quinta-feira, 18 de novembro de 2021

PRAÇA TENREIRO ARANHA


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Segundo o historiador Mário Ypiranga Monteiro, a origem desse logradouro – àquela época, popularmente denominado Praça Nova – data de 1845, ano em que houve a desapropriação do terreno onde ele foi construído. Nesse tempo, existia, próximo a essa Praça, a antiga ponte de madeira dos Remédios. 




Vinte anos depois, o vereador Antônio José Moura, em sessão da Câmara Municipal ocorrida no dia 21 de setembro de 1865, propôs a alteração da nomenclatura dessa praça para Praça Tamandaré. 

No ano seguinte, sua área foi aterrada, calçada e houve, ainda, a construção de um cais próximo ao igarapé que fazia limite com esse logradouro. Em 1873, a Praça recebeu novo calçamento, serviço realizado por Leonardo Antônio Malcher. 

Decorridos seis anos, por meio da Lei 410, de 7 de abril de 1879, a Assembleia Provincial autorizou a reconstrução da rampa da Praça Tamandaré para facilitar o embarque e desembarque das cargas dos vapores. 

No início do século XX, já se reclamava da necessidade de se realizarem melhoramentos na área dessa Praça, que, em 1906, recebeu calçamento a paralelepípedos de asfalto e granito e a preparação de um pequeno parque onde seria colocada a estátua de Tenreiro Aranha, que havia sido encomendada pelo Município. Essas obras foram concluídas no início de 1907, entretanto, o monumento em homenagem ao fundador da Província do Amazonas foi inaugurado na data mais adequada: em 5 de setembro daquele ano. 


A estátua de bronze, de corpo inteiro, assentada sobre um pedestal de granito, foi instalada no  canal da passagem que entrecortava o logradouro e sua montagem foi encomendada a Sílvio Centofani  .Apesar da reforma desse logradouro ter sido concluída, aproximadamente, um ano antes, o novo superintendente municipal Domingos José de Andrade, em Mensagem Anual apresentada à Câmara em 1908, já criticava o péssimo estado do calçamento da Praça Tamandaré em razão de o trabalho ter sido mal feito. A mesma queixa se repetiu em  1909.

Naquele mesmo ano, por meio da Lei 552, de 28 de maio, a Intendência Municipal autorizou a Superintendência a abrir crédito para a compra de cimento, desi  nado ao recalçamento desse logradouro. De acordo com as fontes pesquisadas, essa Praça, no entanto, somente recebeu melhoramentos entre 1911 e 1913, quando era superintendente Jorge de Moraes. Houve consertos no calçamento e o plani  o de muitos arbustos, ?ores variadas, Fícus-benjamin e elegantes palmeiras.

O mictório que estava na praça Rio Branco foi transferido para esse logradouro em 1917 e, no ano seguinte, seus jardins foram remodelados. Seu nome atual, Praça Tenreiro Aranha, foi oficializado em 1921 por meio da Lei Municipal 1.076, de 29 de março. Antes disso, essa denominação pertencia à outra praça que, por essa mesma lei, passou a se chamar Tamandaré, hoje, Nove de Novembro.

Passados cinco anos, em 1926, o prefeito Araújo Lima mandou retirar os paralelepípedos de asfalto que compunham a passagem desse logradouro, e os dois jardins foram unificados. 

O monumento à Província, com a estátua de Tenreiro Aranha, foi transferido para a praça da Saudade durante a administração do prefeito Emmanuel de Moraes, em 1932.

Na década de 40, o prefeito Jaime Bitencourt de Araújo extinguiu essa Praça por meio do Decreto-Lei 278, de 30 de janeiro de 1946. Nesse mesmo dia, a área desse logradouro foi cedida à Associação Comercial do Amazonas – ACA para a construção de um hotel.

No ano seguinte, o projeto de construção desse empreendimento ainda não havia saído do papel e a extinção do logradouro foi revogada por força do Decreto-Lei 321, de 10 de julho de 1947, assinado pelo então prefeito Raimundo Chaves Ribeiro.

A Praça Tenreiro Aranha, que chegou a ser transformada em um estacionamento na década de 70, está localizada entre as ruas Marquês de Santa Cruz, Guilherme Moreira, Theodoreto Souto e Marcílio Dias. Abriga, atualmente, uma feira de artefatos regionais e uma lanchonete, além do Pavilhão Universal, que veio transferido da Praça Ribeiro da Cunha, na década de 80, e foi adaptado para a venda de artesanato. Em 2008, a Prefeitura de Manaus firmou contrato com o Ministério do Turismo para a restauração desse pavilhão.


  

Fonte de Pesquisa: 

PMM

 

 


 








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