quinta-feira, 26 de agosto de 2021

CAFÉ DO PINA

 


CAFÉ DO PINA EM 2021


Depois da revitalização do Palacete da Província, o Café do Pina se mudou para outro local na Praça Heliodoro Balbi, sendo agora, na frente da rua Rui Barbosa, no local conhecido como Coreto do Pina (Foto: Reprodução/Internet)


Numa segunda-feira ( 09.05.2016 ) através do Projeto de Lei do vereador Mário Frota (PHS) a marca Café do Pina é tombado como Patrimônio Imaterial da Cidade de Manaus. O Café do Pina, localizado na Praça Heliodoro Balbi – também conhecida como Praça da Polícia – foi inaugurado no dia 3 de maio de 1951 e hoje faz parte da história da cidade de Manaus por abrigar movimentos culturais e políticos como o Clube da Madrugada e o Projeto Jaraqui.


A família Pina chegou ao Brasil na década de 20, fugindo do lastimável estado da economia portuguesa, depois da implantação da República, que transformara Portugal em um país arrasado economicamente, com desemprego em massa.


Foi nessa época que três portugueses, oriundos de Loriga, Serra da Estrela, chegaram a Manaus. Dois eram irmãos: José Pina e Carlos Pina; o outro, Antônio Pina, era primo dos dois. José Pina fundou o Café do Pina, tornando-se famoso na cidade por tratar todo o mundo de ‘jovem’ e pela qualidade e sabor do seu cafezinho.


O saudoso Senador Jefferson Peres foi um dos intelectuais amazonenses que presenciou a inauguração do Café do Pina e fez o seguinte relato: “Em 1950 tinha início uma nova década e, também, a construção de um barzinho, sem nada de especial, mas que iria marcá-la profundamente. O local era um canteiro triangular, em frente ao Guarany, onde havia um antigo chafariz desativado e dois postes de sustentação da tela na qual se projetavam filmes ao ar livre. Ao se erguerem os tapumes, correu o boato de que seria construído um posto de gasolina. A novidade não agradou os ginasianos, que ensaiaram um movimento de protesto e ameaçaram depredar a construção. Pressionado, o então prefeito Chaves Ribeiro aconselhou o proprietário a acelerar as obras, a fim de criar o fato consumado. Diante disso, foi abandonado o projeto original, de forma circular, por outro mais feio, retangular, que pôde ser construído em tempo recorde. O êxito foi imediato e se deveu a uma conjugação de fatores. Em primeiro lugar, sua localização, nas vizinhanças de dois cinemas, três colégios, um quartel, e mais, da então concorridíssima Praça da Policia; segundo a excelência do seu café, talvez o melhor da cidade; e finalmente, a simpatia do proprietário, o português José de Brito Pina, extrovertido e conversador, que em pouco tempo chamava cada um dos frequentadores pelo nome. Batizado oficialmente de Pavilhão São Jorge, o barzinho era conhecido popularmente por Café do Pina e, mais tarde, Republica Livre do Pina”.


Depois da revitalização do Palacete da Província, onde funcionou o antigo Quartel da Polícia Militar, as instalações do Café do Pina se mudaram para outro local na mesma Praça Heliodoro Balbi, sendo agora, na frente da rua Rui Barbosa, no local conhecido como Coreto do Pina, onde atualmente funciona as reuniões do Projeto Jaraqui,  frequentado por aposentados, intelectuais, turistas, comerciários e empresários.


CRONOLOGIA DA HISTÓRIA DO PINA


Em 1950, o prefeito de Manaus, Chaves Ribeiro, concedeu a José de Brito Pina, cidadão português, uma área de terra situada na então praça Gonçalves Dias (hoje integrante da praça Heliodoro Balbi), para a construção de um estabelecimento comercial. Nele, o Pina construiu o Pavilhão São Jorge, destinado a venda de café e outras guloseimas da época, inaugurado em maio de 1951. 


Em lembrança ao sobrenome do proprietário, o local ficou mais conhecido por Café do Pina. Era bem frequentado, pois era localizado em frente ao Cine Guarany e fronteiriço ao Quartel da PMAM e ao Colégio Estadual do Amazonas.


Quando prefeito de Manaus, Jorge Teixeira, em 1976 demoliu o Pavilhão para ampliar a artéria. Concedeu, em reparação, novo espaço ao final da praça Heliodoro Balbi (ou da Polícia), junto a rua Marcilio Dias.


Dez anos depois, novo prefeito, Manoel Ribeiro, devolveu o agora Café do Pina ao espaço original, apenas com uma arquitetura modernizada, um tanto ridícula. Foi esta edificação que foi ao chão no ano passado, antes da inauguração do Palacete Provincial.


Café do Pina sendo demolido em 2009


Mas ainda não acabou o Café do Pina, ele agora integra a estrutura do Palacete.


Café do Pina HOJE



Fonte da Cronologia: BLOG DO CORONEL

 






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