Vamos lembrar (ou conhecer) o manauara de origem judaica Pierre Moises Aron Levy (1907-1943), assassinado em 1943 no Campo de Concentração de Auschwitz, na Polônia.
Para os que dizem ou pensam que a história da comunidade judaica no Amazonas não esteja associada com o holocausto – execução em massa de judeus pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial – , uma pesquisa feita por um dos ramos da família Levy comprovou que um de seus membros, Pierre Moises Aron Levy, nascido em Manaus em abril de 1907, foi um dos executados no campo de concentração mais famoso da história, Auschwitz, na Polônia.
Aron Levy era filho de imigrantes da região da Alsacia, na França, que vieram tentar a sorte na Amazônia, quando a região vivia o apogeu da extração e exportação de borracha. Manaus acabou sendo o destino final para muitos europeus.
Com o declínio do ciclo da borracha e com a depressão econômica e dificuldades sociais que advieram da nova realidade – depois que os ingleses levaram a seringueira para a Malásia, na Ásia, e passaram a fabricar o produto em maior escala e melhor qualidade -, Aron Levy retornou à Europa e se estabeleceu em Marseille.
Quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, o manauara foi um dos presos na cidade francesa. Levado a Auschwitz, onde funcionava uma rede de campos de concentração localizados no sul da Polônia, operados pelo Terceiro Reich – como o ditador Adolf Hittler chamava seu grupo político mais próximo – e colaboracionistas nas áreas polonesas anexadas pela Alemanha Nazista. O complexo acabou se transformando no maior símbolo do Holocausto perpetrado pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial.
Aron Levy está entre os que não resistiram às torturas e às péssimas condições de vida no campo de concentração e acabou falecendo ali.
Ele era irmão do bisavô de membros da comunidade judaica de Manaus, como o empresário Rogério Rabello e Isabella Benarrós.
Origem do Dia Internacional da Lembrança do Holocausto
O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto foi criado por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), através de uma Assembleia Geral, pela resolução 60/7, de 1 de dezembro de 2005.
O 27 de Janeiro foi escolhido por ter sido a data, em 1945, que aconteceu a libertação do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, considerado o principal complexo e mais terrível do regime nazista.
Abaixo vamos ver os documentos deste cidadão manauara que junto com milhares de judeus morreu por conta de da loucura de um político lunático.
Entre os documentos, a certidão de nascimento da vítima do holocausto em Manaus e um documento dos arquivos do Museu Yad Vashem, em Israel, que atesta seu falecimento no campo de concentração.
Fonte de Pesquisa
BLOG DO HIELLEVY
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