matta Andrade de Amaral. A princípio os Redentoristas Americanos da Província de Saint Louis, do estado de Missouri - Estados Unidos, tinha como objetivo a missão na Tailândia (Ásia), mas devido ao bombardeio de Pearl Harbor os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial e a guerra no Pacífico impediu os planos da Província Redentorista de Saint Louis.



João da Matta Andrade de Amaral


Mas a guerra não diminuiu o otimismo incurável e o zelo intenso do Provincial Padre. Francisco Fagen. Então foi com um extraordinário senso de responsabilidade que o Provincial Francisco Fagen recebeu a carta, originalmente escrita em português e traduzida posteriormente para o inglês, de Dom João da Matta Andrade de Amaral, Bispo de Manaus, pedindo a criação de uma Missão na sua Diocese de Manaus e oferecendo duas Paróquias localizadas no município de Coari e Codajás. Nesta época, a Província tinha 312 presbíteros e 68 irmãos leigos. Como era tempo da Segunda Guerra Mundial, as correspondências iam e vinham em longos prazos de tempo, pela precária comunicação. Decidiu a Província de São Luiz aceitar a Missão no Amazonas e a 28 de junho de 1943, aportaram em Manaus 06 bravos e jovens Redentoristas.


CONTEXTO HISTÓRICO


Depois da chegada dos novos missionários, o Bispo imediatamente instalou uma nova paróquia: Nossa Senhora Aparecida. Os missionários tiveram tempo duro de adaptação, pois a situação era precária. A população de Manaus era de 100 mil habitantes, com o clima quente e úmido, havia muitos insetos e era isolado do mundo conhecido. Os missionários se inculturavam, trabalhavam e se expandiam. Dentro de um ano, já estavam em três (03) municípios: Manaus, Manacapuru e Coari. Em 1945, abriram mais uma comunidade em Codajás. Em 1947, abriram a comunidade em Belém do Pará. A Província florescia e a Vice – Província também. Anualmente chegavam novos missionários e abriam-se novas frentes: Vila Amazônia em Parintins, Teresina no Piauí, em São Luís do Maranhão. Fundaram folheto com sede no Rio de Janeiro: “Lê e Vê”.


Em 1948, pe. Francisco Hirsch - CSsR, apostando nas vocações amazonenses, iniciou uma Escola Apostólica em Coari, para prover o futuro. Aqui temos uma longa história do processo formativo: lugares, métodos, formadores, parcerias. Muitos candidatos, pouca perseverança.


Com agiornamento do Vaticano II, começaram as mudanças na formação dos religiosos e presbíteros. Nós Redentoristas do Amazonas, tínhamos uma tradição de enviar nossos formandos menores do sexto e sétimo ano, para o seminário em Aparecida - São Paulo e os maiores para os Estados Unidos. O nosso noviciado sempre foi realizado nas diferentes Províncias do Brasil. Em 1970, encerrou o costume de estudar nos Estados Unidos, com o retorno do ultimo presbítero ordenado neste sistema.


Nos anos 60, fundou-se o IPAR em Belém do Pará. Logo em seguida houve a fundação do CENESCH em Manaus – Amazonas. Daqui em diante, os nossos estudantes faziam sua formação religiosa e presbiteral em Manaus – Am, o noviciado continuou em parceria com outras Províncias.


Este tempo foi de constantes mudanças de local, método e formadores. A Igreja estava em ebulição, as ideias e orientações da CNBB e da CRB estavam em contínuo discernimento. Falava-se muito na formação dos autóctones, mais contato com a família e o povo, casas inseridas, inculturação, aculturação e multi-culturação. Hoje temos a Re - fundação e a Questão de Gênero. 



Dom João da Mata criou a Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, no antigo bairro dos Tocos, confiando-a ao seu zelo apostólico. Transformaram o difícil bairro, que não gozava de excelente conceito, numa Paróquia modelar, centro de intensa vida cristã. Afervoraram os paroquianos e os católicos de Manaus na devoção a Nossa Senhora de Perpétuo Socorro. Ergueram templos e colégios. Fundaram ambulatórios e centros sociais”.


NOSSO APOSTOLADO


Os missionários jovens e entrosadas no meio do povo tiveram a sensibilidade de perceber as necessidades da região. Vieram trazer um rejuvenescimento a uma Igreja Tridentina no meio da floresta. O povo os acolhia muito bem e as portas iam se abrindo. Pregaram as Santas Missões no Amazonas e em outras localidades do Brasil em colaboração com várias Províncias. Com a diminuição do número de confrades e com as novas formas de pastoral Pós – Conciliar: mergulhamos nas CEB’s, no MEB, no CDDH, na CPT, nas preocupações sociais provindas das Conferências Latino Americanas como a do Rio de Janeiro, Medellín, Puebla etc.


Nesta efervescência, distanciamos dos “modelos tradicionais” de Santas Missões, por um período de tempo. No decorrer destas experiências nos acordamos que o nosso carisma mesmo é Santas Missões, por isso decidimos reativar a organização de uma equipe missionária por pequena que fosse, a pesar de nosso minguado número. Este momento foi difícil, porque implicava em decisões de deixar uma paróquia da Prelazia para exercer mais especificamente nosso carisma de missionário redentorista.


Iniciaram as Novenas Perpétuas de N.S.P. SOCORRO, fizeram Desobrigas, fundaram Comunidades, Centro de Pastoral Regional CENESCH, Escolas, Hospitais, Olarias, a Radio Educação Rural de Coari, hoje, Fundação do Santíssimo Redentor com  Radio e TV (Rede Vida), instalaram sistema de água encanada, de luz, abriram oficinas,  trabalharam com MEB, com as CF, com a CNBB Nacional, com os Deficientes Auditivos, reuniram o Clero em nossa casa para encontros, lazer  e outros. No auge de nossa história, chegamos a ter mais de 50 Redentoristas. O concilio Vat. II mexeu com muita gente, balançou a Vice – Província e a Província.  Os números começaram a diminuir até hoje. Com os números, vai-se o apostolado também.




   

Fonte de Pesquisa

redentoristanaamazonia.webnode










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quinta-feira, 20 de julho de 2023

A PRIMEIRA PARTIDA DE FUTEBOL NO BRASIL FOI AQUI

Primeira partida de futebol que se tem registro no Brasil aconteceu no Amazonas.



Segundo registro do naturalista francês Charles Marie de La Condamine, indígenas Kambeba na cidade de Tefé participavam de um jogo de bola em 1743.


O futebol é um esporte que começou a ser praticado na Inglaterra, no século XVII, e ainda nem se chamava futebol, recebendo esse nome apenas décadas depois. No entanto, não se sabe ao certo como o futebol surgiu. Segundo historiadores, os ingleses adquiriram o hábito de chutar bolas de couro, como forma de comemorar a expulsão dos dinamarqueses de seu país, no século X


Foi entre o período de 1810 e 1840 que foi registrado o crescimento do jogo entre alunos das escolas públicas da Inglaterra, entretanto, era considerado uma atividade violenta e inapropriada aos jovens de classe alta em colégios da elite inglesa.


As primeiras regras foram escritas em 1830, as "Football Rules", criadas pelo Colégio Harrow. Desde então, as regras foram modificadas e adaptadas, sendo a mais recente, na validação da temporada 2019/2020 pela International Football Association Board (IFAB) e passaram a valer no 1º dia de junho.


Com a popularidade do esporte, em 1904, dirigentes da Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Suécia e Suíça se reuniram em Paris, na França, para fundar a Fèdèration Internationale of Football Association (Federação Internacional das Associações de Futebol), a FIFA, responsável por comandar o esporte nos países praticantes e organizar competições de nível mundial.


Foi assim que a primeira edição da Copa do Mundo de Futebol nasceu, realizada pela FIFA em 1930, no Uruguai. No total, 13 seleções da América e Europa participaram do evento. 


Quem é fã de futebol certamente conhece essa história, então onde a Amazônia se encaixa nela?


Primeiro registros de futebol no Brasil





No Brasil, o futebol chegou no ano de 1894 através de um jovem filho de ingleses, Charles Miller. Ele chegou a São Paulo após realizar seus estudos na Europa e acabou trazendo consigo bolas e regras.


Entretanto, um filme documental intitulado 'Amazonas, o Jogo da Bola', produzido por Francisco Filho, conta a cronologia do futebol no Amazonas e aponta que existe um registro de um naturalista francês, em 1743, em que descreve um esporte que seria o equivalente ao futebol.


Segundo o registro, durante uma expedição, o europeu Charles Marie de La Condamine, após se estabelecer na cidade de Tefé, município amazonense, acabou presenciando uma descoberta surpreendente: indígenas Kambeba que habitavam a região estavam realizando uma "partida de futebol" com uma bola feita de cernambi, a borracha, que quicava. A bola deixou o naturalista curioso, pois, segundo ele, "a bola desafiava a lei da gravidade da Terra".


A descoberta surpreendeu, pois, na época, na Europa, as bolas eram feitas de trapo e ao entrarem em contato com os campos enlameados, endureciam se transformando em "pedra".


"O primeiro jogo de bola, registrado e documentado do Brasil, ocorreu no Amazonas. No século XVIII, nos vinte primeiros anos, a região recebeu a expedição do cientista francês Charlie Marie de La Condamine. Então, essa expedição começa no Andes, atravessa Peru, Equador, entra pelo estado do Amazonas e depois de viajar alguns anos pela região, se estabelece alguns meses, algumas semanas, na cidade de Tefé, no rio Solimões. É uma cidade muito antiga, era um forte português, um estabelecimento militar, no século XVIII. Então ali recebeu o cientista, com sua equipe toda e ele vivenciou todas as peculiaridades daquela pequena cidade colonial no vale amazônico", afirma Márcio Souza, jornalista, roteirista e romancista brasileiro em trecho do documentário. 


O documentarista afirma que foram necessárias pesquisas que duraram dez anos para conseguir contar a história do futebol no Amazonas. E o historiador Gaspar Vieira Neto, autor do livro 'Memórias do esporte bretão caboclo', confirma a existência de um registro encontrado que fala sobre esse momento. 


Ele relata com detalhes no seu livro:



"Um dia surpreendi os cambebas entregues a uma singular prática, que minha razão pende entre a insanidade e o esporte, no intuito de classificá-la. Alguns homens corriam pelo terreiro da aldeia em busca de uma esfera, procuravam impulsioná-la com os pés, para um objetivo determinado que eram duas varas fincadas no solo, num dos extremos do terreiro. No outro extremo, outro semelhante par de varas parecia ser considerado o objetivo de alguns dos participantes, que para lá procuravam desviar sempre aos coices, a esfera quem porventura se encontrasse nos pés de algum adversário. Mas o principal não é a natureza exótica dessa prática, é a própria esfera que parece constituir o centro de interesse.


Essa esfera salta e torna a saltar, contrariando a lei da gravidade da terra. Tal peculiaridade logo me atraiu, e os gentis cambebas me mostraram que a esfera, elástica e cheia de ar, tinha sido manufatura a partir de uma seiva branca, que uma espécie muito farta de árvores deita generosamente. Esta seiva é solidificada com a fumaça e se torna elástica, impermeável e com outras peculiaridades que poucas matérias podem reivindicar. Vislumbro um grande futuro para essa descoberta que, a princípio, me intrigou por desafiar uma lei tão severa que é a da atração dos corpos",


Trecho do livro "Viagem pelo Rio Amazonas" (1735-1745).






   

Fonte de Pesquisa

TV GLOBO



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sexta-feira, 14 de julho de 2023

BR-319 - HISTÓRICO ATÉ 2022

 BR-319

Extensão: 980,4 Km

Trecho: Porto Velho (RO) / BR-364 - Manaus (AM)




Histórico


Em julho de 1966, o Governo do Estado do Amazonas contrata uma empresa para estudar a viabilidade de construção de uma rodovia entre Manaus e Porto Velho.


Em 1967, o Governo Federal  cria a Zona Franca de Manaus,  através  do Decreto-Lei nº 288, estabelecendo incentivos fiscais por 30 anos para criar um polo industrial, comercial e agropecuário na Amazônia.


No dia 4 de agosto de 1967, parte de Manaus uma equipe com 46 de homens abrindo a picada até Humaitá, numa extensão de 650 Km, somente retornando no dia 23 de abril de 1968.


Em fevereiro de 1968, o Governo Federal conclui os estudos do Plano Integrado de Transportes e de viabilidade para a construção da Rodovia Manaus - Porto Velho, com 820 quilômetros de extensão, iniciados pelo Governo do Amazonas em 1966.


Em, 1968 o Governo do Estado do Amazonas inicia a construção da BR-319, pelo Departamento Estadual de Estradas de Rodagens (DER), através da Construtora Andrade Gutierrez. Na época da construção, a BR-319 era conhecida como a rodovia da Integração, da Coragem, ou da Esperança.


Em 1969, no dia 12 de novembro, a Sudam (Superintendência do Desenvolvimento do Amazonas) libera 1,5 bilhão de cruzeiros para a conclusão da implantação do trecho Manaus - Humaitá da Rodovia BR-319, aberta ao tráfego no fim do ano. Humaitá tornava-se o primeiro município amazonense ligado ao sistema rodoviário nacional.


Em setembro de 1970, é concluída a pavimentação dos primeiros 10 Km, a partir do Careiro, atual Várzea.


Em outubro de 1970, o trecho Humaitá - Manaus, com 877 km de extensão,  já estava todo desmatado e com 350 km do serviço de terraplenagem já realizado. O trecho Porto Velho - Humaitá já estava aberto ao tráfego.


No dia 13 de março de 1971, é oficialmente inaugurada a primeira etapa da Rodovia, que já contava com trecho pavimentado de 40 Km de extensão, a partir de Careiro (Várzea).


Em junho de 1971, o serviço de terraplenagem,  a partir de Manaus,  já havia ultrapassado o rio Tupanã, no Km 164.


Em setembro de 1971, iniciando o processo de colonização da BR-319, o trecho Araçá – Castanho já contava com 71 famílias assentadas espontaneamente, totalizando 410 pessoas. No mesmo ano, com a chegada da primeira família, é fundado o povoado de Realidade, junto ao córrego de mesmo nome, na altura do Km 588, no município de Humaitá. O povoado, no entanto, só foi fundado oficialmente em 11 de maio de 1988 e elevado à categoria de vila em 2019, com a criação do Distrito de mesmo nome. 


Em janeiro de 1972, a BR-319 já contava com cerca de 500 quilômetros implantados e 70,390 Km pavimentados, faltando apenas a implantação de um trecho de 185 Km.


Em agosto de 1972, um trecho de 100 km de extensão, entre o porto de Castanho e a cidade de Careiro  já estava pavimentado. No trecho entre o Rio Negro e Castanho foram construídas 5 pontes: Capitari, Curuçá, Paraná do Autaz, Paraná do Araçá, e Castanho, a maior de todas, com cerca de 200 metros de extensão. O trecho Porto Velho - Humaitá, ainda não pavimentado, já contava com linha regular de ônibus. O serviço de terraplenagem se encontrava no Rio Jutaí, na altura do Km 375.


Em 1972 é iniciada a instalação dos primeiros núcleos de colonização entre Careiro (Várzea) e Castanho. O entorno da estrada já abrigava cerca de 10 mil pessoas, entre colonos e operários. Já estava concluída a pavimentação do trecho Careiro Castanho, com cerca de 100 Km, o trecho de maior dificuldade de construção, onde houve necessidade de elevar o greide 3,5 metros acima do leito natural, evitando as constantes enchentes. O serviço de terraplenagem já estava pronto até o Km 375 no Rio Jutaí, e no trecho de 220 Km entre Porto Velho e Humaitá, que já contava com linha regular de ônibus. Haviam cinco frentes de trabalho, cada uma com um aeroporto. Estavam sendo realizados estudos para implantação de ramais para Autazes, Tapauá e Novo Aripuanã. Planejava-se a transferência da sede do município do Careiro para Araçá.no Km 40 da Rodovia BR-319, na confluência da atual rodovia AM-254 para Autazes. 


Em setembro de 1972, enquanto é iniciada a construção do terminal do ferry-boat em Manaus, é concluída a implantação do trecho Castanho - Igapó Açu, com cerca de 145 Km de extensão.


Em outubro de 1972, é aberto ao tráfego o trecho de 5,750 Km de extensão,  entre Manaus e o terminal do Ferry-boat, com duas pistas pavimentadas de 7 metros de largura e canteiro central de 3 metros. O terminal do "ferry-boat" ainda estava em construção. A estrada começava na estrada do Contorno, no Distrito Industrial da Suframa, seguindo até a margem do Rio Negro. 


No dia 8 de novembro de 1972, na altura do Km 500, com a presença do Ministro dos Transportes, Mario Andreazza, e do Governador do Estado do Amazonas, João Walter de Andrade, além de jornalistas e outras autoridades, é derrubada a última árvore para a abertura da BR-319, concluindo o trecho até Humaitá, ainda em condições precárias. Manaus deixava de ser a única capital ainda não integrada ao sistema rodoviário nacional. Uma placa de bronze foi fincada no local, com a seguinte inscrição:


"A primeira ligação rodoviária de Manaus com todo o território nacional tornou-se realidade neste local, na presença do Ministro dos Transportes e do Governador do Amazonas, em 08/11/1972". 


No mesmo dia, partem de Porto Velho os primeira carros a percorrerem toda a BR-319, três camionetes do Departamento de Estradas de Rodagem do Amazonas, que percorrem o trecho até Manaus em dois dias, junto com mais duas camionetes do Consag a partir de Humaitá. A caravana foi recebida na manhã do dia 11 de novembro de 1972 pelo engenheiro Orlando Holanda do DER-AM e pela imprensa local. Os veículos fizeram a travessia do rio Solimões pela barcaça "Ariramba". 


No dia 3 de abril de 1973, a Emprêsa de Transportes Andorinha S.A. solicita, junto ao 1º Distrito Rodoviário,  autorização para explorar uma linha de ônibus entre o Rio de Janeiro e Manaus, via BR-319.


Em julho de 1973, prosseguia o serviço de pavimentação da Rodovia, já contando com 175 Km concluídos.


No dia 30 de julho de 1973, chegam a Manaus 3 ônibus provenientes de Humaitá (AM), da Viação Motta, transportando estudantes, concluindo a primeira viagem de ônibus entre Porto Velho e Manaus. O trecho Humaitá-Manaus foi percorrido em 10 horas. Em alguns trechos os ônibus foram rebocados por máquinas da Construtora Andrade Gutierrez, responsável pela construção. A viagem foi oferecida de cortesia pela Viação Motta, que já explorava o trecho Porto Velho - São Paulo e planejava participar da concorrência da linha Porto Velho - Manaus. 


Em janeiro de 1974, com os trabalhos de terraplenagem já concluídos, a Rodovia BR-319, a partir de Careiro, já contava com mais de 300 Km pavimentados.


No dia 30 de janeiro de 1974, é inaugurado o segundo trecho da Rodovia Transamazônica, atual BR-230, entre Itaituba e Humaitá.


Em 1974, no dia 5 de novembro, chegam a Manaus, transferidas do Rio de Janeiro, duas barcaças usadas na  travessia de veículos da baía de Guanabara, cujo serviço foi desativado após a inauguração da ponte Rio-Niterói. Sendo que uma barcaça passa a ser usada na travessia do Rio Negro entre Manaus e porto de Castanho, na BR-319, e a outra na travessia Manuel Urbano, entre Manaus e Manacaparu. O serviço de Ferry-boat no rio Negro, entre Manaus e Careiro, com capacidade para 40 veículos de tamanho médio, é inaugurado oficialmente no dia 11 de novembro de 1974.


Em março de 1975, quando  rodovia ainda se encontrava com alguma condição de tráfego, o DER-AM entrega ao Departamento Nacional de Estradas e Rodagem (DNER) a responsabilidade de sua manutenção. Em maio de 1975, após 3 meses de abandono, a rodovia já se encontrava em estado precário, com mato invadindo a pista, bueiros desalinhados, erosões, pontes quebradas e águas de igarapés cobrindo a pista, além de muitos buracos no trecho entre Careiro e Castanho. A Petrobrás que havia iniciado a construção de 5 postos de abastecimento, abandona o projeto, visto o abandono criminoso da estrada pelo DNER. A população não entendia por que depois de tanto esforço para sua construção, a estrada foi completamente abandonada. A rodovia passa então a ser percorrida somente por aventureiros e jeeps de caçadores.


Em maio de 1975, a repetição anual dos problemas provocados pelas enchentes do rio Solimões estava motivando a transferência da sede municipal do Careiro (atual Várzea) para o junto do lago do Castanho, em terra firme, na altura do Km 100. O Instituto de Cooperação Técnica Intermunicipal já havia aprovado e projetada a transferência da sede para as margens do Lago Castanho. No mesmo ano é iniciado o desmatamento para abertura das primeiras ruas e avenidas da futura cidade. Também são construídas, a cada 10 Km, no trecho Careiro-Castanho escolas de madeira, com capacidade para 40 alunos cada.


Em 1976, no dia 20 de janeiro, a BR-319 totalmente asfaltada, mas ainda em obras, é aberta ao tráfego de veículos, ainda em caráter experimental, somente para veículos leves e utilitários.  As balanças, localizadas em Manaus, Porto Velho e Humaitá, também estavam sendo construídas. Finalmente, no dia 25 de março, com a presença do presidente da república, a Rodovia BR-319 é oficialmente inaugurada.


No dia 10 de maio de 1976, é iniciada a operação das  3 balanças. O peso bruto de qualquer veículo estava limitado a 9 toneladas, e a carga máxima por eixo era de 6 toneladas.


Em agosto de 1976, a Emprêsa de Transportes Andorinha e a Viação Motta, sediadas em Presidente Prudente (SP), vencem a licitação para a concessão da linha de ônibus Rio de Janeiro - Manaus, com 4.538 km de extensão, tempo de viagem de 85 horas e tarifa de Cr$ 745. Nota-se que o trecho entre Cuiabá e Porto Velho, percorrido em 36 horas, ainda não era asfaltado. O trecho Rio de Janeiro - São Paulo - Campo Grande era percorrido em 20 horas. O trecho Porto Velho - Manaus, percorrido em 18 horas era feito em microônibus com capacidade para 21 passageiros, por exigência do DNER. Ambas as empresas já exploravam a linha Manaus - Humaitá.


No dia 6 de abril de 1977, o presidente da república Ernesto Geisel inaugura a Rodovia BR-174, ligando a capital amazonense ao território do Roraima, até a fronteira da Venezuela.


Em setembro de 1977, a balsa Manaus-Careiro(Várzea) operava com 3 horários/dia/sentido, com saídas de Manaus às 7h, 11h e 15h, e saídas do Careiro às 9h, 13h e 17h.


Em setembro de 1978, em função da falta de manutenção, mesmo sendo asfaltada, alguns trechos da BR-319 estavam quase intransitáveis.  


Em novembro de 1978, segundo a Enasa (Empresa de Navegação da Amazônia), passaram pela balsa do Rio Negro 38.591 pessoas e 4.579 veículos, sendo 255 caminhões pesados, 1.555 caminhões médios, 257 caminhões leves, 290 camionetes píck up, 379 ônibus, 1.313 automóveis, 4 motocicletas, 3 bicicletas e 83 carretas.  


Em janeiro de 1979, a Secretaria de Transportes do Estado do Amazonas anuncia o plano de construção de ramais rodoviários entre a BR-319 e as localidades de Autazes, Nova Olinda, Tapauá, e Manicoré. O primeiro ramal, para Lábrea já havia sido entregue, diminuindo o tempo de viagem para Manaus de 8 dias para apenas 14 horas.


No dia 19 de setembro de 1979, o governador do Estado do Amazonas, José Lindoso, inaugura as obras de abertura da rodovia AM-461 / BR-080 ligando a BR-319 aos municípios de Autazes e Nova Olinda do Norte. 


Em outubro de 1979, apenas uma balsa era usada na travessia do Rio Negro em Manaus, gerando grande tempo de espera. A travessia era feita em 45 minutos, sem contar os tempos de embarque e desembarque. O serviço era explorado pela Empresa de Navegação da Amazônia (ENASA). 


Em 1980, duas empresas de ônibus percorriam a BR-319: a Andorinha e Softur.


Ônibus da Viação Andorinha, saindo da balsa do Rio Negro, seguindo para Porto Velho, em 1980. Fotógrafo não identificado.


Na década de 1980, a rodovia passa a receber apenas tráfego sazonal, entre e maio e setembro, fora do período das chuvas, resultando no abandono de fazendas, casas, sítios e postos de combustível no início da década de 1990.


Em 1982, é aberto o ramal para a cidade de Manicoré, trecho integrante da BR-174, mais tarde estadualizado, se transformando na AM-364. O ramal também planejado para a cidade de Tapauá (AM) nunca foi construído.


Em 1984, a partir do dia 28 de fevereiro, o DNER proíbe a circulação de carretas e caminhões trucados de dois eixos na BR-319. 


Em maio de 1984, em função do péssimo estado da Rodovia, a linha de ônibus Porto Velho - Manaus, operada pela Eucatur, estava paralisada.


Em 1985, ainda existiam diversas fazendas agrícolas que comercializavam sua produção às margens da Rodovia, em alguns casos até nas cidades. No mesmo ano é fechado o posto de gasolina de Piquiá, na altura do Km 500.


Em 1987 a rodovia é fechada, após os supostos serviços de manutenção de uma construtora, onde, segundo moradores, houve a destruição intencional do pavimento. 


Entre 1987 e 1988 circula a última linha regular de ônibus. Em dezembro de 1989, com a estrada intrafegável, os últimos postos de combustíveis foram abandonados.


Até 1995, ao menos, nenhum veículo conseguia trafegar pela estrada, com exceção do pessoal da Embratel que cuidava da manutenção das torres e dos cabos de fibra ótica. Provavelmente a rodovia teria sido coberta pela mata se não fosse a presença do pessoal da Embratel.


No ano 2000, durante o mandato do então presidente Fernando Henrique Cardoso, a reconstrução da estrada foi incluída no Programa Avança Brasil, mas não teve prosseguimento.


Em 2001, cinco anos após ter sido incluída no primeiro plano de governo, foram repavimentados os primeiros 58 km da BR-319, depois do entroncamento com a rodovia Transamazônica, e também os 100 Km no extremo norte da rodovia, entre Careiro da Várzea e Careiro Castanho.


Em 2005,  é retomado o serviço de manutenção da Rodovia.


No dia primeiro de junho de 2005, o Governo do Estado do Amazonas cria a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Amapá, com área aproximada de 216.109 hectares, localizada no município de Manicoré.


Em janeiro de 2006, o Decreto Federal s/nº estabelece a Alap – Área de Limitação Administrativa Provisória da região da BR-319, com o intuito de realizar estudos e levantamento para a criação de Unidades de Conservação ao longo da rodovia. O Grupo de Trabalho responsável pela proposta de Unidades de Conservação foi coordenado pela Casa Civil da Presidência da República, e vários órgãos federais e estaduais, Ministério do Meio Ambiente, Ibama, Incra, Inpa, Funai, Embrapa, SDS/AM entre outros. Em julho de 2006 foram realizadas seis consultas públicas que discutiram as propostas de criação das Unidades de Conservação na área de influência da BR-319, nas cidades de Tapauá, Canutama, Lábrea, Humaitá, Manaus.


No dia 22 de  junho de 2007, foi assinado o Termo de Acordo e Compromisso entre Ibama e DNIT, que autorizou obras de restauração nos segmentos A (km 0,0 a 177,8), segmento B (Km 655,7 a 887,4), e continuidade das obras de pavimentação/reconstrução no segmento C (km 177,8 a 250), instituindo a necessidade de apresentação e execução pelo DNIT de diversos Programas Ambientais nesses trechos. Foi definida também a extensão do trecho objeto do EIA/Rima (Trecho do Meio), entre os km 250 a 655,7.


No dia 17 de setembro de 2007, através da Portaria nº 40/2007 é criado o Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Realidade, localizado no entorno do Km 570 da Rodovia BR-319, com uma área de 42.901 hectares, inicialmente para as atividades de extrativismo de açaí e castanha, seguido de banana, macaxeira e abacaxi.  


Em 2007, o povoado de Realidade, no município de Humaitá, ganha sua primeira escola pública. Em 2013 a escola contava com 350 alunos e um ônibus escolar para o transporte de um raio de até 15 Km. 


No dia 27 de março de 2009, através do Decreto Estadual nº 28.420 do Estado do Amazonas, é criada a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Igapó-açu, com área aproximada de 397.557,32 há, localizada nos municípios de Borba, Beruri e Manicoré.


Em 2010, é reinaugurada a pavimentação do trecho Humaitá - Porto Velho, aberto ao tráfego em 1970, ainda em estrada de chão.


Em 2010, no dia 26 de janeiro, o DNIT abre os envelopes da licitação para a construção da ponte sobre o Rio Madeira, em Porto Velho.


No dia 15 de setembro de 2014, em Porto Velho, após 5 anos de obras, é inaugurada a ponte sobre o Rio Madeira, substituindo o serviço de balsa do mesmo local.


Em 2014, O DNIT obteve junto ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) a Licença Ambiental Única (LAU 422/14), que garantiu ao Dnit a autorização para realizar obras de manutenção e recuperação do Trecho do Meio da BR-319.


No dia 9 de outubro de 2015, início das operações da empresa Siqueira Tur na linha Humaitá (AM) - Manaus (AM).


Em outubro de 2015, são reativadas as linhas de ônibus intermunicipais e interestaduais, interligando as localidades de Humaitá, Lábrea, Manaus, Porto Velho e Manicoré. Em 2016, quatro empresas exploravam o trecho, entre elas a Siqueira Tur, Transbrasil e Eucatur.


Em 2015, a obra de restauração da rodovia, que se arrastava desde 2001, é mais uma vez embargada. 


No final de 2016, nos arredores da Vila de Realidade, é iniciado o desmatamento para a implantação de pastos. Na época a banana ainda era a principal cultura da região.


Em julho de 2017, o Ministério Público do Amazonas cria o Fórum de Discussão Permanente da BR-319, com o objetivo de apresentar de forma clara e transparente o processo de licenciamento dessa rodovia para todos os atores interessados.


Em 2018, é retomado o serviço de manutenção e recuperação da rodovia, lançado em 2001, embargado inúmeras vezes em função de demandas ambientais. O período chuvoso do fim de 2017 e início de 2018 foi registrado pela mídia como o primeiro inverno amazônico com trafegabilidade na BR-319 dos últimos 30 anos. A colocação de lascas de pedra, conhecidos como “rachões”,  ajudam a melhorar as condições de trafegabilidade da rodovia.


No dia 9 de abril de 2018, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), durante o 6º Fórum de discussão permanente sobre o processo de reabertura da rodovia, apresenta o Projeto Executivo de pavimentação do trecho do meio da Rodovia BR-319.


Em setembro de 2018, segundo levantamento apresentado pelo secretário executivo do Ministério dos Transportes, Herbert Drummond, em audiência pública realizada no Senado para discutir o problema de pavimentação da BR-319, desde 2001, 16 órgãos de governo se revezaram para solicitar estudos, ajustes e questionamentos em 53 diferentes ocasiões, atrasando a execução das obras de recuperação.


No dia 8 de novembro de 2019, é publicado no Diário Oficial da União, o lançamento do edital de licitação para contratação da empresa responsável pela  elaboração do projeto básico e executivo de engenharia para pavimentação e melhoramentos do chamado "trecho do meio", entre os Km 250 e Km 656, com 406 quilômetros de extensão. A abertura das propostas estava prevista para o dia 2 de dezembro de 2019.


No dia 25 de janeiro de 2020, a Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do Amazonas (ANAUS) autoriza a paralisação temporária do transporte rodoviário intermunicipal de passageiros nas rodovias BR-319 e BR-230, devido às más condições das estradas.  A empresa Aruanã Transportes, suspende a linha Manaus – Lábrea. Os atoleiros se encontravam principalmente entre os quilômetros 360 e 560.


No dia 12 de fevereiro de 2020, em Manaus, o  ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, confirma o início da pavimentação da Rodovia BR-319, ainda em 2020. 


Em meados de fevereiro de 2020, na época das chuvas, a rodovia  contava com cinco grandes atoleiros. O trecho do meio era aconselhável apenas para carros 4 x 4, com pneus especiais,  em comboio, com cabos e mantimentos para uma semana. Faltavam 405 Km a serem pavimentados. Das cinco empresas de ônibus com linhas autorizadas, Aruanã, Eucatur, Transbrasil, Siqueira Tur, e Transcoop, três já haviam paralisados suas atividades, Eucatur, Aruanã e Transcoop.


Em fevereiro de 2020, o presidente da república, Jair Bolsonaro, em entrevista, alegava que faltava uma autorização ambiental para que o serviço de pavimentação dos 405 Km faltantes fosse iniciado.


No dia 30 de junho de 2020, o Ministério Público Federal do Estado do Amazonas, entra com uma ação na Justiça para suspender o edital publicado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para a pavimentação de um trecho de 52 quilômetros da Rodovia BR-319 no estado do Amazonas, alegando a falta de atestado de viabilidade ambiental. 


No dia 24 de junho de 2020, é publicado no Diário Oficial da União o edital para a contratação da empresa que ficará responsável pelas obras de pavimentação do trecho entre os Km 198 e Km 250, totalizando 52 quilômetros. No dia 17 de dezembro de 2020, é firmado o contrato entre o Governo Federal e a firma construtora.


No dia 5 de agosto de 2020, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Ibama, recebe e aceita para análise o Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) relativo ao serviço de reconstrução/pavimentação do trecho entre o Km 250 e Km 655,70, com extensão de 405,7 Km.


No dia 19 de novembro de 2020, uma viagem de automóvel entre a localidade de Igapó-Açu e a sede do Distrito de Realidade, com 330 Km de extensão, durava oito horas e meia, incluindo os tempos de parada.


No final de novembro de 2020, a Rodovia começa a ficar intrafegável em determinados trechos, em função do início do período de chuvas, também conhecido como inverno amazônico.


Empresas e linhas de ônibus em dezembro de 2020


No dia 7 de dezembro de 2020, a empresa Amatur Turismo inaugura a linha Manaus (AM) - Porto Velho (RO), com duas frequências semanais.


Em 2021, através da Portaria 372 / 2021 o tráfego foi restringido no trecho entre os quilômetros 13 e 679,3, entre dezembro e maio (período de chuvas) para veículos com PBTC (Peso Bruto Total Combinado) de até 17 toneladas e entre junho e novembro para veículos com PBTC de até 23 toneladas, no período de seca.


No dia 12 de janeiro de 2021, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, publica o edital para contratação de estudos ambientais que visavam o licenciamento no ‘Trecho do Meio’ da BR-319/AM, localizado entre o Km 250 e o Km 655,7. Os projetos de engenharia para este segmento estavam em elaboração.


No dia 14 de março de 2021, a empresa Siqueira Tur suspende a operação da linha intermunicipal Manaus - Humaitá, devido às péssimas condições da BR-319, com sucessivos atoleiros. Na última viagem, o carro da empresa levou 44 horas para percorrer os 666 Km entre Manaus e Humaitá.


Em junho de 2021, após o fim do período de chuvas, as seguintes empresas retomam suas operações regulares:


Amatur, Porto Velho - Manaus, 07/06/2021

Aruanã Transportes, Manaus - Lábrea, 07/06/2021

Eucatur, Porto Velho - Manaus, 10/06/2021

Siqueira Tur, Manaus - Humaitá, 07/06/2021

WR Transportes, Manaus - Lábrea, 09/06/2021


Em 25 de agostos de 2021, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) expede licença autorizando o Consórcio Tecon Ardo - RC a instalar uma usina de produção de concreto asfáltico no município de Beruri, para as obras de repavimentação de um trecho de 52 Km de extensão da BR-319.


Em 23 de junho de 2022, o Governo Federal transfere para a  jurisdição do DNIT de Rondônia, com sede em Porto Velho, as obras de reparo e construção do trecho entre os quilômetros 250,7 ao 740, substituindo a jurisdição do DNIT do Amazonas, com sede em Manaus.


Em 28 de julho de 2022,  Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu uma licença prévia para a repavimentação do trecho do meio da rodovia BR-319, compreendido entre os quilômetros 198 e 603.


Em fins de agosto de 2022, foi iniciada a obra de manutenção (tapa-buraco) na altura do Km 181, trecho já pavimentado.


Em 28 de setembro de 2022, às sete e quinze da manhã, desaba a ponte de concreto do rio Curuçá, na altura do Km 23, entre Manaus e Castanho.


Em 5 de outubro de 2022, a Justiça suspende a licença para a repavimentação da rodovia BR-319. As obras foram paralisadas em 3 de novembro de 2022.


Em 8 de outubro de 2022, desaba a ponte de concreto sobre o rio Autaz Mirim no município de Careiro Castanho, na altura do Km 12. A segunda ponte da BR-319 a ruir em 15 dias.


Antes e depois da ponte Autaz Mirim, na BR-319. Estrutura desabou no dia 8 de outubro de 222. Foto Wiliam Duarte/Rede Amazônica e Associação de Amigos e Defensores da BR-319/Divulgação.


Na madrugada de 26 de novembro de 2022, a ponte de madeira sobre o Igarapé Cotia (Km 516,6/AM) foi criminosamente derrubada com moto serra.


   

Fonte de Pesquisa

MEMÓRIA 850



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