sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

PALÁCIO RODOVIÁRIO

 


Antigo Palácio Rodoviário, também conhecido como Departamento de Estradas de Rodagem do Amazonas (DER-AM) ou Escola Superior de Ciências da Saúde. Construído para abrigar o Departamento de Estradas de Rodagem do Amazonas (DER-AM), órgão responsável pela abertura e pavimentação de estradas do nosso Estado. Serviu também para residência do governador. 

Prédio inaugurado em 26 de janeiro de 1960, na Avenida Carvalho Leal, 1777, no Bairro da Cachoeirinha. Durante muitos anos o prédio foi considerado cartão postal da cidade e com a extinção do DER-AM, passou a abrigar a Escola Superior de Ciências da Saúde (Medicina, Odontologia e Enfermagem), da Universidade Estadual do Amazonas (UEA).




Belo edifício modernista situado à Avenida Carvalho Leal, no bairro da Cachoeirinha, construído no espaço da antiga Praça General Carneiro. O prédio, de linhas bastante despojadas, no típico estilo "internacional" das construções dos anos 50/60, teve sua construção iniciada em 1958, na gestão estadual Plínio Coelho (1955-1959), sendo inaugurado em janeiro de 1960, já na primeira gestão estadual Gilberto Mestrinho (1959-1963). Devido à beleza e modernidade da construção, cercada por belos jardins e uma fonte,  que remetia imediatamente aos edifícios da nova capital federal, Brasília,  o logradouro transformou-se logo em um dos cartões-postais da cidade.

O edifício abrigou durante várias décadas o extinto Departamento de Estradas e Rodagem do Estado do Amazonas – DER/AM, responsável por obras de construção, ampliação e manutenção de importantes rodovias, como as Estradas Tarumã-Ponta Negra (atual Avenida do Turismo), Manaus-Itacoatiara (Rodovia AM-010), Manaus-Manacapuru (Rodovia AM-070) e Manaus-Porto Velho (Rodovia BR-319). Trabalhar no DER-AM, como funcionário efetivo, foi durante muito tempo uma meta de muitos amazonenses, pois era um órgão extremamente bem organizado administrativamente e que remunerava bem os seus assalariados. Durante o governo Arthur Reis (1964-1967), uma das divisões do imóvel serviu de apartamento governamental, no qual aquele passou a residir. O mesmo acontecendo no governo de seu sucessor, Danilo de Mattos Areosa (1967-1970). Apesar de sua curta gestão de apenas três anos, Arthur Reis conseguiu iniciar algumas estradas importantes, e concluir outras que se encontravam em andamento. 



Atualmente, reformado, o prédio abriga a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), subdividida nos cursos de Medicina e Odontologia. 




   

Fonte de Pesquisa

BIBLIOTECA IBGE

MANAUS SORRISO

Acervo do DER/AM









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domingo, 20 de fevereiro de 2022

ESCOLA ESTADUAL RIBEIRO DA CUNHA

 



As obras de construção do prédio dessa Escola – situado na rua Silva Ramos, Centro – foram iniciadas pelo governador Antônio Constantino Nery em 1906. No entanto, esses trabalhos ficariam paralisados por quase vinte anos.


Somente em 1925 é que o interventor Alfredo Sá reativou essa edificação em razão, principalmente, de existir apenas uma instituição de ensino naquela área – o que tornava necessária a instalação de outra escola para atender a demanda de alunos que residiam ali e nas imediações.


Após a conclusão do prédio naquele mesmo ano, o grupo escolar teve sua criação em 14 de novembro de 1925. Composto por cinco turmas, sua primeira denominação foi Presidente Bernardes, homenagem prestada a Artur da Silva Bernardes, presidente do Brasil, à época. Sua inauguração então aconteceu no dia seguinte ao da sua criação.




𝑬𝑺𝑪𝑶𝑳𝑨 𝑬𝑺𝑻𝑨𝑫𝑼𝑨𝑳 𝑹𝑰𝑩𝑬𝑰𝑹𝑶 𝑫𝑨 𝑪𝑼𝑵𝑯𝑨


Em 14 de abril de 1928, esse estabelecimento de ensino recebeu então a instalação de um jardim de infância – instituído no ano anterior pelo Decreto Estadual 136, de 25 de novembro –, cujo nome fazia menção a Pedro de Alcântara Bacellar, governador do Estado entre 1917 e 1921.


Essa Escola recebeu nova denominação no ano de 1931, quando passou a ser chamada de Grupo Escolar Ribeiro da Cunha, nomenclatura mantida até os dias de hoje.


Mais de meio século depois, por meio do Decreto 11.194, de 14 de junho de 1988, seu prédio recebeu então o tombamento do Conselho Estadual de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas – CEDPHA. A Escola Estadual Ribeiro da Cunha possui, atualmente, dois pavimentos, seis salas de aula e oferece o Ensino Fundamental.





𝑹𝒊𝒃𝒆𝒊𝒓𝒐 𝒅𝒂 𝑪𝒖𝒏𝒉𝒂 18.02.1950 𝒂 192?


O médico Manoel José Ribeiro da Cunha nasceu no Maranhão. Em Manaus, ingressou na então Academia Amazonense de Letras em 1919 e ocupou a Cadeira de número 29. Foi vice-presidente dessa entidade no lugar de Heliodoro Balbi. Também foi professor da Escola Normal – atual IEA.


Apesar de existirem informações que Ribeiro da Cunha faleceu em 1925, há uma nota publicada no Jornal do Commercio, de 26 de setembro de 1926, com a notícia de que ele recebera um ano de licença para tratamento de saúde. Ribeiro da Cunha viajaria para o Rio de Janeiro, onde veio a falecer.


   


   

Fonte de Pesquisa

Imagem e texto retirados do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte.




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sábado, 19 de fevereiro de 2022

FRANCISCO MENESCAL (Pai)

 



⚠️ 𝑻𝒊𝒗𝒆 𝒐 𝒐𝒓𝒈𝒖𝒍𝒉𝒐 𝒅𝒆 𝒔𝒆𝒓 𝒔𝒐𝒃𝒓𝒊𝒏𝒉𝒐 𝒅𝒆𝒍𝒆 𝒆 𝒅𝒆 𝒕𝒆𝒓 𝒕𝒓𝒂𝒃𝒂𝒍𝒉𝒂𝒅𝒐 𝒆 𝒂𝒑𝒓𝒆𝒏𝒅𝒊𝒅𝒐 𝒎𝒖𝒊𝒕𝒐 𝒄𝒐𝒎 𝒆𝒍𝒆 𝒏𝒂 𝑫𝒓𝒐𝒈𝒂𝒓𝒊𝒂 𝑴𝒆𝒏𝒆𝒔𝒄𝒂𝒍 !!!


Um senhor espírita, farmacêutico. Trabalhou como farmacêutico responsável da MAGISTRAL, a fábrica de refrigerantes, nas décadas de 60 e 70.


Era farmacêutico na Drogaria Menescal na Cachoeirinha, nos anos 70.


Nos anos 80, mudou-se para a Rua Major Gabriel, onde montou uma nova Drogaria, e onde por anos atendia gratuitamente todos que precisavam de ajuda médica. Atendia do Empresário até a pessoa mais humilde com a mesma atenção e carinho.


Sua fama fazia com que viessem pessoas dos interiores mais longínquos.


Faleceu de Embolia Pulmonar em 1985, logo após a morte do presidente Tancredo Neves.


"Ele era muito fã do Tancredo, e com a morte do presidente em 21 de abril de 85, ele se emocionou muito, prendeu o choro e a Embolia aconteceu. Foi hospitalizado no dia 22, e faleceu no dia 25."


Meses após seu falecimento, ainda vinham pessoas do interior, muitos ribeirinhos atrás de ajuda com ele, mas infelizmente tinham um susto ao saberem de sua morte.


   

Fonte de Pesquisa

CLAUTER CARVALHO ( EU MESMO )



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FARMÁCIA LEMOS | A MAIS ANTIGA DE MANAUS



Este prédio está localizado na Rua dos Barés, 115, centro antigo de Manaus, foi construído em 1851, portanto, com mais de um século e meio de existência, onde abriga a drogaria considerada a mais antiga da nossa cidade, o seu nome no passado era Phamarcia Lemos, com PH mesmo; chamando muito à atenção, a conservação da sua fachada, inclusive, aparece uma data de 1943, ano em que foi feita a primeira reforma do prédio, além de uma inscrição “premiada em diversas exposições”.



O imóvel é de herança, pertence à família dos descendentes libaneses Abrahim, eles são donos de diversos casarões antigos, todos com as fachadas bem conservadas, pois, eles possuem a sensibilidade e a boa vontade, coisa muita rara entre os empresários, fazem a sua parte e contribuem para a manutenção da história de Manaus. Parabéns à família Abrahim, inclusive, um deles, já foi Prefeito de Manaus, o Frank Abrahim, outro, é o nosso Secretário Estadual de Fazenda, o Isper Abrahim.



No prédio da Drogaria Lemos, foi mantida a arquitetura original pelos seus proprietários, um gesto louvável, eles não esperam pelo poder público, já pensou se grande parte dos empresários fizessem isso, com certeza, o centro de Manaus estaria muito bonito, atraente e mais humano.



   

Fonte de Pesquisa

BLOG DO ROCHA



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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

CINE POP (POPULAR)



 Era uma modesta casa de espetáculos, o típico “cinema de bairro”, localizado na esquina das ruas Silva Ramos e Barcelos, em pleno “miolo” da região central outrora conhecida como “Alto de Nazareth” – ou seja, o perímetro compreendido entre as ruas Tarumã (sul), Silva Ramos (oeste), ‘Boulevard Amazonas’, atual Álvaro Maia (norte); e Rua Major Gabriel (leste). 


Foi inaugurado em 13 de novembro de 1926, com a ‘avant première’ do filme “O Prêmio da Vitória”, da Paramount, ao preço módico de Rs 1$100 (mil e cem réis), a metade do valor cobrado nas salas do centro da cidade. 


A abertura do Popular foi uma iniciativa da prestigiada empresa Fontenelle & Cia - mesma proprietária dos cines Polytheama e Odeon - como uma forma de popularizar mais ainda o mercado exibidor de Manaus, fora do circuito mais tradicional e elitizado dos cinemas do perímetro central. Para isso, adquiriu o imóvel de esquina, construído em 1909, que antes havia sediado uma loja, para nele improvisar uma pequena sala exibidora, modesta, de 500 lugares – que não eram assentos individuais, mas sim bancos inteiriços de madeira, sem maior conforto, tal como o das igrejas - que pudesse atrair o público familiar e juvenil das adjacências com filmes de caráter mais... popular (com o perdão do trocadilho), tais como seriados e “filmes de bang-bang”.


O Cine Popular, o “poeira” do Alto de Nazareth, como era conhecido pela população, foi pioneiro em seu gênero, antecipando uma “febre” de abertura de cinemas de bairro por todo o país, nas décadas de 30, 40, 50 e 60 do século XX. 


Em Manaus possuímos vários do tipo: Ypiranga (Cachoeirinha), Vitória (Educandos), Ideal (São Raimundo) e Palace (Boulevard Amazonas); alguns de maior êxito, outros nem tanto. É sempre bom lembrar que, nessa época, o cinema – propulsionado pelo dinâmico mercado norte-americano, produzido em Hollywood, na Califórnia - experimentava o seu auge, no mundo inteiro, e gerava imensa atração de público e lucros fabulosos aos empresários do ramo. 


Com o advento da televisão e das novas diversões surgidas com o crescimento da cidade, em fins dos anos 60 e início dos 70, o Popular, já bastante decadente, e tal como todos os outros cinemas da Manaus antiga, cerrou suas portas em 1972, reabrindo em 1977, após uma pequena reforma, com a denominação alterada para “Cine Pop”, o qual perdurou, “aos trancos e barrancos”, até o início da década de 80, quando encerrou de vez sua trajetória, vencido pelas salas mais modernas e equipadas da segunda geração dos cinemas de rua de Manaus, tais como o Chaplin, o Cinema 2 e o Cinema Novo. 


Ainda em 1980, no dia 23 de agosto, quando no prédio funcionava um depósito, o "pop" incendiou (há quem fale que foi um incêndio criminoso).


O prédio do Cine Popular, todavia, ainda subsiste praticamente intacto, tendo abrigado diversos estabelecimentos comerciais desde então, inclusive uma movimentada casa noturna (a ‘boite’ Enigma), durante a década de 1990. 

Hoje (2022) no local, funciona uma churrascaria.


   

Fonte de Pesquisa

Pesquisador Ed Lincon | no Blog do Coronel Roberto



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terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Escola Estadual Euclides da Cunha




 A Escola teve sua criação em 1926 pelo presidente do Estado, Ephigênio de Salles (Decreto 14, de 24 de março daquele ano). Composto por quatro turmas, recebeu assim a denominação inicial de Grupo Escolar Guerreiro Antony em homenagem ao político amazonense Antônio Guerreiro Antony, ex-vice-governador do Estado.


Instalada de maneira improvisada em um prédio cedido pela Prefeitura – onde, à época, existia a então Feira Municipal da Cachoeirinha. Hoje abriga o Mercado Municipal Walter Rayol, na avenida Sete de Setembro –, sua inauguração ocorreu em 3 de maio de 1926. Quando da sua instalação nesse local, ali também já funcionava outra instituição de ensino: a então Escola de Aprendizes Artífices, atual unidade sede do Ifam.




Jardim de Infância Alexandre Rayol


Em 1927, esse Grupo Escolar teve sua transferência para a sua sede definitiva, na avenida Carvalho Leal, também no bairro Cachoeirinha – seu endereço atual –, onde, àquela época, funcionava o então Departamento de Saúde Pública do Estado.


Vale lembrar que nesse prédio construído pelo então governador Eduardo Ribeiro em 1896 já havia funcionado, entre 1905 e 1906, a Escola Complementar Masculina.


A denominação Euclides da Cunha foi então estabelecida no ano de 1931 pelo interventor Rogério Coimbra. Prestando homenagem ao romancista e jornalista Euclides Rodrigues da Cunha. Três anos depois, em 4 de agosto de 1934, foi instalado, um anexo a esse Grupo Escolar, o então Jardim de Infância Alexandre Rayol.


Apesar das reformas e reparos sofridos ao longo de sua existência, o centenário prédio dessa Escola – tombado como Monumento Histórico do Estado do Amazonas por meio do Decreto 11.192, de 14 de junho de 1988 – mantém assim as suas características arquitetônicas originais até os dias de hoje. A Escola Estadual Euclides da Cunha possui, atualmente, um pavimento com seis salas de aula e oferece o Ensino Médio.




   

Fonte de Pesquisa

Imagem e texto retirados do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte



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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

ARBORIZAÇÃO E ÁREAS VERDES EM MANAUS (1870-1920)



A partir da segunda metade do século XIX, a cidade de Manaus iria passar por uma série de mudanças significativas na sua paisagem urbana. A alta arrecadação de impostos decorrentes da exploração da borracha favoreceu a execução de uma série de obras que visavam o embelezamento, saneamento e modernização da cidade, a fim de inserir Manaus no rol das cidades civilizadas. A cidade não poderia fugir à regra, era imperativo tornar-se bela, aconchegante, requintada e moderna.


A paisagem da cidade tornaria expressão de uma nova realidade. Na primeira década do século XX, o quadro que se apresentava era de uma cidade perfeitamente inserida na atmosfera da belle-époque, com melhoramentos e serviços urbanos razoavelmente eficientes, diversos prédios públicos e particulares inseridos no contexto da moderna arquitetura, ruas e praças embelezadas.


O crescimento da cidade foi realizado por um programa de expansão sobre as áreas de floresta, igarapés, pequenos morros e depressões que foram modificados para dar lugar a uma nova cidade. Essa expansão era também sinônimo de domínio e superioridade sobre a natureza, degradação ambiental e desprendimento da sociedade com o meio natural que a cercava. 


A remodelação da paisagem que estava acontecendo era vista com muito cuidado pelos governantes. Ao mesmo tempo que se avançava sobre as áreas verdes, era necessário tomar as devidas precauções para preservar as espaços importantes para a cidade. Conforme estabelecia o Código de Posturas Municipais de 1896, era proibido, sem licença da Municipalidade, cortar árvores frutíferas, de madeira de lei ou de construção. Para os serviços realizados sob responsabilidade do Estado, havia uma legislação para regular o preço a ser pago de acordo com a densidade da mata a ser derrubada.


Segundo o governador Constantino Nery, “a possibilidade de irem se tornando cada vez mais pobres os mananciais que fornecem água para o abastecimento de Manaus, em virtude do corte de madeira pouco moderado para uso de particulares e fabricação de carvão, lembra a necessidade de uma realidade de uma medida de proteção às mattas que cobrem os mananciais”. Havia uma preocupação insistente por parte do Governador não só com a derrubada indiscriminada da mata, mas também com a qualidade da água que seria servida à população oriunda do garapé da Cachoeira Grande, onde se encontrava muita vegetação apodrecida nas águas decorrentes de derrubadas. 


Diversas leis regulamentavam questões relacionadas com o meio ambiente no entorno da cidade. Problemas como aterro de córregos a derrubada de mata para expansão dos bairros, uso de madeira para construir casas, entre outras ações dos indivíduos sobre o meio natural, eram fiscalizadas pelo Estado, ainda que muitas vezes não se tivesse garantia que eram cumpridas pela população. 


Essa ‘retração da natureza' no meio amazônico pode indicar uma série de significados que a mata teria para a sociedade. Verifica-se que pode decorrer também do desvanecimento do símbolo que a floresta poderia representar para uma população indígena aculturada, mestiça e estrangeira. Para a modernidade, a floresta significaria um estorvo à civilização. 


Mas o verde também era um dos requisitos de beleza e requinte de uma cidade. Uma das principais preocupações do discurso oficial desde a Província era observar as áreas verdes e arborização dentro das diretrizes de higiene pública e de ornamentação de ruas e praças. Os objetivos não eram somente de caráter estético, mas também em virtude dos benefícios em relação à alta incidência de raios solares. Assim, as obras públicas para criação de novas ruas, praças, nivelamento de morros e aterros de igarapés é paralela com a preocupação em arborizar imediatamente estes espaços. A arborização da rua Brasiliana, por exemplo, foi realizada à medida que foi sendo construída, conforme fala do presidente da Província Domingos Monteiro Peixoto, em 1873. “Continua-se o desaterro da rua Brasiliana (...) e foram plantadas renovos de palmeiras imperiais. ” 


Lamentavelmente, as medidas para arborizar praças e ruas da cidade foram tomadas a qualquer custo, sem planejamento e estudo para verificar quais espécies seriam mais adequadas a adaptáveis ao nosso clima. Desde 1870, havia uma discussão acerca das espécies a serem utilizadas: se plantas nativas ou plantas estrangeiras.O Governador Fileto Pires, em 1898, argumentava que “ Em vez de se buscar no estrangeiro plantas para adornar o nosso parque, podemos conseguir nas nossas florestas coisas muito mais bonitas e formosas”. Dessa forma, a implementação de jardins, áreas verdes e praças esbarrou na falta de planejamento do Estado na época. O caso das mangueiras é salutar: durante o período provincial, foi providenciado o plantio de mangueiras na maiorias das ruas da cidade; logo que as árvores ficaram adultas, percebeu-se que esta espécie não era adequada para arborização, não somente pelo fato de as raízes crescerem até quebrarem o calçamento, mas também pela possibilidade de poderem causar um sinistro, tal como a queda de um fruto na cabeça de um transeunte. 


As espécies importadas eram Ficus Benjamin, Machaerium -type, palmeiras imperiais e acácias. A Palmeira Imperial (Roystonea oleracea), parecia ser a árvore mais requisitada para esse fim, pois milhares de mudas foram compradas para embelezar a cidade. 


O porte majestoso, a beleza, a influência de sua difusão no Jardim Botânico do Rio de Janeiro certamente influenciaram muitos governantes a difundir a planta na cidade desde os tempos de Província, providenciando seu plantio na cidade. Entretanto, sua importação não foi bem sucedida, desde o transporte até a própria sobrevivência da árvore na cidade, conforme fala do Presidente de Província José de Miranda Reis, em 1872. “As mudas de palmeira que vieram do Pará chegaram pela maior parte estragadas, isto devido ao pouco cuidado que houve no transporte das mesmas”. Quando não era falta de cuidado, os inimigo das palmeiras eram outros; “Os cavalos que os carroceiros armarão no Largo da Imperatriz comem as folhas e troncos das palmeiras, impedindo assim que ellas possão crescer”.

 

No decorrer do início do século XX o Estado teve uma preocupação efetiva em promover a arborização de praças, jardins e hortos na cidade, até mesmo porque a cidade foi assolada por uma onda de vandalismo e roubo das espécies plantadas. No ano de 1915, foram reformados e embelezados espaços como Praça General Osório, Largo da Matriz, Praça da Constituição, Praça Pedro II, Praça Tamandaré e Praça da República. Foi providenciado também a recuperação da Avenida Eduardo Ribeiro, ruas Lobo d'Almada, Instalação, Dez de Julho, Marquês de Santa Cruz, Itamaracá, Brasiliana, 13 de maio, 4 de Maio, Marcílio Dias, entre outras, pois quase toda a arborização dessas ruas foi saqueada por moradores que desejavam para seus quintais um pedaço de floresta, beleza e sensação de conforto. Talvez um pouco de verde para colorir a beleza da vida que só a natureza pode fornecer. 




Em 1921, o Rego Monteiro assumiu o Governo, deparando com um quadro de falência quase generalizada. Uma de suas primeiras medidas seria extinguir cargos e repartições, entre as quais o Horto Municipal. Naquele momento, um dos últimos significados que o verde poderia ter seria esperança.



   

Fonte de Pesquisa

Andrea de Souza Nascimento



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